25 dezembro, 2008

Rubrica

Rubrica de adulto do sexo masculino, com traço final descendente
A rubrica é constituída pelas partes da assinatura que não são letras, que não se conseguem ler.
Quanto mais acessórios contém menos personalidade apresenta. Se a assinatura não deve ser interpretada fora do texto e do contexto, tanto menos a rubrica que aparece, por vezes, com aspecto simbólico, como a pauta num músico ou a bola num jogador de futebol Elenco alguns dos traços mais pertinentes.
  • Com um traço por baixo, exprime o desejo de reconhecimento, confiança em si mesmo, gosto em mostrar as próprias capacidades, orgulho.
  • Com um traço na parte superior, indica protecção contra ideias alheias e defesa das próprias, protecção da intimidade.
  • Com duplo sublinhado, expressa a necessidade de dar excessiva importância ao que diz ou faz, orgulho, sentimento de fracasso.
  • Com traço descendente no final, aponta para capacidade de afirmação, de defesa e de ataque.
  • Com ponto no fim, indicia desconfiança, prudência, cautela, auto-afirmação.
  • Com ângulo voltado para a esquerda, assinala agressividade, possibilidade de auto-agressão, ressentimento, possível problema com a mãe.
  • Em ziz-zag, revela astúcia, entusiasmo, vingança.
  • Com forma circular apenas no início, é indício de bleuff, charlatanice, falta de sinceridade.
  • Em espiral estreita ou enredada, aponta para ideias fixas ou obsessivas, habilidade para enredos, imaginação.
  • Em forma de C (boca de lobo), é característica de pessoa com inclinação para a actividade comercial, vontade de poder, tenacidade.
  • Em forma de C ao revés, significa conservadorismo egoísmo, apego à família e à terra, desconfiança.
  • Em laço para a esquerda, é própria de sujeitos com espontaneidade com os mais íntimos.
  • Em laço para a direita, atesta facilidade de contactos, expressividade, ductilidade.
  • Sem rubrica, está associada à simplicidade, à essencialidade, à coragem moral, à integridade e à auto-satisfação.
As rubricas são mais que os escreventes, porque ninguém consegue fazer duas rubricas exactamente iguais. Uma rubrica é mais fácil de imitar do que uma assinatura.
Existem muitos outros traços distintivos de rubricas. Veja as características da sua, mas não se apresse a auto-avaliar-se.



20 dezembro, 2008

Confraternizações dos Grupos de Estudos e dos alunos da Formação Inicial






















Dias 11 e 12 de Dezembro de 2008 os alunos do Prof. Eduardo Evangelista, das turmas de FORMAÇÃO INICIAL e dos GRUPOS DE ESTUDO DE GRAFOLOGIA encerraram suas atividades com muitas comemorações. Vejam as fotos desses momentos.

14 dezembro, 2008

Assinatura

Assinatura igual ao texto de adulto do sexo masculino
A análise isolada da assinatura não é suficiente para traçar o perfil completo duma personalidade, porque retrata o eu íntimo do escrevente, mas não nos informa sobre o seu comportamento social e profissional. Comparando a assinatura com o texto extraem-se melhores conclusões.
Localização da assinatura
  • Colocada no centro da folha pode significar equilíbrio, prudência, indecisão, centro de atenções e inibição.
  • Situada no lado direito mostra-nos uma personalidade expansiva e dinâmica, optimismo, extroversão, iniciativa, confiança no futuro, espírito de decisão, sinceridade, espontaneidade e entusiasmo.
  • Localizada no lado esquerdo reflecte prudência, autodefesa, introversão, conservadorismo, inibição, melancolia, ansiedade, medo do futuro, desencorajamento e obsessão.
  • Muito afastada do texto indicia necessidade de independência, visão global das coisas, descomprometimento, distanciação dos outros e frialdade.
  • Muito próxima do texto implica compromisso, simplicidade, espontaneidade ingenuidade, intromissão e necessidade de dependência.

Dimensão da assinatura
  • Maior do que o texto pressupõe capacidade de liderança, confiança em si próprio, orgulho, auto-estima equilibrada, necessidade ou procura de valorização, afirmação do sentimento de si, segurança, extroversão, entusiasmo, compensação de sentimento de inferioridade, necessidade de admiração e vaidade.
  • Menor do que o texto exprime falta de confiança, insegurança, falta de auto-estima, timidez, inibição, sentimento de inferioridade e sentimento de fracasso.
  • Semelhante ao texto (nos vários géneros) revela sinceridade, personalidade equilibrada, coerência em relação aos outros e consigo mesmo.
  • Nome maior do que o apelido manifesta desejo de figurar e procura de protagonismo.
  • Nome menor do que o apelido é sinal de orgulho familiar, aceitação do papel social e desejo de êxito social.

Pressão da assinatura
  • Maior que a do texto pode interpretar-se com sinal de afirmação da própria personalidade, firmeza, disciplina, tensão interior e evasão perante compromissos.
  • Menor que a do texto representa vulnerabilidade perante os problemas do eu ou de familiares, necessidade de se retirar e de aliviar a tensão exterior.
  • Pressão irregular está associada a violências impulsivas internas.
  • Pressão deslocada aponta para conflitos entre o ego e o superego.

Direcção da assinatura
  • Ascendente implica boa disposição, entusiasmo, confiança, contestação, agressividade, encobrimento e desejo de pertencer a alguma coisa.
  • Descendente está associada a desalento, insegurança, falta de confiança, submissão, timidez e falta de iniciativa.
  • Horizontal ajuda a medir o nível de maturidade, estabilidade e serenidade.
  • Vertical relaciona-se com desejo de independência, de afirmação e autoritarismo.
  • Letras saltitantes estão relacionadas com sensibilidade e receptividade.

Forma da assinatura
  • Semelhante ao texto traduz naturalidade, espontaneidade e equilíbrio.
  • Entre duas barras horizontais mostra inflexibilidade, exigência, espírito de domínio, orgulho, reserva, desconfiança e astúcia na defesa dos próprios interesses.
  • Arredondada é própria duma personalidade amável e cortês.
  • Angular testemunha agressividade e tensão.
  • Em forma de caracol é sintoma de independência, de egoísmo e de isolamento.
  • Filiforme (forma de fio) expressa talento, habilidade e inteligência.
  • Em casulo simboliza necessidade de protecção, de fixação na mãe e pouca comunicabilidade.
  • Com formas variadas (arcos, grinaldas, ângulos, ….) está associada a conflito entre o eu e a realidade, entre o eu e o eu ideal.
  • Abstracta prova originalidade e criatividade.
  • Em laço está relacionada com astúcia e engano.
  • Envolvida por traço está conotada com distanciamento afectivo, protecção do eu, orgulho, reserva, perseverança, vontade inflexível, medo de ser atacado e narcisismo.
  • Traço final longo corresponde a extroversão e a necessidade de domínio (para baixo indica auto-afirmação e para cima agressividade). Se for separado, constitui uma espécie de marcação de território, de espaço de protecção.
  • Traço inicial longo é prova de prudência, ligação ao passado e satisfação narcísica.
  • Traços para a esquerda, se estiverem por baixo da assinatura, podem interpretar-se como regressão, tendência esconder a própria vida e o passado; se estiverem por cima, podem significar prudência, tendência a esconder os próprios projectos.
  • Um ou dois pontos no fim da assinatura exprimem distanciação, prudência, falta de tolerância e desconfiança.
  • Traço da letra inicial a sublinhar toda a assinatura pode corresponder a consciência do próprio valor, a admiração por si mesmo, a vaidade ou a complacência narcisista.

Velocidade da assinatura
  • Mais lenta que o texto evidencia prudência, ponderação, reserva e autodefesa.
  • Mais rápida que o texto pressupõe impaciência e evasão.
  • Semelhante à do texto é sintoma de equilíbrio entre atitude interior e comportamento social.

Inclinação da assinatura
  • Maior que no texto prova que sente mais calor na vida íntima do que na vida social.
  • Variável está associada a conflitos, lutas internas, ambivalência de sentimentos e de atitudes.
Ligação/continuidade da assinatura
  • Nome e apelido unidos assinalam complementaridade entre o eu íntimo e o eu socioprofissional.
  • Com cortes (interrupções) atesta insegurança, incerteza, medo, fractura entre o mundo do pensamento e o do sentimento.
  • Menos ligada do que o texto revela inibição e isolamento.
  • Hiper-ligada exprime segurança, produtividade de pensamento e fluência.
  • Em grinalda é sinal de conciliação e amabilidade.
  • Reenganchada expressa possíveis dificuldades de coordenação motora e transtornos nervosos.
  • Maiúscula desligada indica reflexão, contemplação, desproporção entre o que ambiciona ser e os meios que possui para consegui-lo (a assinatura da pintora Paula Rego apresenta o P separado).
  • Em arcada é sinónimo de formalismo.
  • Filiforme exprime habilidade e diplomacia.
  • Em ângulo é sinal de vontade firme, dureza e intransigência.
  • Com movimentos progressivos é sintoma de desenvolvimento harmónico, ponderação e adaptação integradora.
  • Com movimentos regressivos significa colocar-se à defesa.

Ordem da assinatura
  • Rasurada é própria de atitudes de conformismo e de insegurança.
  • Comprimida é sinal de inibição e de introversão.
  • Diferente do texto (nos vários géneros) pressupõe ambivalência de sentimentos, conflito, desordem, dissimulação, incoerência, inconstância e falta de maturidade.
  • Escrita muito cuidada e assinatura mais livre indicia predomínio das relações sociais e dissimulação.
  • Ilegível está relacionada com actividade, independência, evasão perante compromissos, introversão, reserva, impaciência, ansiedade, ocultação e desonestidade.
  • Legível exibe transparência, sinceridade, honestidade, simplicidade, extroversão, sentido de responsabilidade, franqueza e integração social.
  • Envolvida por um círculo explicita a necessidade de protecção, fixação na mãe, orgulho, exigência, egoísmo e complexo de culpa.
  • Cortada chama a atenção para auto-crítica, auto-limitação e auto-reprovação.
Repare, agora, se a sua assinatura é muito diferente ou semelhante ao texto. O leitor melhor do que ninguém poderá reconhecer se as suas tendências estão aí espelhadas.

13 dezembro, 2008

Gestos-tipo

Gesto da mitomania, no final dos “o” , na escrita de menina, com 13 anos

Os gestos-tipo, como o próprio nome indica, são traços específicos dum dado escrevente, uma espécie de tiques gráficos. Exprimem manifestações instintivas e inconscientes, aspectos incontroláveis da pessoa, instintos, impulsos, necessidade de aparecer, formação do carácter, mecanismos de defesa e de compensação, complexos (dependendo da zona onde aparecem).
  • Gestos da mitomania - ricci della mitomania (no final palavra para cima ou para frente ou para baixo) indicam fuga da realidade, mitomania, ideias fixas e parasitárias, fantasia, vivacidade, estranheza, riscos de subjectivismo, distorção da realidade e quebra de regras. Neste e noutros gestos, sigo de perto a escola moretiana, quanto à designação e ao significado psicológico.
  • Gestos da confusão - Ricci della confusione (cortam as letras da própria linha, da seguinte ou da anterior) exprimem a confusão em todos os níveis da personalidade, fraca capacidade de discriminação dos estímulos, comportamentos impulsivos e desordenados.
  • Gestos da ocultação - ricci del nascondimento (traços finais para baixo e para trás) expressam reticência, cautela, capacidade diplomática, hipocrisia, introversão, insinceridade e ocultação de pensamentos.
  • Gestos de amaneiramento - ricci dell` ammanieramento (traços no início, no meio ou no fim da palavra) demonstram dissimulação, adulação, predisposição teatral, egoísmo encapotado de altruísmo e hipocrisia. Se forem para baixo, no início das letras podem significar insegurança ou medo de perder bens materiais.
  • Gestos do subjectivismo ou da espacialidade - ricci del soggettivismo (prolongamento horizontal excessivo do final da palavra, com pressão uniforme) assinalam necessidade de defesa do próprio território, colocação no centro de atenções, distinção, superioridade, orgulhoso, complexo de superioridade, insegurança, desconfiança, manutenção dos outros à distância e frieza no relacionamento social.
  • Gestos da vaidade (altura desmedida das letras iniciais ou maiúsculas) exprimem a necessidade de chamar a atenção e capacidade para representar.
  • Gestos do materialismo (para baixo, no final da letra) chamam a atenção para a preocupação com bens materiais, para a agressividade e para a precipitação.
  • Gestos do desleixo - ricci della sciatteria (traços frouxos e descendentes no final da palavra) traduzem desleixo, indolência, abulia e tendências materiais e sensuais.
  • Os gestos (pernas, hastes ou outros traços verticais ou horizontais) acerados assumem o significado de hipersensibilidade, perspicácia, inteligência, irritabilidade, penetração, penetrabilidade, impressionabilidade, insegurança, originalidade, hiperemotividade, ansiedade, agressividade, cólera, paranóia e masoquismo.
  • Gestos da espiritualidade (traços avançados na zona superior) marcam misticismo, criatividade, imaginação e fuga da realidade.
  • Os ganchos, os arpões e os triângulos (ou golpes de sabre) nas pernas, nas hastes ou noutros traços são sinónimo de tenacidade, resistência, egoísmo, teimosia, agressividade, vivacidade, audácia, desejo de mandar e de possuir, oposição, dinamismo, irritabilidade e agressividade.
  • Os golpes de chicote (formação dum laço antes de se projectar com impulsividade) reflectem imaginação, vivacidade, audácia, impulsividade, ambição e egoísmo.
  • Os laços (bucles dentro doutros bucles) representam habilidade manual, sedução, simpatia, vaidade, egoísmo e intriga.
  • As maças podem indiciar actividade, dinamismo, carga emocional, violência, inadaptação e brutalidade.
  • Os nós (pequenos laços) fornecem sinais de reserva, diplomacia, tacto, ocultação, falta de sinceridade, desconfiança e hipocrisia.

Certamente a sua escrita apresentará algum destes gestos ou outros não inventariados. Para captar melhor o seu significado psicológico é preciso avaliar o ambiente gráfico (positivo ou negativo) e a contextualizar cada um dos gestos.

11 dezembro, 2008

GÉNEROS E ESPÉCIES DA ESCRITA

Neste espaço vão ser listados e definidos os vários géneros da escrita, nomeadamente: forma, dimensão, direcção da linha, direcção axial das letras, inclinação, ligação/continuidade, movimento/ritmo, ordem, espaço, velocidade, pressão (relevo, profundidade) e outros parâmetros como assinatura/rubrica, margens, gestos-tipo, letras especiais, ovais, barras, hastes, pernas, acentuação, pontuação, cor e algarismos.
As espécies são centenas e a sua interpretação depende do ambiente positivo ou negativo da escrita, da presença ou ausência de sinais atenuantes ou reforçantes, tendo sempre em vista a sua integração no contexto global. A quantidade, o peso, o enquadramento e a designação de alguns géneros e espécies variam de acordo com as escolas grafológicas. Mas, apesar de nomenclaturas diversas, os conceitos essenciais subjacentes são semelhantes.

Margens

Margens esquerda e direita quase ausentes de uma adolescente de 15 anos, no 6º ano de escolaridade
As margens do texto reportam-nos à organização, à introversão, à extroversão, ao passado e ao futuro da personalidade do escrevente. A fundamentação destas características está relacionada com o simbolismo espacial desenvolvido por Max Pulver e já presente no Kora de Platão. Max Albert Eugen Pulver (1889-1952), filósofo e grafólogo suíço-alemão, aplicou a interpretação psicológica do simbolismo do espaço gráfico à grafologia, baseado na teoria do inconsciente colectivo de Jung. A folha em branco representa o ambiente e o texto representa o modo como a pessoa se comporta no meio familiar, profissional e social.
Lembro que é preciso ter sempre presente o ambiente positivo ou negativo e o contexto geral da escrita. À falta de um estudo estatístico sobre margens no nosso país, sugiro algumas medidas que podemos considerar regulares. A margem esquerda com cerca de dois cm, a direita e a inferior com cerca de um e a superior com cerca de dois.

Margem esquerda
  • Estreita ou ausente indica cautela, introversão, desconfiança, inibição, ligação ao passado, postura defensiva, temor do futuro, dependência e reserva.
  • Larga é indício de actividade, generosidade, extroversão, aventura, desejo de independência, confiança, optimismo, frenesim, impulsividade e atrapalhação.
  • Crescente é sinal de optimismo, ambição, prodigalidade, extroversão, actividade, ligação ao futuro e impaciência.
  • Decrescente significa prudência, economia, introversão, desconfiança e inibição.


Margem direita

  • Estreita ou ausente é sinónimo de extroversão, actividade, confiança, optimismo, desinibição, sociabilidade (agressividade, se a margem for ausente), iniciativa, superação das dificuldades, previsão do futuro, resolução e identificação com o pai.
  • Larga demonstra cautela, introversão, insegurança, desconfiança, inibição, isolamento, medo de enfrentar a realidade, ligação ao passado e temor do futuro.
  • Crescente manifesta timidez, reserva, inibição e pessimismo.
  • Decrescente fornece sinais de domínio pessoal, extroversão, confiança, optimismo, actividade, formalidade, inflexibilidade, necessidade de estímulos, frenesim, impulsividade e atrapalhação.


Margem superior

  • Estreita ou ausente é prova de espontaneidade, contacto imediato, falta de tacto, aversão a formalidades, má educação, desprezo pelos pormenores e invasão do espaço dos outros.
  • Normal (regular) reflecte cortesia, educação e auto-domínio.
  • Larga expressa formalidade, submissão à autoridade, introversão, alguma falta de confiança, sentido religioso, boas maneiras, respeito, distanciação nas relações sociais, cerimónia, frieza, ansiedade (costuma aparecer na escrita das crianças).


Margem inferior

  • Estreita ou ausente fornece sinais de excesso de materialidade, submissão aos instintos, deficit de auto-controlo, insegurança, necessidade de apoio, temor do futuro, tendência a desfrutar do tempo e do trabalho, precipitação e atrapalhação.
  • Larga atesta sentido estético, temor das próprias emoções, medo de deixar-se envolver, desperdício de meios e de tempo.
  • A ausência de margens está conotada com poupança, autoconfiança, capacidade para superar os fracassos, intrusão, sem grandes considerações estéticas, irreflexão, impulsividade, não deixar espaço aos outros, falta de diplomacia, desejo de ser o centro das atenções e desconsideração pelas necessidades alheias (normal até aos 11 anos).
  • As margens estreitas evidenciam dureza e austeridade.
  • As margens largas revelam atitudes de isolamento voluntário, de pouca vontade de se misturar e perda de amigos.
  • As margens excessivas exprimem respeito, boas maneiras, frieza, preocupação, insegurança e angústia.
  • As margens regulares explicam atitudes metódicas, equilíbrio, organização, responsabilidade, gosto pela simetria, firmeza, estabilidade, pontualidade, autodisciplina e constância.
  • As margens irregulares especificam actividade variada, instabilidade, ambivalência, imaturidade, indecisão, inconstância, impulsividade, inquietação, resposta imediata aos estímulos, pressa, superficialidade, irregularidade e Criança Livre (grafoanálise transaccional).
  • As margens rígidas correspondem ao cumprimento da norma, à rigidez e à inflexibilidade.

Neste aspecto, é mais fácil observar a sua escrita. Mas é conveniente escolher páginas escritas antes da leitura deste artigo. A escrita de apontamentos ou em folhas com tamanho inferior a A4 pode assumir um significado diferente. Veja se a sua escrita lhe indica a tendência predominante: o refúgio no passado ou a projecção no futuro.

09 dezembro, 2008

Direcção axial

Escrita hesitante de rapaz de 13,6 anos, do 8º ano
Este aspecto da escrita foi desenvolvido por
Girolamo Moretti e é continuado pelos seus discípulos, nomeadamente, Pacifico Cristofanelli, em que me baseei. Por não se enquadrar no género “direcção” da escola francesa, é aqui apresentado separadamente.
  • Escrita sinuosa (sinuosa), quando o prolongamento das hastes se cruza acima ou abaixo da zona média, reflecte Intuição, capacidade de compreensão e penetração psicológica.
  • Escrita contorcida (contorta), quando os eixos das letras se inclinam bruscamente para a direita e para a esquerda e os seus prolongamentos se cruzam junto da zona média ou mesmo dentro dela, é sinal de procura de objectividade, de necessidade de controlo imediato, de irritabilidade e de propensão para a mecânica.
  • Escrita titubeante (titubante), quando as letras se inclinam lentamente ou quando o “o” termina com um traço lento e impreciso, representa reflexão (por indecisão), reserva, insegurança, preocupação, timidez e dificuldade em tomar decisões.
  • Escrita hesitante (tentennante), quando duas ou três letras da mesma palavra variam de inclinação ou se observa uma separação nos traços de ligação entre letras, implica prudência, cautela, procura de objectividade, cautela e insegurança.
  • Escrita paralela (parallela), quando os eixos das letras são rigidamente paralelos, independentemente da inclinação, é própria dos sujeitos com precisão, ordem, precisão estreita, desadaptação, mas adaptação a tarefas repetitivas e esquematismo.

Moretti, homem de grande intuição e religioso, presenteou-nos com esta e tantas outras séries de sinais gráficos originais que ele ia descobrindo nos milhares de análises que fazia, incluindo a própria auto-análise, a fim de desvendar o íntimo do ser humano.

08 dezembro, 2008

Espaço

Escrita de menina, com grande espaço entre letras, entre palavras e entre linhas
O espaço revela o equilíbrio ou desequilíbrio psico-afectivo e o processo perceptivo-cognitivo e, ao mesmo tempo, relata-nos as zonas proibidas, os medos e as fobias. A mancha gráfica aparece distribuída de diversas maneiras na folha de papel, conforme o escrevente. E não só o espaço ocupado pelas letras e pelas palavras tem um significado psicológico, mas também o espaço deixado livre caracteriza o sujeito.
  • Espaço curto entre palavras (escrita apertada) pode reflectir modéstia, sentido de economia, prudência, discrição, falta de sentido crítico, instintividade, imediatismo, visão estreita, timidez, impulsividade, egoísmo, hipersensibilidade, necessidade de estar acompanhado e medo da solidão.
  • Espaço médio entre palavras pode corresponder a ponderação, ordem, análise, organização, clareza, independência, lucidez, introversão, capacidade crítica, predomínio da reflexão sobre a intuição, equilíbrio da mente e do carácter, raciocínio, eficiência, pouca espontaneidade e Adulto (grafopsicanálise transaccional).
  • Espaço grande entre palavras (domínio dos brancos) pode revelar capacidade crítica, raciocínio, organização, método, juízo, discernimento, meditação ou necessidade dela, distanciamento afectivo, visão do conjunto, saber guardar distância, hipercrítica, isolamento, dificuldade em estabelecer relações, incerteza, perplexidade, desorientação, mudança de opinião, vazio de ideias, introversão, solidão, insegurança e temor.
  • Espaço exagerado entre palavras pode assinalar hiper-autocrítica, sentido de isolamento e de claustrofobia
  • Espaço pequeno entre letras (justapostas ou adossadas) podem significar reserva, introversão, desconfiança, temor, evitar influências exteriores, não deixar espaço ao outro, menor impulso para a actividade, cuidado, economia, concentração, medo de se enganar, auto-limitação, restrição do sentimento, variabilidade de humor, preocupação, apreensão, inibição, recusa, falta de empatia para compreender os outros, subjectivismo, medo de avançar, egoísmo, avareza, ansiedade e Criança Adaptada Rebelde (grafoanálise transaccional).
  • Espaço médio entre letras pode corresponder a espírito de abertura, flexibilidade, maior impulso para a actividade, facilidade em relacionar-se com o outro, equilíbrio, extroversão, abertura, inteligência, simpatia, generosidade e adequada valorização do outro
  • Espaço grande entre letras pode interpretar-se como sinal de altruísmo, extroversão, magnanimidade, generosidade, facilidade de acção e de contactos sociais, adaptabilidade, conciliação, indulgência, dispersão, influenciabilidade, entusiasmo, simpatia, cedência, esbanjamento, instintividade, indulgência, perda do eu no tu, dar mais importância ao outro do que a si próprio e Pai Protector (grafoanálise transaccional).
  • Espaço pequeno entre linhas permite avaliar o grau de introversão, temor, tensão, impulsividade, economia de energias, segurança, calor humano e confiança.
  • Espaço exagerado entre linhas pode exprimir necessidade de isolamento, dificuldade de adaptação e de concentração, necessidade de clareza, timidez, distanciamento afectivo em que o super-ego impede o transbordo dos instintos, dos afectos e da imaginação.
  • Escrita arejada (boa distribuição entre o espaço da mancha de tinta e o dos brancos) pode provar bom equilíbrio geral, objectividade, reflexão, ponderação, independência, bom contacto social mas selectivo e adaptabilidade.


O leitor perguntará pela medida padrão para classificar estes espaços. Em Portugal, infelizmente, ainda não existem tabelas padronizadas, porém, deixo algumas dicas, já aplicadas noutros países, que podem ajudá-lo a conhecer-se melhor, através da análise da sua escrita:

  1. -A medição do espaço está directamente relacionada com a dimensão da zona média da escrita do escrevente.
  2. -A separação normal entre palavras corresponde à largura de um “m” minúsculo manuscrito, com três pernas.
  3. -O afastamento normal entre letras equivale, mais ou menos, a dois terços da largura dum oval.
  4. -A distância normal entre linhas é equivalente à altura de três “m” manuscritos.
  5. -Comparar o espaço deixado entre letras, entre palavras e entre linhas.
  6. -Observar o predomínio de cada tipo de espaço em vários documentos, se possível, de períodos diferentes.
  7. -O grau de presença de outros parâmetros, como a rapidez ou lentidão da escrita, alteram a avaliação.
  8. -Não aplicar estas normas a crianças, devido à falta de personalização da escrita.

26 novembro, 2008

Escrita e Caráter
Crépieux-Jamin.

Encontrei em um sebo o livro L´écriture et caractere". Quinta Edição. 1909.
Muito bem conversado, com capa dura.

Pertenceu a grafóloga Jovina Ribeiro Gonçalves.
Morava em Paris:
Fonds
10. Rue Monsieur Le Prince.
A rua fica perto da Universidade Descartes e por de vista no Google Maps.
Atualmente abriga o
Groupe d'Anthropologie Historique de l'Occident Médiéval (GAHOM).

A referida grafóloga tinha inteligência acima da média; vontade e era bastante minuciosa.
As informações foram tiradas de sua escrita.
Provavelmente deve ter lido o livro algumas vezes, pois as anotações feitas com lápis tomam conta de todo o livro e se extendem até o final.

O livro em si:
Ter um livro de grafologia há um ano de seu centenário em mãos é um verdadeiro presente para os apaixonados por grafologia .

Foi com este livro que Klages iniciou seus conhecimentos em Grafologia.
Traduzido pelo poeta Hans Busse para o alemão em 1902; com a colaboração de Hertha Merckle.

La escritura y el Caractè. Em espanhol. 1908. Traduzido por M. Anselmo Gonzalez, Editado em Madrid.

A edição mais atual é em inglê HANDWRITING AND EXPRESSION
translated by John Holt-Schooling. Introduced by Nigel Bradley.


No Brasil foi publicado em 1935 pela editora Flores&Mano que ficava na Rua do Ouvidor; 145. no Rio de Janeiro. A tradução é do Dr. Elias Davidovich.

O Dr. Elias iniciou a tradução ds obras de Freud em 1933 com uma equipe composta de médicos e psicanalistas como Odilon Gallotti, Porto-Carrero, Elias Davidovich e Moysés Gikovate. Mais de 50 títulos são publicados ao longo da década.


Paulo Sergio de Camargo
Grafologia - Linguagem não-verbal
http://grafonautas.blogspot.com/
http://www.lingcorporal.com.br/

Excelência pelo conhecimento.

13 novembro, 2008

Velocidade

Escrita rápida de professor, 61 anos
A velocidade ajuda a diagnosticar a rapidez de reacção, o potencial, a estrutura biotemperamental, a intensidade de vida, a agilidade de actuação, de pensamento e de imaginação e a vivacidade do escrevente. Este género é difícil de medir, mas não impossível, porque a rapidez ou a lentidão deixam marcas na escrita. Quando o escrevente está na presença do grafólogo, para medi-la basta cronometrar a quantidade de letras realizadas num minuto e servir-se duma tabela de velocidade aferida para uma população com características semelhantes às do indivíduo a testar.
Em Portugal, não tenho conhecimento da existência de pesquisas neste domínio. Nesta página, mais tarde, apresentarei, os resultados de mais de dois mil testes realizados, junto de crianças e adolescentes em idade escolar sobre este género da escrita. Junto de algumas turmas realizei testes de leitura e de escrita, a fim de poder constatar se haverá alguma ligação entre a velocidade de escrita e de leitura. Seguem-se os principais espécies, com o respectivo significado psicomotor.
  • Espasmódica (demasiado lenta) pode estar conotada com pessimismo, vulnerabilidade, indecisão, ressentimento.
  • Lenta pode apresentar o significado de calma, prudência, afectividade, reserva, introversão, insegurança, observação, vontade fraca, vulnerabilidade, indecisão, atenção dispersa, passividade, dificuldade de coordenação de movimentos, falta de interesse, indolência, cansaço, disgrafia, dislexia, lentidão na aprendizagem, atenção dispersa.
  • Pausada (calma) pode confirmar espírito de observação, precisão, reflexão, ordem, constância, prudência, aplicação, equilíbrio, ponderação, serenidade, calma, conciliação, estabilidade, autocontrolo emotivo, Pai (grafoanálise transaccional), falta de vivacidade, pouca emotividade e pouca sensibilidade, acomodação, conservadorismo.
  • Fluida pode representar espontaneidade, autonomia, boa capacidade comunicação, continuidade de pensamento, desembaraço, disponibilidade, simpatia e habilidade prática.
  • Rápida (dinâmica) pode dar a conhecer o nível de actividade, a criatividade, a originalidade, a agilidade mental, a desenvoltura, a capacidade de resistência, a confiança, o espírito de iniciativa, o dinamismo, a sensibilidade, a flexibilidade, a extroversão, a auto-segurança, a energia, o poder de decisão, a objectividade, a agitação, a inquietude, a impaciência e a inconstância.
  • Precipitada (demasiado rápida) pode referir-se a uma personalidade com vivacidade, intuição, curiosidade, impulsividade, improvisação, imediação, desordem, falta de método, descontrolo, agitação psíquica e nervosa, pressa, irreflexão, precipitação, impaciência, irritabilidade.
Como pode observar pelas características referidas, no meio está a virtude. O excesso de lentidão ou o excesso de rapidez são sempre dois. Pode testar a velocidade a que escreve. Cronometre um minuto (faça antes um pequeno ensaio) e escreva uma frase o maior número de vezes possível. No final conte as letras que conseguiu fazer. A frase poderá ser: As nossas palavras são como um cristal. (frase inspirada em Eugénio de Andrade e por mim utilizada para testar a velocidade). Se escreveu seis ou mais frases, a sua escrita pode considerar-se rápida. Mas, atenção. É preciso ter em conta, entre outros factores, a idade, a profissão, o hábito de escrever, a formação e o tipo de escrita. Por exemplo, quem faça uma escrita grande e arcada precisará de dar mais à mão para fazer a mesma quantidade de letras que outra pessoa com uma escrita pequena e filiforme.

07 novembro, 2008

Ligação/continuidade

Escrita desligada
Ligação
A ligação refere-se ao modo como o escrevente une ou não
umas letras às outras.
Esta espécie da escrita apresenta-nos a relação do sujeito com os outros e com o meio, a organização mental, a flexibilidade, a segurança, a estabilidade, a habilidade, o grau de constância e a adaptabilidade. Optei por separar a Ligação da Continuidade por aquela se referir mais às letras em si e esta à harmonia ou desarmonia do traçado.
  • Fragmentada (as próprias letras fragmentadas) pode assinalar intuição, dúvida, inquietude, inibição, ansiedade (na adolescência), eventuais distúrbios, impacto negativo com o ambiente, desintegração da personalidade.
  • Justaposta (letras colocadas umas ao lado das outras) pode indicar intuição, autocontrolo nervosismo, reserva, precaução, meticulosidade, comedimento, insegurança, timidez, inadaptação, inibição, Criança Adaptada Submissa (grafoanálise transaccional).
  • Colada chama a atenção para uma menor agilidade e uma menor capacidade de adaptação, para a insegurança, para a indecisão e para irritação.
  • Soldada pode manifestar dificuldade de adaptação e de socialização, ânsia, fraca autonomia (adolescente)
  • Reenganchada (sobreposição da parte inicial da letra seguinte com a final da anterior) pode ser sinal de vulnerabilidade, indecisão, consciência escrupulosa.
  • Desligada (todas as letras da palavra feitas isoladamente) pode expressar análise, introversão, reserva, criatividade, independência, intuição, curiosidade, meticulosidade, estranheza, espírito de observação, necessidade de precisão, contemplação, habilidade artística, frieza afectiva, estranheza, evasão perante compromissos, inadaptação, ideias soltas, incoerência, falta de lógica, egoísmo, solidão, avareza, dificuldade de concentração, dogmatismo, bloqueio.
  • Agrupada (duas ou três letras ligadas na palavra) pode significar equilíbrio entre lógica e intuição, entre impulso e reflexão, maturidade, capacidade de análise e de actuação, insatisfação, insegurança, dúvida, inibição.
  • Palavra dividida em dois blocos (com largo espaço entre eles) pode confirmar confusão da parte com o todo, do acidente com a substância, contenção emotiva, prudência, síntese parcial (Moretti), elasticidade mental (escola francesa), repressão, inibição e indecisão.
  • Ligada (palavra escrita sem levantar a caneta) pode exprimir espontaneidade, adaptação, socialização, fluidez, pensamento sistemático e lógico, síntese, força de vontade, convicções firmes, actividade, coerência, extroversão, cooperação, solidariedade, sociabilidade, convencionalismo e rotina.
  • Combinada (ligações originais e aéreas) pode indiciar espírito inventivo, inteligência notável, agilidade intelectual, criatividade, originalidade, conexão pensamento-acção, flexibilidade, imprecisão e precipitação.
  • Hiper-ligada (as palavras ligadas entre si) pode traduzir agilidade mental, produtividade, necessidade de comunicação, auto-estima, coesão, integridade, precipitação, euforia, mitomania, obsessão.
  • Variada (uma parte do texto ligada outra não) pode reflectir Instabilidade, hesitação, incerteza, descontinuidade, dúvida, falta de critério, mobilidade, anarquismo.
  • Anelada (em forma de anel) pode ser sintoma de amabilidade, simpatia, sedução, diplomacia, indecisão, astúcia, influenciabilidade.
  • Ondulada pode revelar cordialidade, amabilidade, simpatia, diplomacia; fantasia, astúcia e falsidade.
  • Em arcada pode atestar formalidade, reserva, reflexão, prudência, discrição, introversão, ocultação de pensamentos, egoísmo, falso interesse pelas coisas, falta de sinceridade, manipulação, pequeno professor (grafoanálise transaccional).
  • Em grinalda pode evidenciar espontaneidade, convencionalidade, adaptabilidade, flexibilidade, vivacidade, acolhimento, benignidade, conciliação, abertura, receptividade, simpatia, Pai Protector (grafoanálise transaccional), influenciabilidade, indecisão, vacilação e moleza.
  • Filiforme pode representar versatilidade, habilidade, vivacidade, necessidade de fazer depressa, diplomacia, improvisação, evasão, insegurança, astúcia, incapacidade de tomar decisões.
  • Em diagonal ascendente pode ser prova de disputa, de agressividade encoberta, de falta de sinceridade.
  • Em meandros pode ser sinónimo de reacção do adolescente com esforço e tensão à sensação de relaxamento, imaturidade, convencionalismo.
  • Angulosa pode explicar a reacção do adolescente com esforço e tensão à sensação de relaxamento, a imaturidade e o convencionalismo
  • Mista (ângulo, grinalda, arco) pode ser sintoma de dinamismo ou de instabilidade.

As características psicológicas apresentadas não são suficientes para compreender a estrutura da personalidade do escrevente, mas são necessárias, porque foram deduzidas a partir da experimentação de grafólogos credenciados.

Continuidade


A continuidade está associada ao nível de constância, de persistência, de perseverança, de estabilidade e ao nível de relacionamento com o outro.
  • Homogénea exprime a tendência para equilíbrio, estabilidade, tenacidade, rectidão, constância, persistência, ordem, disciplina, força de vontade, sensatez, moderação, controlo emotivo, apatia, insensibilidade, Pai (grafoanálise transaccional).
  • Monótona refere-se à tendência à apatia, à indiferença, à indolência e à passividade.
  • Proteiforme pode interpretar-se como sinal de versatilidade, criação artística, irresolução, instabilidade, dispersão, impulsividade, capricho, hiperemotividade, sobreexcitação, natureza desconfiada, agitação contínua e descoordenada e hiper-petulância.
  • Ritmada corresponde à tendência para adaptação, optimismo, equilíbrio, e sensibilidade harmónica.
  • Desarmónica expressa uma grau exagerado de emotividade e desequilíbrio.
  • Estereotipada (traçada dum modo mecânico) pode mostrar falta de personalidade, inconsistência, rotina, conformismo, dissimulação, tendência para obsessão escondida por máscara de impenetrabilidade, paranóia.
  • Retocada indicia necessidade de clarificação, perfeccionismo, escrúpulo, indecisão, insegurança, necessidade de correcção, vulnerabilidade, dúvida, falta de autoconfiança, preocupação com a autodefesa, arrependimento, ansiedade, angústia, Criança Adaptada (grafoanálise transaccional)
  • Variável (ao longo da vida) fornece sinais de, exteriorização, intuição, curiosidade, espontaneidade, personalidade múltipla, imaginação.

Veja se os seus manuscritos se enquadram nalguma destas espécies. E fique a saber que a estagnação, a evolução ou a alteração a nível psicológico ficam espelhadas na escrita. Porém, uma boa análise requer vários textos escritos em períodos diferentes.

Pessoal
A capa do livro "O que é Grafologia" a ser lançado no dia 13 de Dezembro em São Paulo é uma homenagem ao grafólogo francês Crépieux- Jamin.
A caneta está em tons verde-amarelo - isto se auto-explica.
O livro traça um panorama da grafologia e como é utilizada atualmente de forma moderna.
Muito de Jamin se foi, mas seu espírito permanece.
No livro, de forma direta ou indireta faça citações do grandes grafólogos brasileiros e das pessoas que trabalham para a evolução do método do Brasil.
Trata-se de uma revisão total de meu primeiro livro. Poderia chamar O que é grafologia 2.
Paulo Sergio de Camargo
Grafologia - Linguagem não-verbal
Excelência pelo conhecimento.

30 outubro, 2008

Dimensão

Letra pequena de estudante universitária , 20 anos
A espécie dimensão (tamanho) das letras está relacionada com a auto-estima, amplitude da energia vital, auto-consciência, capacidade de análise de situações, expansão de sentimentos e de ideias. Apresentou os principais subgéneros:
  • Muito pequena pode significar modéstia, inibição, crítica extrema, detalhe, cisma, medo de afirmar-se, falta de ambição, timidez, complexo de inferioridade
  • Pequena (menos de 2 mm) pode revelar sentido crítico, capacidade de análise e de pesquisa, ordem, discrição, objectividade, precisão, modéstia, meticulosidade, concentração, introspecção, economia de energias, inteligência profunda e refinada, capacidade de pesquisa, perigo de isolamento e de intelectualização, timidez, insegurança, complexo de inferioridade.
  • Média (2 a 3 mm) pode indicar equilíbrio entre as componentes emocional e intelectual, convencionalidade, adaptabilidade, realismo, sentido de medida, moderação, maturidade, objectividade, confiança em si próprio, Adulto (grafoanálise transaccional), mediocridade, reduzido sentimento do eu.
  • Grande (mais de 3 mm) pode exprimir extroversão, vitalidade, pomposidade, grandeza do sentimento de si, afectuosidade, generosidade, necessidade de se mostrar, dinamismo, sociabilidade, avareza, orgulho, vaidade, superficialidade, exaltação, ostentação, exibição, falta de sentido crítico.
  • Demasiado grande indicia auto-estima elevada, orgulho, ostentação, domínio, exigência, impulsividade, desequilíbrio, excesso de amor-próprio, necessidade de reconhecimento e de expansão, ambição, vitalidade, narcisismo, satisfação excessiva.
  • Estreita (mais alta do que larga) pode ser sinal de economia, autodisciplina, introversão, estreiteza de espírito, menor capacidade de compreensão dos outros, excesso de precaução, reserva, timidez, inibição, acanhamento, desconfiança, ressentimento, dificuldade em pôr as ideias em prática, secundariedade, Criança Adaptada (grafoanálise transaccional).
  • Larga (mais larga do que alta) pode ser sintoma de abertura de espírito, sociabilidade, autoconfiança, extroversão, franqueza, desinibição, amplitude de pensamento, afã pessoal, imprudência, irreflexão, impaciência, falta de maturidade.
  • Rebaixada (hastes e pernas curtas) pode corresponder a simplicidade, maturidade, modéstia, prática, medo de se afirmar, conformismo, redução de horizontes.
  • Sobressaltada (aumento repentino de hastes e pernas) pode expressar orgulho, enaltecimento, super-valorização, insatisfação, formniveau baixo.

O formato e dimensão das pernas e das hastes serão tratados pormenorizadamente mais adiante. Lembro que o contexto positivo ou negativo da escrita assume aqui uma importância fundamental.
Ainda havia outras espécies da dimensão a referir, porém, a partir de agora, já pode examinar e medir a zona média da sua escrita. Não se esqueça que, para uma melhor interpretação psicológica, é muito importante comparar o tamanho da sua escrita com o da sua assinatura. E mais importante ainda é possuir bons conhecimentos de psicologia.

26 outubro, 2008

Pressão

Escrita com pressão média, de professora, cerca 40 anos
A pressão exprime a intensidade da força vital da personalidade (energia psicofísica, libido, sentimentos, sensualidade, capacidade de resistência, firmeza ou insegurança, adaptabilidade, patologias, intoxicações).
Os grafólogos reconhecem à pressão um papel destacado entre os outros géneros. Nas provas de perícia, no meio forense, assume uma importância fundamental na identificação de documentos ou assinaturas e na caracterização do seu autor.
De entre as espécies do género pressão vou destacar as principais e seu significado. Lembro que se deve atender sempre ao ambiente positivo ou negativo da escrita e ao contexto, ao predomínio da forma ou do movimento, aos ângulos, às curvas, à lentidão e à rapidez da escrita.
  • Frouxa (mole) pode exprimir falta de força interior, vulnerabilidade, dependência, frouxidão na afirmação do eu, cedência ao mínimo obstáculo, adaptação passiva, insegurança, vontade fraca, atenção dispersa, imaturidade, influenciabilidade, indecisão, inconstância, fadiga, baixa resistência a frustrações.
  • Leve pode significar grande sensibilidade, delicadeza, sentido crítico, altruísmo, reserva, influenciabilidade, fuga de conflitos sociais, compostura, desembaraço, fragilidade, vulnerabilidade, inconstância, debilidade, falta de firmeza, insegurança.
  • Média pode expressar equilíbrio, sociabilidade, serenidade.
  • Variável (inconstante) pode indicar influenciabilidade, espontaneidade, impulsividade, fraco auto-controlo, instabilidade, ambivalência, dificuldade de adaptação, vulnerabilidade, subjectivismo, conflituosidade, agressividade, angústia, falta de energia, desequilíbrio.
  • Invertida (deslocada – traços descendentes menos carregados que os ascendentes) pode ser sinal de insegurança, de hesitação, de ânsia, de temor, de dificuldade de adaptação, de espírito de contradição, de rebeldia e de desvios sexuais.
  • Firme (forte) pode expressar força emocional e física, persistência, persuasão, tendência ao comando, ambição, independência, dureza expressiva, sensualidade, materialidade, agressividade, pouca sensibilidade, fraca receptividade, fricções sociais, depressão (em escrita lenta).
  • Pastosa (grosseira) pode referir-se à necessidade de manifestar a própria força a nível psíquico e afectivo, ao desleixo, à grosseria, à vulgaridade, à falta de vivacidade, à negligência, à preguiça, e à fadiga.
  • Com relevo pode ser sinónimo de criatividade e de racionalidade, de equilíbrio físico e psicológico, de vitalidade, de hedonismo e de sentimentalismo.


O tipo de papel, o seu suporte, o instrumento utilizado para escrever, o original manuscrito, o estado físico e psíquico do escrevente são factores importantes a ter em consideração na análise da pressão.
Para testar a veracidade dalgumas características psicológicas referidas, repare na escrita dum seu amigo, que ao cumprimentá-lo lhe aperta com intensidade a mão, e verificará que a sua pressão gráfica é muito forte e tensa. Se reparar no verso da folha, poderá ver e tactear o pronunciado relevo das letras.
A pressão da sua escrita, com algumas nuances, talvez se enquadre numa destas espécies. Mas recorde-se que as interpretações grafológicas nunca são lineares nem unívocas.

23 outubro, 2008



Escrita de Lindemberg Alves

Algumas características podem ser observadas na escrita:

- ligada, proporcional, legível, limpa, pausada e organizada.

Todas estas características mais a avaliação do movimento – controlado - levam a crer que não existe nenhum tipo de patologia aparente na escrita.

Embora se deva notar que não foi possível avaliar o traço; um dos componentes mais importantes no perfil grafológico.


Devido às condições (logo após a prisão); a avaliação precisa ser encarada com algumas reservas.

A inteligência é estruturado – limpa, ligada; legível. Mas não acima da média, ao contrário.


A direção das linhas é o gênero mais importante a ser observado.

Podem ser observados os seguintes traços:

- imbricadas descendentes; linhas sinuosas, traços ascendentes e escalonados.

Vamos observar apenas a interpretação da escola italiana do Padre Moretti. Ver livro Trattato di Grafologia. Ed. La Prora; Milão. 1944. Edizioni Messaggero Padova. XV Edição 2006.


A escrita Desprendida (do italiano Scattante) trata-se de um signo substancial da vontade e do intelecto, indica impetuosidade, nervosismo, repentinos saltos na ação e no pensamento.


Encontra-se em um contínuo fervor de sentimentos e passa rapidamente da benevolência para o enfrentamento, do nojo para a doçura e da ira para a calma.


É essencialmente passional porque seus impulsos são imediatos que a razão tem dificuldades para controlá-los.


Não tem sentido de medida e de moderação, não se preocupa com os riscos e reage as solicitações instintivamente.


Posteriormente observa seus erros e se propõe a não repeti-los, mas na primeira oportunidade volta a fazer mesmo, não por maldade e sim por sua natureza instintiva e impetuosa.


Seu defeito é não refletir preventivamente, não conservar o pleno domínio de si e deixar-se levar pelos impulsos.


Geralmente é sincero e leal podendo resultar em agressivo e brutal ao expressar o que pensa.


Sob o perfil intelectual tem capacidade para expressar suas idéias, com rapidez para passar das premissas para as conclusões.

O Padre Moretti costuma traçar perfis da constituição corporal da pessoal – suas doses de acertos não foram transmitas aos discípulos.

Somaticamente os nervos e tendões são tensos e quase sempre pronto para as reações, musculatura tônica e carnosa, olhos vivos, móveis e sobressalentes. Andar saltitante e irregular.

Como nota não grafológica, das quais sempre procurei me fixar.

Sequestro é um "desastre controlado". Os negociadores conduzem um elefante correndo dentro de uma loja de cristais. Em determinado momento algo vai dar errado; é a natureza da ocorrência. Parabéns a Polícia Militar de São Paulo.

21 outubro, 2008

Dia do Professor!







O Professor Eduardo foi alvo de homenagens pela passagem do DIA DO PROFESSOR.
Em sua aula semanal, dos sábados, dia 18 de Outubro passado, os alunos ofereceram-lhe presentes e um rico e variado coffee-break. O professor também recebeu e-mails de parabéns de ex-alunos como é o caso de JULIANA BENEVIDES AIRES DE CASTRO que atualmente reside em Brasília. Vejam fotos.

20 outubro, 2008

Edison Bellintani

O final de tarde do dia 19 de Outubro de 2008 foi marcado, de forma prazerosa, com uma ligação que nos fez o Professor Edison Bellintani, de Santa Adélia-São Paulo.
O professor Edison Bellintani é autor do livro "Análise Grafo-Escritural", Ed. Personalística, 1980.
O professor Bellintani é um patromônio da cultura grafológica do Brasil e tem o seu nome marcado entre os mais importantes grafólogos do pais.
Foi o primeiro a utilizar, entre nós, o termo grafo-análise para se referir ao ramo da Caracterologia que se vincula com a Grafologia, dando assim maior credibilidade à nossa ciência.
Edison Bellintani é também autor do termo psicomorfografia (psico+morfo+grafia), sobre o qual teceremos comentários em outra oportunidade.

Palestra: "Grafologia - Ciência da Escrita"

Atendendo convite da Comissão Organizadora da EXPO SOCIAL 2008, na pessoa de sua aluna Daniella Silva de Oliveira, o Professor Eduardo Evangelista fará duas palestras, dias 13 e 14 de Novembro, às 19 horas, com o tema "Grafologia - Ciência da Escrita" marcando assim a sua participação nesse importante evento que é organizado pelos alunos do curso de Administração e Administração com Recursos Humanos da FACULDADE SOCIAL DA BAHIA - FSBA, campus de Ondina.
Todos os alunos, ex-alunos e amigos estão convidados não só para as palestras, também para visitarem os stands do evento.

15 outubro, 2008

Inclinação

Escrita muito inclinada para a direita, adulto, 66 anos

A inclinação refere-se ao ângulo formado entre o eixo das letras e a linha de base.
De um modo geral, a inclinação dá-nos indicações sobre o relacionamento com os outros e com o ambiente, sobre a capacidade de iniciativa, sobre a introversão e a extroversão. Lembro que as tendências expressas são tanto mais acentuadas quanto maior for a inclinação. As principais espécies são aqui referenciados.
  • Vertical, em que o eixo das letras se apresenta perpendicular à linha de base, pode exprimir equilíbrio, autocontrolo emocional, afectividade profunda, extroversão controlada, sentido de medida, autonomia, realismo, predomínio da razão sobre o sentimento, auto-conceito firme, objectividade, reserva, inflexibilidade, frieza, indiferença, Pai+Adulto (grafoanálise transaccional).
  • Inclinada para a direita, em que o eixo das letras faz um ângulo obtuso com a linha de base, pode significar actividade, extroversão, sociabilidade, espontaneidade, iniciativa, afabilidade, benignidade, simpatia, abertura em relação aos outros e ao meio, avanço para o futuro, sensualidade, acolhimento, benignidade, calor, impulsividade, actividade, luta, iniciativa, ambição, falta de ponderação, parcialidade, necessidade de contacto.
  • Inclinação para a esquerda, em que o eixo das letras faz um ângulo agudo com a linha de base, pode ser sinónimo de prudência, introversão, esforço, empenho, menor sociabilidade, recuo para o passado, necessidade de afecto, tensão, estranheza, desconfiança, vontade de autocontrolo, frieza afectiva, reflexão, defesa, pouca influenciabilidade, espírito de oposição, crítica sistemática, refúgio na fantasia, inibição, egoísmo, inadaptação, fingimento, mentira, Criança Adaptada Rebelde (grafoanálise transaccional).
  • Variável, em que o eixo das letras umas vezes se mantém na vertical, outras se inclina para a esquerda ou para a direita, pode indicar inconstância, instabilidade, variações de humor, indecisão, desorientação, conflitos com o meio e com os outros, dificuldade de adaptar-se a novas situações, rigidez mental, inflexibilidade, dogmatismo, normatividade, rigor, tensão, falta de controlo, tendências contraditórias e ambivalentes, aplicação rígida de normas, dificuldade em tomar decisões no campo emocional, dupla personalidade (ora doce, meiga, generosa, ora desagradável e sem contemplações), pequeno professor (grafoanálise transaccional).
  • Hesitante, com oscilações da inclinação dentro da mesma palavra, (tentennante, de G. Moretti), pode revelar dificuldade de percepção e de identificação, desorientação, ambivalência, prudência, cautela, indecisão, procura de objectividade, insegurança subjectiva, instabilidade, ansiedade.
  • Sinuosa, quando a oscilação do eixo é suave (sinuosa, de G. Moretti) pode ser sintoma de adaptabilidade, disponibilidade, capacidade de compreensão, equilíbrio, intuição, elasticidade e harmonia em relação aos vectores do passado e do futuro, astúcia, oportunismo.
  • Inclinação rígida, seja para trás, seja para a frente, pode manifestar autocontrolo emotivo, dogmatismo, tensão, inflexibilidade, rigidez.

Qual é a inclinação da sua letra? Como pôde ver uma inclinação diferente corresponde a características diversas do indivíduo. É mais uma peça para ajudar a construir o puzzle da personalidade do escrevente. Outras peças se seguirão.
Perfil Grafológico

Uma das grandes dificuldades dos grafólogos em traçar perfis é a de ser repetitivo.
O nome de alguns grafológos na praça é "Controlcê". Não fui eu quem inventei.
O certo é que muito perfis se não são parecidos são iguais.

Isto se deve em função:
- do vocabulário do grafólogo
- das vivências
- conhecimentos psicológicos
- pouca leitura
- quantidade de perfis realizado em um só dia etc.

Como fazer para não repetir frases?
Ao longo dos anos desenvolvi várias técnicas que são passada aos alunos. A mais recente depois de quatro anos de pesquisas será relatada em breve. Potencializa o perfil em dezenas de vezes.

Hoje vou me ater aos articuladores; processo utilizado com muita propriedade pelos palestrantes.

Articuladores
Conhecidos como conjunções, nexos ou conectivos, os articuladores possibilitam estabelecer uma relação de sentido entre as idéias.


Veja os exemplos

a) Paulo não jogou bem. Ele estava cansado.
b) Joana estudou muito. Ela não passou de série.
c) Chuva amanhã. Passeio cancelado.

a) Paulo não jogou bem porque estava cansado.(relação de explicação/ causalidade)
b)Joana estudou muito, mas não passou de série. (relação de oposição/ concessão)
c) Se houver chuva amanhã, o passeio será cancelado. (relação de condição)


ARTICULADORES

PRIORIDADE, RELEVÂNCIA
Em primeiro lugar, antes de mais nada, primeiramente, acima de tudo, principalmente, primordialmente.

SEMELHANÇA, CONFORMIDADE , COMPARAÇÃO
Igualmente, da mesma forma, assim também, do mesmo modo, similarmente, analogicamente, de acordo com, segundo, conforme.

ADIÇÃO, CONTINUAÇÃO
Além disso, por outro lado, vale lembrar, de modo geral, por iguais razões, é inevitável, em outras palavras, sobremais, além desse fator.

CERTEZA, ÊNFASE
De certo, por certo, certamente, indubitavelmente, inquestionavelmente, sem dúvida, com toda certeza.

ILUSTRAÇÃO, ESCLARECIMENTO
Por exemplo, Isto é, a saber, de fato, aliás, ou melhor, como se nota, daí porque, por isso, como se observa, como vimos, ou seja, em outras palavras.

RESUMO, RECAPITULAÇÃO, CONCLUSÃO
Em síntese, em conclusão, enfim, em resumo, em suma, por conseguinte, concluindo, por fim, finalmente, por tais razões, do exposto, por tudo isso, em razão disso, assim, conseqüentemente.

NEGAÇÃO E OPOSIÇÃO
Entretanto, mas, porém, no entanto, ao contrário disso, por outro lado, por outro enfoque, contudo, diversamente disso.

CONCESSÃO
Embora, ainda que, mesmo que, posto que, conquanto, apesar de que, por mais que, por melhor que.

CONDIÇÃO
Caso, se, contanto que, salvo se, exceto se, desde que, a menos que.

PROPORÇÃO
À proporção que, à medida que, quanto mais, quanto menor.

CAUSA CONSEQÜÊNCIA
Porque, porquanto, pois, visto que, já que, uma vez que, por causa de, em virtude de, daí, por conseqüência, como resultado.

TEMPO (FREQÜÊNCIA, DURAÇÃO, ORDEM, SUCESSÃO, ANTERIORIDADE, POSTERIORIDADE, SIMULTANEIDADE, EVENTUALIDADE)
Então, logo, logo depois, imediatamente, a princípio, pouco antes, pouco depois, anteriormente, posteriormente, em seguida, afinal, finalmente, hoje, freqüentemente, constantemente, às vezes, ocasionalmente, sempre, raramente, não raro, ao mesmo tempo, simultaneamente, nesse ínterim.


Façam bom uso deles.



Exemplos:
http://pt.shvoong.com/books/dictionary/1721203-estudo-da-coes%C3%A3o-articuladores/

10 outubro, 2008

Pessoal
Vejam o Artigo do biólogo Fernando Reinach. Publicado no Jornal "O Estado de São Paulo" no dia 16 de Agosto de 2007.
http://www.reinach.com/Estado/index-estado.htm

É fácil fazer algumas inferências com o gesto gráfico e a imagem antecipadora descrita por Klages em seus livros.
Tenho ciência da pouca familiaridade de alguns grafólogos com este conceito de Klages; voltarei a escrever sobre isto mais adiante.

Também podemos fazer inferências porque a grafologia não é um teste com base no experimento descrito. Inferências; porque necessitaríamos de pesquisas diretas com a escrita para provar realmente isto.



A possibilidade de prever decisões e o livre arbítrio

Faz milhares de anos que a humanidade se preocupa em saber se possuímos livre arbítrio. Será que quando decidimos conscientemente praticar um ato esta decisão se origina unicamente em nossa consciência e portanto é impossível de prever ou será que as leis da natureza e os fatos que ocorreram no passado determinam cada um de nossos atos e a impressão de liberdade é somente uma ilusão? Faz alguns anos um neurologista chamado Benjamin Libet realizou um experimento que coloca mais lenha na fogueira do debate sobre o livre arbítrio.

Libet pediu para voluntários se sentarem e colocarem a mão sobre uma mesa. Depois pediu a eles que em algum momento, que eles poderiam decidir quando, movessem a mão. Nenhum sinal externo sinalizava quando a mão deveria ser movida. A decisão de mover a mão deveria ser totalmente voluntária. Além disso em frente destes voluntários Libet colocou um relógio em que o ponteiro de segundos ficava girando constantemente e que o voluntário ficava observando. No momento que o voluntário decidia mover a mão ele deveria observar onde estava o ponteiro do relógio e depois deveria comunicar esta posição aos pesquisadores. Além disso Libet instalou sensores na mão dos voluntários que permitiam saber exatamente quando a mão se mexia e eletrodos na cabeça que permitiam medir a atividade cerebral. Feito tudo isso as pessoas ficavam ali e mexiam a mão quando quisessem.

O que Libet observou foi que era possível detectar atividade cerebral quase um segundo antes da mão se mexer. Isto era esperado, pois o comando vindo do cérebro demora um tempo para chegar aos músculos da mão. O inesperado foi a observação que o momentos em que a pessoa conscientemente decidia mexer a mão (determinada pela posição do ponteiro do relógio que ela comunicava ao pesquisador) ocorria sempre 0,3 segundos antes da mão mexer, mas 0,7 segundos depois da atividade cerebral. Em todos os voluntários a seqüência de eventos era a seguinte: primeiro se detecta a atividade cerebral, 0,7 segundos depois a pessoa decide mover a mão e 0,3 segundos depois do ato consciente de mover a mão ela se move. O fato da atividade cerebral ocorrer antes da decisão “aparecer” na consciência indica que a primeira parte da decisão de mover a mão ocorre de maneira inconsciente (durante os primeiros 0,7 segundos) e somente depois a consciência toma “conhecimento” de que vai mover a mão.

Durante os últimos 8 anos uma série enorme de experimentos foram feitos para verificar possíveis fontes de erro neste experimento mas nenhum erro foi detectado. Tudo indica que realmente cada uma de nossas decisões se inicia de forma inconsciente. Mas se isto é verdade, então existe um intervalo de 0,7 segundos no qual um observador que esteja monitorando nossa atividade cerebral já sabe o que vamos decidir antes de nossa consciência ter acesso a esta decisão. Em outra palavras, medindo a atividade cerebral um observador pode saber o que uma pessoa vai decidir antes desta pessoa ter conscientemente decidido.

Este resultado claramente não exclui a possibilidade do livre arbítrio existir, mas sua interpretação tem provocado muita discussão entre os filósofos e cientistas que tentam compreender como se forma a consciência e se realmente existe o livre arbítrio. Por outro lado este experimento demonstra claramente que a consciência é o resultado da atividade cerebral, tornando improvável a hipótese, ainda defendida por muitos, que cérebro e mente são entes distintos.

Mais informações em: B. Libet, Do We Have Free Will? J. Consc. Studies vol. 6 pag. 47 1999

Fernando Reinach (fernando@reinach.com)

02 outubro, 2008

Pessoal
Ao longo dos últimos sete anos pesquiso de forma intensa a organização dos gêneros e espécies para um estudo mais direcionado e dinâmico da grafologia.

Parte deste estudo está na livro Grafologia Expressiva, Ed. Ágora e Psicodinâmica do Espaço na Grafologia. Ed. Vetor.

Observei em todo o mundo que o único consenso que existe é que se faz necessário uma classificação racional.
Como minhas pesquisas são com escritas brasileiras, o método se ajusta as nossas necessidades.

Existem espaços para serem aprimorados e certamente serão ao longo do tempo. As alteração estarão no livro Grafologia Expressiva II Ed. Ágora.

Os alunos do corrente ano receberão em PP e no novo Caderno de Exercícios as alterações.
Os conceitos da escola Morettiana estão em itálico e verde. Em breve serão acrescentados outros.

Observe o acréscimo da Condução do Traçado; Movimento, Continuidade etc.

Disto se origina o Método de Grafologia Expressiva Paulo Sergio de Camargo.


INVENTÁRIO

1. Observação Geral do Traçado – Dinâmica e integração do movimento espaço-organizacional

Espaço Forma Movimento Traço

2. Síntese de orientação
Evolução (Jamin)
1. Inorganizada 2. Desorganizada 3. Combinada 4. Organizada

Harmonia 1. Harmônica 2. Inarmônica.

Síntese entre Forma e Movimento -


3. Síndromes
1. Inibição 4. Relaxamento do traço 7. Impessoalidade
2. Expansão 6. Deterioração gráfica
3. Impulsividade 5. Rigidez do traço


04. Distribuição
1. Clara 5. Ilegível 09. Organizada
2. Arejada 6. Concentrada 10. Desorganizada
3. Confusa 7. Condensada 11. Limpa
4. Legível 8. Espaçada 12. Suja
13. Invasiva

Largura/Estreiteza – Escola Italiana
1. Entre as letras 2. Entre as palavras 3. Larga nas letras 4. Tríplice Largura


Estudo das margens - 1. Direita 2. Esquerda 3. Superior 4. Inferior 5. Variações

05. Dimensão Zona média – Eixo Vertical
1. Grande 2. Pequena 3. Crescente 4. Decrescente

Zona média – Eixo Horizontal - Amplitude
5. Estreita 6. Extensa

Zona média
7. Baixa 8. Alta 9. Rebaixada 10. Sobressaltada

11. Uniforme 12. Dilatada 13. Sóbria 14. Compensada

Proporção Divisão inter-zonal
1. Proporcional 2. Desproporcional 3. Mista

06. Pressão
1. Espécies de acordo com ao apoio do instrumento no papel. (pressão no sentido estrito do termo)
1. Apoiada 5. Deslocada 09. Fusiforme
2. Leve 6. Espasmódica 10. Profunda
3. Em relevo 7. Acerada 11. Superficial
4. Sem revelo 8. Massiva 12. Em sulcos

2. Espécies de acordo com a qualidade dos traços. (o interior e as bordas)
13. Nítida 16. Desnutrida 19. Empastada
14. Pastosa 17. Seca 20. Filiforme
15. Nutrida 18. Congestionada 21. Frouxa


07. Condução do traçado
1. Hipotensa 2. Flexível 3. Firme 4. Contraída
5. Hipertensa 6. Desigualdades de Tensão.

08. Forma
Execução
1. Caligráfica 6. Angulosa 11. Ornada 16. Inflada
2. Redonda 7. Simples 12. Extravagante 17. Infantil
3. Sistemat/Monomorfa 8. Simplificada 13. Complicada 18. Ovóide/ovalada.
4. Estilizada 9. Seca 14. Artificial
5. Polimorfa 10. Ríspida 5. Tipográfica



09. Continuidade
Progressão da escrita
1. Inibida 2. Contida 3. Monótona 4. Cadenciada 5. Rítmica.

Ligação 1. Ligada 2. Desligada 3. Agrupada 4. Combinada

Deficiências de continuidade
5. Fragmentada 6.Ligações desiguais 7. Lapsus de ligação 8. Retocada
9. Pontilhada/Em bastão 10.Sacudida 11.Suspensa 12. Inacabada

10. Ligação
1. Em ângulos 4. Anelada 7. Dupla curva -
2. Arcada 5. Filiforme Duplo ângulo
3. Guirlanda 6. Mista

11. Movimento
1. Estático ou imóvel 5. Fluído 9. Retardado
2. Flutuante 6. Vibrante/efervescente 10. Revirados para a esquerda
3. Inibido/contido 7. Dinâmico
4. Controlado 8. Propulsivo

12. Velocidade
1. Lenta 4. Precipitada 7. Desigualdades
2. Pausada 5. Lançada de velocidade
3. Rápida 6. Acelerada

13. Inclinação
1. Inclinada 4. Invertida 7. Sinuosa
2. Tombada 5. Oscilante (variável) 8. Contorcionada
3. Vertical 6. Paralela 9. Hastes Conc/Convexa

14. Direção das linhas
1. Retilínea 6. Linhas convexas 11. Em saltos
2. Rígida 7. Sinuosa 12. Colas de Zorro
3. Ascendente 8. Imbricadas ascendentes 13. Mista
4. Descendente 9. Imbricadas descendentes 14. Em leque
5. Linhas côncavas 10. Escalonada

Orientação geral do traço
1. Escrita progressiva 3. Escrita mista. 5. Escrita com torções

2. Regressiva 4. Escrita ao revés

15. Discordâncias
1. Forma 4. Direção 7. Continuidade
2. Tamanho 5. Velocidade
3. Pressão 6. Inclinação

16. Signos gráficos
1. Guirlanda 5. Serpentina 09. Nó 13. R. Escorpião
2. Arco 6. Espiral 10. Torções 14. Facas
3. Bucle 7. Triângulo 11. Dente de tubarão 16. Letra D e S
4. Laço 8. Arpão 12. Unha do criminoso 17. Estereotipias


Ângulo de Moretti 1. Ângulo A 2. Ângulo B 3. Ângulo C

17. Assinaturas – Letra M – G –
Estudo das ovais ( Ab/embaixo – occ. Doppi; etc.)


18. Signos livres
1. Pontuação e acentuação 3. Barras dos T 5. Pingos nos I
2. Traço inicial, traço final 4. Estudo Til


19. Traços da Escola Italiana
1. Subjetivismo 4. Traço do desprezo 7. Traço da independência
2. Traço da Afetação 5. Traços de mitomania 8. Traço da insegurança material
3. Traço da fleugma 6. Traço da confusão



Paulo Sergio de CamargoGrafologia -
Linguagem Corporal
http://grafonautas.blogspot.com/
www.grafo.nauta.nom.br

Excelência pelo conhecimento.

17 setembro, 2008

Forma

Escrita filiforme, de professor, 62 anos
A forma das letras dá-nos informação sobre a estruturação do Ego e do Superego, sobre a imagem pessoal, os valores, a originalidade e o formalismo do escrevente.
De entre as muitas espécies do género forma, vou enumerar a seguir aquelas mais reveladoras de informação e que aparecem com maior frequência.
  • Arredondada pode significar altruísmo, generosidade, predomínio do aspecto afectivo sobre o racional, sociabilidade, potencial de abertura intelectual, docilidade, flexibilidade, afabilidade, boa adaptação ao meio ambiente, receptividade, espontaneidade, altruísmo, lentidão e adaptação passiva.
  • Angulosa pode revelar vivacidade intelectual, rigor, dinamismo, disciplina, perseverança, intransigência, agressividade, resistência, egoísmo vital e psicológico, defesa das próprias ideias, teimosia, dificuldade de adaptação. A angulosidade numa escrita rápida, para R. Saudek, significa resolução e determinação e numa escrita lenta e de baixo nível significa obstinação, aspereza e desconsideração.
  • Arcada (em que os mm e os nn se semelham a arcos) pode indicar organização, formalidade, prudência, adaptação ao mundo de maneira construtiva e prudente, timidez, carácter fechado e necessidade de protecção. F. Viñals diz que é normal nas crianças até aos 12 anos.
  • Filiforme (em forma de fio, especialmente, os mm e nn ) pode designar diplomacia, actividade muito intensa, defesa do eu, curiosidade, improvisação, ironia, ambiguidade, actividade impaciente, astúcia, falsidade, oportunismo, ocultação de pensamentos, evasão perante compromissos e pequeno professor (da análise transaccional de F. Viñals).
  • Em grinalda (especialmente os mm e nn) pode exprimir doçura, influenciabilidade, calma, amabilidade, extroversão, flexibilidade, conciliação, acolhimento, benignidade, adaptabilidade, sociabilidade, passividade e debilidade.
  • Simplificada indicia cultura de espírito, humildade do sábio, auto-afirmação moral, objectividade, predomínio da razão, estruturalismo mental, captação do essencial.
  • Hiper-estruturada (predomínio da forma sobre o movimento) manifesta necessidade de segurança (compensação), rigidez de conduta, adaptação formal.
  • Tipográfica pode assinalar originalidade, cultura, necessidade de maior clareza, necessidade de distinção, snobismo, dificuldade grafomotora, cuidado com a aparência.
  • Caligráfica pode ser sinal de sentido estético, necessidade de clareza, formalismo, falta de originalidade e de personalidade, apego à tradição, adaptação ao meio, conformismo, convencionalismo.
  • Artificial (complicada) refere-se a estranheza, extravagância, desconfiança, astúcia, oportunismo, manipulação, falsidade.
  • Rebaixada (praticamente sem pernas nem hastes) reflecte autocontrolo, moderação, pragmatismo, egoísmo, fingimento, submissão.

Veja em qual destas espécies se enquadra melhor o formato da sua letra, porém, lembre-se que nenhuma escrita deve ser analisada isoladamente, mas sempre contextualizada. Como pôde observar, o mesmo sinal pode apresentar sentidos opostos.
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