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04 maio, 2008

2. Um pouco de história - história aos poucos

Os escritores H. Balzac, Ch. Baudelaire, G. Sand, reconheciam a existência de relações entre as pessoas e a sua escrita.
Edouard Hocquart (1787-1870), editor belga, considerado um dos precursores da grafologia, publicou uma interessante obra, Physionomie des hommes politiques, que inclui algumas páginas de grafologia. A este autor é-lhe atribuída uma obra aparecida, em 1822, com o título L'art de juger de l'esprit et du caractère des hommes et des femmes sur leur écriture, que apresenta já uma certa unidade temática.
Friedrich Albrecht Erlenmeyer (1849-1926), médico psiquiatra alemão, publicou, em 1879, A escrita: caracteres principais da sua psicologia e da sua patologia.
T. Wilhelm Preyer (1841-1897), pediatra e fisiologista da Universidade de Iena, em 1895, publicou Contribuição à psicologia da escrita, colocando a grafologia dentro da psicologia científica.
Abade de Flandrim, Jean Hyypolite Michon

O estudo da escrita evoluiu, principalmente, desde o século XIX. Em França, por volta de 1830, o abade de Flandrim (1809-1864) e o seu discípulo, também abade, Jean Hyppolite Michon (1806-1881) fundaram e dirigiram uma escola sobre a interpretação da escrita.
Jean-Hippolyte Michon, professor e teólogo, dentro do espírito das descobertas do século XIX, estudou meticulosamente a escrita manual e criou um grande número de sinais gráficos. Foi ele que introduziu o termo Grafologia e que utilizou pela primeira vez o método grafológico, sendo considerado o pai da grafologia. Em 1848, ele emprega todo o tempo e meios disponíveis ao serviço daquilo que ele designa como nova ciência. O seu raciocínio era baseado na relação íntima entre o pensamento e a escrita. Para ele o sinal gráfico estava intimamente relacionado com o sinal psicológico e esta relação conduziu-o à conclusão de que os sinais tinham um valor fixo, porque possuíam as condições físicas de criação psicológica e fisiológica. O seu mérito está em ter edificado a grafologia sobre bases sólidas e em abrir vários campos de análise. Na sua obra Système de Graphologie (1871), procurou encontrar os fundamentos teóricos da grafologia, tendo distinguido oito classes de escrita. Este autor criou a Societé Française de Graphologie (1871) e a revista La Graphologie, que ainda hoje se publica. Desenvolveu um método baseado na interpretação mais ou menos fixa dos gestos gráficos. Apesar de considerar a escrita como algo de estático, é tido como o grande precursor da grafologia actual.
Jules Crépieux-Jamin (1858-1940), médico francês, discípulo de Michon, iniciou um novo método de análise grafológica mais bem fundamentado psicologicamente, concebendo a escrita como movimento. Criou a École Française (1929), publicou entre outras as obras L`Écriture et le caractère (1888) e ABC de la Graphologie (1927) , tendo tido a última duas edições em português, em 1943. Este autor é considerado o verdadeiro fundador da grafologia. Concebeu a escrita como movimento e estabeleceu que toda a escrita apresenta sete características (géneros) essenciais e fundamentais: direcção, dimensão, forma, ordem, continuidade, pressão e velocidade, que, por sua vez, se subdividem em cerca de 200 espécies. Aspectos estes, com algumas modificações, ainda hoje estudados pelos grafólogos. Para Crépieux-Jamin não se pode interpretar o movimento da escrita, se não se tiver em consideração o meio (contexto) em que os vários aspectos se manifestam. Para determinar o meio criou processos de orientação, entre os quais sobressaem os de harmonia e desarmonia.

Segundo Crépieux-Jamin, através do estudo de tais sinais, chegava-se às várias características da personalidade do escrevente.

A grafologia inocentou Alfred Dreyfus, capitão do exército francês, de origem judaica

Foi com o caso do hebreu Alfred Dreyfus, em 1894, que a grafologia judicial ganhou imenso relevo, por se conseguir descobrir o autor dum documento falsificado. Crépieux-Jamin, que fazia parte dos peritos, em vez de se basear na comparação das simples letras, concentrou a sua atenção sobre a pressão, a forma, a direcção, a dimensão, a continuidade, a velocidade e o delineamento (ordem). A falsificação da letra de Dreyfus foi, então, atribuída a outro oficial, Esterhazy, que passou a ser considerado culpado. (continua mais tarde)

14 março, 2008

1. Um pouco de história - história aos poucos

Hierogligos egípcios (Da Dnciclopédia Luso-Brasileira)
Os primeiros manuscritos eram ideográficos, como os hieroglíficos egípcios. Passados muitos anos apareceu a escrita cuneiforme suméria (em forma de cunha). Começava a escrever-se da esquerda para a direita e continuava-se da direita para a esquerda, sem imterromper e assim sucessivamente, à semelhança do arado que sulca a terra. E por volta de 1500 a. C., apareceu o alfabeto fenício, donde derivaram os alfabetos ocidentais: o grego, o etrusco e o latino.
Desde os tempos mais remotos que a escrita suscitou interesse e curiosidade. Já no II século antes de Cristo, Demétrio, na Grécia, afirmava que a escrita reflectia a alma do indivíduo. E durante o Império Romano, no II século d. C., Suetónio, biógrafo do Octávio César Augusto, destacou algumas particularidades da escrita do imperador, com a finalidade de traçar o perfil da sua personalidade.
Na Idade-Média, antes da invenção da imprensa, a arte de escrever estendia-se apenas a um pequeno número de pessoas, principalmente aos monges copistas. Com a criação de Universidades aumenta a necessidade de comunicar e de escrever, mas esta arte continuava a ser um privilégio de minorias.
João Huarte de S. João (1529-1588), médico e filósofo de origem navarra, na sua obra Examen de ingénios para las ciências, fez estudos neurobiológicos precursores em várias ciências e na grafologia, defendendo que a sociedade devia organizar-se segundo as capacidades dos indivíduos, ideias próximas da orientação vocacional actual.
Em 1622, Camillo Baldi (1547-1634), médico e professor da Universidade de Bolonha, escreveu o primeiro livro sobre Grafologia: Tratatto come da una lettera missiva si connoscano la natura e qualità dello escrittore.

Marco Aurélio Severiano (1580-1656), médico italiano, escreveu o livro Adivinhador ou Tratado de Adivinhação Epistolar, onde tentava relacionar a escrita com a personalidade do indivíduo.
O filósofo alemão, Guilherme Leibniz (1646-1716), defendia que a escrita espontânea reflectia o temperamento. E o escritor alemão, Johan V. Goethe (1749-1832), grande coleccionador de autógrafos, colocou em evidência a variedade de grafismos na escrita e encorajou o seu amigo Johan K. Lavater (1741-1801), de Zurique, a ter em consideração a importância do gesto gráfico nas suas pesquisas de fisiognomonia (arte de conhecer o carácter pelas feições do rosto).



(A seguir: Clássicos da grafologia)








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