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13 janeiro, 2011

grafologia e medicina

O médico italiano, Corado Bornoroni, comparou o grafismo a um eletroencefalograma. Ambos têm por finalidade o registo da atividade cerebral. O segundo regista perturbações circulatórias, epilepsia, traumas, o primeiro, a estrutura da personalidade (e certas patologias).

No campo da medicina, a grafologia pode ajudar no diagnóstico de certas patologias e na evolução do paciente, especialmente em relação às disfunções do sistema nervoso central ou periférico, através da observação das disgrafias, de tremores e da desorganização da escrita em geral.

Existem também manifestações gráficas relacionadas com síndromas de epilepsia, intoxicação alcoólica ou com outras drogas e com a desorganização neuromuscular.

Os próprios traumas ocasionados pela hospitalização, especialmente nas crianças, podem ser detectados através da escrita.

O próprio controlo da acção dos medicamentos pode ser feito através da análise da escrita do paciente (calibre,espaço entre letras, inclinação), para obter a dosagem apropriada, evitando doses exageradas que poderiam levar à depressão ou ao suicídio.

No ramo da psiquiatria, a grafologia pode ajudar a detetar tendências,  potencialidades do paciente e, numa fase posterior, acompanhar e controlar a eficiência da cura. Pois, a finalidade da grafologia não é procurar os sintomas das doenças nem a sua cura, mas detetar as tendências ou predisposições do indivíduo para determinados distúrbios.

A psiquiatria, servindo-se da grafologia, pode conseguir uma visão mais profunda da individualidade do paciente, dos seus conflitos internos e da sua riqueza interior.

Hertz Herbert afirma que a tendência para a paranóia pode ser detectada na escrita, desde que, simultaneamente, apareçam sinais de sobreestimação do eu, desconfiança do meio ambiente, falsidade de juízo e o instinto de defesa.

As doenças de Parkinson, a epilepsia, a esquizofrenia, a alcoolemia, os acidentes cérebro-vasculares, a esclerose múltipla, os tumores cerebrais deixam marcas na escrita. No caso de doentes de Parkinson em estado avançado, a escrita torna-se lenta, trémula, pequena e comprimida.

A escrita dum doente com tumor cerebral provoca arritmias entre as letras, a escrita torna-se flácida e com fraca pressão. A arritmia é devida à interrupção da comunicação entre os dois hemisférios.

A esquizofrenia provoca distorções simbólicas, fragmentações, distorções de tamanho e elaborações estranhas.

Assim, a análise da escrita pode fornecer ao médico indícios sobre que região do cérebro o paciente está afetado, completando, por exemplo, o exame de ressonância magnética.

As próprias perturbações do sistema glandular podem ser indiciadas, através de alguns sinais da escrita (certas torções das hastes).



15 dezembro, 2010

Falsificação de documentos

A falsificação da escrita é uma "arte" tão antiga como a da própria escrita. Na Suméria, cerca do ano 4000 a.C., apareceram os primeiros casos de adulteração de documentos.


Durante o império romano, a Lex Cornelia de falsis (91 a.C.) indicava as normas do testamento e da moeda e as penas estipuladas para as suas falsificações. E Cícero referia-se a falsificadores de testamentos. O Édito de Teodorico (entre 500 e 526 d.C.) previa a pena de morte para vários tipos de falsificação de documentos.


No livro de leis – Os Capitulares – dos reis francos, é prevista a verificação dos documentos e, se o notário ou as testemunhas falecessem, procedia-se à verificação da escrita impugnada, mediante a comparação com outras escritas autênticas.


A contrafação ou falsificação de documentos, passaportes, cheques, notas, procurações, testamentos estão na ordem do dia, como sempre estiveram. Rasurar, alterar, acrescentar, substituir, imitar, decalcar, entrelinhar são verbos bem conhecidos dos falsificadores profissionais.


O cheque que se dá como extraviado e a negação da própria assinatura. A alteração dos montantes da fatura para fuga aos impostos. A modificação da data do recibo para ficar dentro do prazo de pagamento. A carta anónima a denunciar ou a maltratar o vizinho que incomoda. O graffiti no muro para exibição pessoal e danificação de pinturas.


De tudo isto e de mais alguma coisa é capaz o ser humano que inventou a escrita para materializar e perpetuar os seus pensamentos e invenções. Porque, neste domínio como em todos os outros, o homem mistura a honestidade com um pouco de falsidade.


Cabe ao perito da escrita manual seguir as pegadas que o falsificador, servil ou reiteradamente, deixa sempre o rasto na tinta, no suporte ou no traçado.


Pois, cada obra, estética ou inestética, espelha o semblante do seu criador.

08 setembro, 2010

A grafologia e o inconsciente


S. Freud (1856-1936) falava da consciência como a parte visível dum iceberg mental e C. Jung (1875-1961) descobriu que existe em cada pessoa algo inconsciente (primário e instintivo) que procura a oportunidade de se manifestar no momento oportuno, sem que tal facto se torne consciente.


O acto da escrita é como uma roupagem que esconde ou protege a imagem do escrevente, exibindo atributos ou escondendo defeitos, que transparecem nas suas projecções inconscientes.


Quando os movimentos gráficos tendem a expandir-se e a volver-se para a direita pode ser indício de o escrevente sentir mais energia; se as palavras estão distantes umas das outras pode significar que o escrevente se pretende autoproteger, defendendo o próprio território; e, se existem cortes, omissões, rasuras e interrupções, pode ser sinal de insegurança, incongruência e instabilidade emocional.


A escrita costuma, assim, ser interpretada simbolicamente. Mar Pulver (1989-1952) atribuiu uma dimensão simbólica ao modo de ocupação do espaço da folha de papel. Por exemplo, uma escrita microscópica costuma associar-se a sujeitos inibidos e uma escrita de grandes dimensões, a sujeitos extravagantes.


Cabe ao perito, com uma boa formação psicológica, interpretar as emoções que ficam marcadas, apesar do sujeito escrevente não ter delas consciência.


De facto, o inconsciente ocupa uma grande dimensão dentro do ser humano. As contradições que marcam, tantas vezes, determinada personalidade, são ocasionadas por factores inconscientes não admitidos, que acabam por vir ao de cima sob a forma de lapsus calami (escorregadelas), porque não reconhecemos que a maior parte do iceberg está submerso.

05 setembro, 2010

Escrita e personalidade


Uma grande parte dos textos manuscritos apresenta algumas semelhanças, mas todos eles se distinguem por pequenas diferenças, porque a expressão gráfica expressa o temperamento (características emocionais), o carácter(valores, sentimentos e atitudes) e a inteligência (atenção, memória, adaptação, originalidade, raciocínio) de cada sujeito escrevente. Uma certa igualdade torna-se pertinente para que possa existir a compreensão e o diálogo entre os indivíduos e uma grande diferenciação é necessária para que ocorra a diferenciação e a individualização.


Apesar de toda a comunidade linguística partir do mesmo modelo de escrita, bem depressa cada escrevente o adapta e deixa nele as suas marcas pessoais, fruto de vivências únicas e de factores genéticos ímpares.


Desta forma, a análise da escrita constitui uma preciosa fonte de recursos para o discernimento de tendências fundamentais da personalidade, especialmente numa época em que os comportamentos individuais podem atingir repercussões universais.


Não obstante a enorme importância dos pequenos gestos na análise da escrita, não se pode fazer uma avaliação isolada destes, para que a árvore não esconda a floresta e se respeite a unidade na multiplicidade própria da personalidade humana do escrevente.


Neste ramo do saber é também válido o ditado “Os pormenores é que fazem a diferença”, porém, estes não podem ser avaliados isoladamente, mas globalmente e contextualizados.

17 janeiro, 2009

Questões grafológicas pertinentes


Como teve origem a grafologia?


As marcas deixadas pela caneta na folha, semelhantes a sulcos deixados pelo arado na terra ou a pegadas de dinossauros, como costuma dizer Francisco Queiroz, desde muito cedo impeliram os estudiosos da escrita a descortinar o seu significado.
Durante o Império Romano, no II século da nossa era, Suetónio, biógrafo do Octávio César Augusto, destacou algumas particularidades da escrita do imperador, a fim de traçar o perfil da sua personalidade.
O primeiro livro de interpretação do carácter através da escrita só apareceu no século XVII com o médico italiano Camillo Baldi.
No século XIX, com Hipólito Michon, abade francês, teve o verdadeiro início o estudo científico da Grafologia e, desde esse período, tem-se expandido por toda a parte.


A grafologia é uma arte ou uma ciência?

A grafologia tem o estatuto de ciência porque é constituída por um corpo de saberes sistematizados, objectivos, rigorosos e transmissíveis. Possui objecto, terminologia e método próprios e finalidades específicas. Os seus critérios e princípios podem ser testados. Não se confina a determinado território. Faz o seu percurso histórico independente de outras ciências, evoluindo com os próprios erros. Não apresenta verdades absolutas, mas graus de probabilidade.


Qual é a definição exacta de grafologia?



Alguns autores ou escolas apresentam definições um pouco diferentes, mas complementares. Umas são mais longas, outras, mais sintéticas. Em todas está presente o aspecto essencial “análise da escrita para a descoberta de determinadas tendências da personalidade do seu autor”. Cada sinal deve ser interpretado tendo em vista o contexto gráfico e não isoladamente.


Que traços da personalidade podem ser revelados através da análise grafológica?

A análise da escrita pode revelar certas características da personalidade: inteligência, intuição, criatividade, sociabilidade, energia psíquica, motivação, equilíbrio emocional, afectividade, actividade, abertura mental, organização, auto-estima, capacidade de decisão, concentração, liderança, honestidade, sensualidade, fantasia, agressividade, angústia e falsificação.


A escrita realizada com a mão esquerda, com a boca ou com o pé é diferente daquela que é feita com a mão direita?

A escrita é um acto mental do indivíduo e, por isso, cada um tem sua escrita própria, o seu estilo único. A escrita feita com a mão direita ou esquerda, com a boca ou com o pé exprime essencialmente as mesmas tendências da personalidade, conforme já demonstrou o TH. W. Preyer.

O teste grafológico substitui outros testes?

A grafologia é uma ciência. Não é apenas um teste, mas pode alcançar resultados iguais ou superiores aos de tantos outros testes projectivos.
Qualquer teste projectivo, isoladamente, fornece sempre menos dados do que se for cruzado com outros. O teste grafológico pode muito bem ser acompanhado por testes de desenho, nomeadamente, os da figura humana, da árvore, da família, da casa ou das ondas e do céu estrelado.



Em que campos se pode aplicar?


A grafologia tem aplicações relacionadas com auto-conhecimento, reeducação da escrita, compatibilidade conjugal, diagnóstico da personalidade, perícia documental, selecção de pessoal, aconselhamento profissional e vocacional, idoneidade de colaboradores, investigação histórica e artística, diagnóstico e contextualização de doenças físicas ou mentais.


A assinatura ou um pequeno texto são suficientes para fazer uma boa análise?


Depende daquilo que se pretende conhecer. Mas, normalmente, são necessárias várias páginas e várias assinaturas de períodos diferentes. Pois, um maior número de sinais gráficos fornece, em princípio, uma menor margem de erro.

Uma caligrafia bem feita é sempre um sinal positivo?


Fazer uma escrita caligráfica é seguir um padrão. Pode revelar sentido estético, mas também falta de originalidade e conformismo. Está claro que, se se tratar duma criança, na fase aprendizagem da escrita, será normal encontrar uma escrita caligráfica, e não se lhe pode atribuir nenhum significado especial.



Em Portugal, a grafologia é ensinada nalguma Universidade?


No diz respeito ao reconhecimento e ao ensino oficiais da grafologia, Portugal está atrasado em relação a outros países, como Itália, França, Espanha, Suíça, Alemanha, Argentina, onde é ensinada em instituições de ensino superior, desde há vários anos.

O que não podemos pedir à grafologia?




Não se pode pedir à grafologia aquilo que ela não pode dar. Não dá a idade, o sexo, a profissão, o estatuto social, cultural ou económico do escrevente. Os grafólogos não prevêem o futuro nem prevêem comportamentos pontuais, mas indicam tendências ou predisposições do sujeito. E não devem confundir-se com astrólogos, cartomantes ou outros praticantes de artes divinatórias.


Qual é a percentagem de acerto na análise grafológica?


Não se pode falar em percentagens exactas de acerto, nem nesta nem em quaisquer outras ciências humanas afins, como a psicologia, a medicina, a pedagogia, a sociologia ou a criminologia. Pode, contudo, afirmar-se que uma margem de erro de dez ou vinte por cento é bastante razoável.

Por que prefere utilizar o termo grafologia em vez de psicologia da escrita?




Alguns autores fogem do termo grafologia para evitar confusões ou conotações pejorativas. Eu prefiro a palavra grafologia porque é mais abrangente. Não se trata de uma disciplina de psicologia, mas de uma ciência com múltiplas disciplinas. Certamente que para um grafólogo é indispensável uma boa formação em psicologia, mas a grafologia abrange outras componentes para lá da psicológica, nomeadamente, no âmbito da medicina, da psiquaitria, da criminologia, da investigação histórica e da selecção de pessoal.

Afonso Sousa






















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21 maio, 2008

Escrita da Criança

A análise da escrita infantil pode ajudar a compreender a criança dentro do ambiente familiar e escolar e a orientá-la na sua fase de desenvolvimento. Este tipo de análise tem uma leitura diferente da do adulto, porque as realidades são diferentes. A personalidade da criança encontra-se numa fase de desenvolvimento e a própria escrita está igualmente em evolução. O desenvolvimento da criança e problemas afectivos, falta de atenção, hiperactividade e disgrafia manifestam-se nos vários géneros da escrita.

Na aprendizagem da escrita a inteligência é um factor determinante. Os débeis mentais, mesmo sem dificuldades motoras, não escrevem como os normais da mesma idade. Todavia não é conveniente tirar conclusões sobre o nível de inteligência na criança através da sua escrita. Se uma escrita desenvolvida pressupõe a uma boa inteligência, nem sempre uma escrita pouco desenvolvida corresponde a uma fraca inteligência. O grafólogo é capaz de dizer se um estudante considerado inteligente é criativo e original ou é apenas assimilador e reprodutivo.

Para J. Peugeot há factores que constituem índice de inteligência como a velocidade, sem perder qualidade, a clareza e harmonia do conjunto, a personalização precoce dos m, n e p, a ligação de várias letras seguidas e a simplificação de traços dispensáveis, uma boa pressão e escrita pequena, desde que associada a um bom nível grafomotor. O próprio Alfred Binet, pedagogo e psicólogo francês, numa fase inicial, julgava que, através da escrita, poderia avaliar a inteligência, mas posteriormente optou por testes de compreensão da linguagem.

Ajuriaguerra e a sua equipa estudaram, profundamente, a escrita infantil e construíram uma escala composta por 25 itens que são classificados em três rubricas: ordem, falta de destreza e os erros de forma e de proporções. A sua escala permite avaliar a idade grafomotora da criança, comparando-a com a idade cronológica. Este autor atribui muita importância à irregularidade do espaço entre as letras, por se tratar dum gesto expressivo das dificuldades de controlo. Refere que existem casos em que a correcção das anomalias da escrita resolveu os problemas da criança, devido ao circuito estabelecido nas duas direcções entre o cérebro e o gesto gráfico. Segundo o autor, um gesto repetido torna-se habitual e condiciona o estado psicológico.

Na evolução da escrita distinguem-se três fases: pré-caligráfica (dos 5-6 até aos 8-9 anos), caligráfica (dos 10 aos 12 anos) e pós-caligráfica (dos 13-16). Na 1ª fase, as letras curvas apresentam-se abauladas, aparecem vários retoques, a direcção das linhas e a inclinação das letras apresentam irregularidade, as margens são pequenas ou estão ausentes. Na 2ª, o modelo é bem imitado, havendo uma melhor gestão das ligações, do espaço e dos vários géneros. E na fase pós-caligráfica, a velocidade aumenta e a escrita torna-se mais personalizada.

19 abril, 2008

Sinais de mentira no adulto e na criança

Principais características da escrita de adultos que podem indicar tendência para fantasiar a realidade ou mentir, segundo Max Pulver:
  • Direcção especada (letras maiúsculas iniciais especadas
  • Discordância do tamanho e da espessura (fazendo sobressair a falta de equilíbrio entre o eu e o teu, o subjectivo e objectivo)
  • Enrolamentos sinistrogiros
  • Exageros (quaisquer que eles sejam)
  • Falta de espontaneidade
  • Filamentos no interior das palavras
  • Grande diferença entre o traçado geral e a assinatura
  • Grande lentidão (a não ser que seja voluntária ou de ordem fisiológica)
  • Junção ou obliteração exagerada dos brancos
  • Letras m e n arcadas
  • Letra o com laço dentro
  • Letras quebradas (traçadas aos bocados)
  • Mudanças de letra (com traçados diferentes, confundindo-se com outras letras)
  • Retoques (sinais de busca do melhor e da meticulosidade, mas junto dos outros)
  • Traçado das letras ao contrário (pode comportar abertura inferior nas letras a e o)
  • Traços cobertos por outros

Jacqueline Peugeot refere também alguns sinais de provável tendência para mentir ou fantasiar a realidade na escrita das crianças:

  • Disfarce da caligrafia
  • Escrita desleixada
  • Escrita mole
  • Fraca pressão
  • Letras ao contrário
  • Letras indistintas
  • Letras trocadas por outras
  • Letras vaporosas
  • Polimorfismo num meio pobre
  • Qualidade defeituosa do traçado

Os autores não consideram o teste grafológico como um detector automático de mentiras. Em grafologia não há interpretações lineares. Os sinais gráficos são plurissignificantes e estão inseridos num determinado contexto. Pois, se a mente e a personalidade humanas são tão complexas, como poderia ser simples a leitura dos sinais que as representam? Só um grafólogo experiente será capaz de tirar as devidas conclusões.

11 abril, 2008

A grafologia não é um abracadabra

Os testes grafológicos fornecem muitos dados importantes que outros testes não poderão fornecer, mas não se lhes pode pedir aquilo que eles não podem dar.
A análise grafológica não nos dá a idade, o sexo, a profissão, o estado civil, o estatuto social e económico, nem a formação académica do escrevente, nem nos diz se é destro ou sinistro.
Além do mais, é necessário ter em consideração o instrumento utilizado na escrita, o tipo de papel ou suporte, as características do documento escrito, a postura do escrevente, as condições climáticas, o estado físico e mental, a cor da tinta, o modelo caligráfico, o consumo de álcool, de drogas, de fármacos, a perda de visão, possíveis dificuldades respiratórias, o contexto, a emotividade momentânea, problemas de psicomotricidade e situações traumáticas.
Não se pode confundir a ciência grafológica com pseudo-grafologias nem com nenhum abaracadabra.

17 março, 2008

Campos de aplicação da Grafologia

Aquele que mais espera tudo da Grafologia é o que mais se engana. Os testes grafológicos são como outros testes projectivos não são só por si suficientes para nos fornecerem um perfil completo sobre o autor do escrito analisado. Há elementos que a análise dos textos não nos pode fornecer, como a idade e o sexo do escrevente. Além disso, o resultado dos testes grafológicos é inconclusivo, se não for confrontado com outros de inteligência, de personalidade, de sociabilidade. Como se trata duma ciência humana não exacta, é aconselhável a sua interdisciplinaridade com a Pedagogia, a Psicologia, a Medicina, a Sociologia e a Criminologia.
Porém, a Grafologia ou Psicologia da Escrita tem vasto leque de campos em que pode ser aplicada:
  • reeducação da escrita
  • detecção de problemas escolares (sinais de alarme)
  • autoconhecimento
  • diagnóstico da personalidade (perfil psicológico)
  • orientação profissional ou vocacional
  • selecção de pessoal
  • criminologia (identificação de documentos e assinaturas verdadeiros dos falsificados ou atribuição de autorias)
  • investigações histórica e artística
  • compatibilidade conjugal
  • idoneidade de sócios e inquilinos
  • contextualização, na área clínica, de determinandas doentes físicas ou mentais

03 fevereiro, 2008

Generalidades

A escrita, porque é o resultado visível e material de actos mentais, espelha a personalidade do escrevente, reflectindo no todo ou em parte o seu interior.
Não existem duas escritas completamente iguais, uma vez que não há nenhum indivíduo que seja totalmente idêntico ao outro.
A análise da escrita pode ser um excelente meio de nos conhecermos e darmo-nos a conhecer. Se a análise for feita por um profissional credenciado, o um grau de fidelidade dos testes grafológicos será igual ou superior ao dos vários testes projectivos actualmente existentes. E ainda apresenta a vantagem de o material para análise poder estar à nossa disposição, mesmo na ausência da pessoa que o produziu.
Mas convém prevenir que a escrita não revela tudo, nem duma maneira fácil nem total, porque não é uma arte de adivinhação, mas uma ciência humana. E como tal tem os seus limites.
A abordagem da personalidade humana é sempre complexa e requer interdisciplinaridade, seriedade e rigor.
Não basta olhar superficialmente para uma escrita, para a sua forma, e tirar ilações. É necessário um estudo aprofundado dos vários géneros e subgéneros. E depois de analisados vários documentos e ponderado o significado dos diferentes traços, é imperativo avaliar a sua relevância, no devido contexto e num todo, porque a personalidade de cada um, apesar de ser multifacetada, é uma unidade que não pode ser compartimentada nem fragmentada.
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