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06 abril, 2012

Assinaturas

Centenas de internautas manifestaram descontentamento com as próprias assinatura e rúbrica, tendo-me abordado para que lhes sugira uma assinatura, supostamente, mais apropriada ao seu estatuto socioprofissional. Disse, intencionalmente, “supostamente”, porque não existem assinaturas feias ou bonitas.

Assinaturas de Hitler da Enciclopédia digital da II G. Mundial

A assinatura é a foto tipo passe do nosso Cartão de Cidadão, é um carimbo pessoal. Alterando a fotografia ou o carimbo, retiramos autenticidade a um documento.
A motricidade fina é individualizada e individualizante. Os movimentos gráficos contrários à tendência de cada indivíduo tornam-se artificiais e não se coadunam com a autenticidade. A modificação da assinatura surge, naturalmente, com a evolução da personalidade.
A assinatura, por outro lado, está muito relacionada com a restante escrita. As caraterísticas que se verificam na assinatura estão também patentes no texto, porque o autor é o mesmo.
Uma pessoa ambiciosa, que se autoconsidera superior aos outros, exibirá uma assinatura com maiores dimensões ou com elementos desnecessários.
Uma pessoa que se despreza a si própria ou que se culpabiliza, com ou sem razão, dará menos relevo à própria assinatura e pode cortá-la.
Uma assinatura clara, legível, proporcionada, com pressão firme e ajustada ao texto será sinal de uma autoimagem adequada.
O grafólogo não deve substituir o assinante. Pode é dar-lhe uma parecer sobre a sua assinatura, sobre o que ela representa, sobre o tipo de assinatura mais difícil de falsificar.
Caro internauta, vale mais uma peça de roupa que nos assente bem do que uma luxuosa que não nos sirva.
Transcrição de alguns pedidos que me foram feitos:
“Até hoje, quase 30 anos não consegui fazer uma assinatura e nem rubrica, e isso me incomoda sempre tenho que assinar documentos e fico com aquela cara escrevendo meu nome rss, poderia me ajudar?”
poderiam me enviar algum modelo de rubrica para o meu nome ou me indicar onde eu poderia encontrar alguém que fizesse esse tipo de serviço.”
“por gentileza poderia me ajudar a criar uma rubrica? Não tenho muita criatividade.
Meu nome completo é… :”
“sou medica e tenho mt dificuldade pra criar uma q seja rápida de escrever! “
“Meu nome é … e tenho certas dúvidas quanto a assinatura, a realidade é que, como advogado preciso ter uma rubrica onde somente EU tenha a certeza que estive naquele local e assinei o papel.”
“Sou advogado e gostaria que o senhor por ter mais experiência nesse ramo, me ajudasse.”
Gostaria que o Sr. me enviasse alguns modelos de possiveis rubricas para que eu possa me identificar nas assinaturas de minhas documentações”


15 setembro, 2010

Rubrica ou auto-retrato "à la minute"

Começo por agradecer a todos os leitores o interesse manifestado por este e por outros temas da grafologia.

Perante os imensos pedidos que me foram apresentados pelos diversos leitores, no sentido da orientação e da construção  da sua própria rubrica, seria uma falta de sensibilidade da minha parte não lhes dirigir umas palavras sobre este tema.

A rubrica é uma assinatura abreviada. Assim, se a assinatura é a fotografia (auto-imagem) do escrevente, como ele gosta de se ver e como gosta que o vejam, a rubrica é o seu auto-retrato “à la minute”.

Qualquer traçado sinuoso, sarrabisco ou gatafunho, que não seja formado por letras e que sirva de autenticação,  pode designar-se rubrica.

Ora vejam: o que aconteceria se eu começasse a imaginar e esboçar rubricas e a enviá-las a todos os solicitantes? Uns, talvez os mais novos, ficariam com a rubrica de um adulto. Outros, os mais impulsivos e cheios de energia vital, deparar-se-iam com um traçado que em nada se adaptaria à sua personalidade.

Eu teria que conhecer o carácter e o temperamento de cada leitor para me poder pronunciar e aconselhar algumas formas de execução deste grafismo.

As assinaturas e as rubricas podem começar por ser uma imitação das assinaturas e rubricas de colegas mais velhos, irmãos, pais, professores, mas, posteriormente, vão sendo adaptadas e personalizadas instintivamente.

Afinal, em que posso eu ajudar? Verificando se determinada rubrica é natural e reflecte as características da personalidade do seu autor. Apoiando o leitor a reelaborar a rubrica, de modo a identificar-se com ela. Lembrando ao leitor que a sua rubrica, qualquer que ela seja, é digna de registo e assume um valor identificativo singular inigualável.

No entanto, os leitores que queiram seguir em frente na compreensão ou alteração da sua rubrica podem enviar para o meu e-mail (afhsousa@hotmail.com) várias  rubricas suas digitalizadas, dizendo idade, sexo, estado civil, mão escrevente (direita ou esquerda) habitações literárias, profissão. Convém que  enviem ,igualmente, a assinatura e um texto espontâneo manuscrito, porém,  contactem-me antes por e-mail.

23 fevereiro, 2009

A cor na escrita

Nos testes gráficos e nos textos para análise grafológica, a opção do escrevente por determinada cor poderá ser significativa. Por isso, sempre que possível, deverá ser deixada a liberdade de escolher o instrumento e a cor da tinta. Normalmente, escreve a azul ou a preto, porém, a escolha da cor por parte da criança ou do adulto é um facto a ter em consideração. Na escrita, é importante observar o contexto e o ambiente gráfico, porque, aquilo a que se atribui um grande significado, pode, simplesmente, ser fruto duma escolha casual. E há cores que não são usadas, simplesmente, porque não se destacam no papel branco. A seguir, entre centenas de cores existentes, refiro algumas com o significado simbólico que lhes costuma ser atribuído.
  • Laranja pode simbolizar imposição de desafios a si próprio, energia, movimento, espontaneidade, ambição, intuição, penetração psicológica e astúcia.
  • Vermelha está associada à paixão, à sensualidade, à agressividade, à hiperactividade e ao sentimento de vitalidade.
  • Amarela significa necessidade de transcendência e de auto-realização, prosperidade, criatividade, exaltação e aconchego.
  • Cor-de-rosa pressupõe generosidade, sensibilidade, adoração do trabalho em equipa, desejo de perfeição, harmonia, emoção, sentimento, romantismo e sedução.
  • Violeta relaciona-se com tristeza, necessidade de se mostrar, desejo de impressionar e predomínio da fantasia sobre a realidade.
  • Azul exprime necessidade de equilíbrio psicossomático, boa percepção da realidade, atitude amigável, adaptação social positiva, sinceridade, lealdade, compreensão, introversão equilibrada, harmonia, mansidão e sonho.
  • Verde expressa vigor, procura da perfeição, tranquilidade, esperança, orgulho, individualismo, versatilidade, calma e adaptação passiva.
  • Castanha incute seriedade, rapidez, consciência, maturidade, estabilidade e imposição.
  • Cinzenta reporta para anonimato, adaptação, rebeldia e medo.
  • Dourada é sinal de arrogância, riqueza, orgulho e teimosia.
  • Preta está ligada a formalidade, sentido crítico, eficiência e necessidade de impressionar.
  • Branca lembra pureza, inocência, paz, calma, perfeição, solidão e totalidade.

22 fevereiro, 2009

Algarismos

Algarismos em colunas ordenadas
Aos algarismos e aos números aplicam-se, praticamente, os mesmos géneros e espécies que se aplicam às letras e às palavras. Os algarismos podem ser feitos com múltiplas formas, com certa pressão, com diversa velocidade, com diferente tamanho, com determinada ordem e com variadas inclinação e direcção. E nalguns números até se podem observar a continuidade e a ligação material ou aérea. Para não repetir as características psicológicas referidas na análise da escrita, vou apresentar apenas algumas mais significativas.
  • Demasiado grandes manifestam ilusão pelo dinheiro, gastos excessivos e desordem mental.
  • Demasiado pequenos estão associados a atitude inconsciente de inferioridade, isolamento e avareza.
  • Mais largos que altos correspondem a apego aos valores materiais.
  • Simplificados determinam capacidade de  síntese e cultura estética.
  • Em espiral exprimem necessidade de ostentação, orgulho e egocentrismo.
  • Algarismo 1 com bucle reflecte imaginação e sedução.
  • Com pressão débil, revela humildade, debilidade de carácter e depressão.
  • Em colunas ordenadas, podem significar auto-domínio, clareza, e objectividade.
  • Em colunas oblíquas para a esquerda, diagnosticam reserva e prudência.
  • Filas ascendentes remetem para entusiasmo e excitação.
  • Filas descendentes pressupõem fadiga, desalento e depressão.
  • Filas ondulantes indiciam falta de firmeza e instabilidade.
  • Ao zero podem atribuir-se significados semelhantes aos que foram atribuídos aos ovais.

Letras maiúsculas

Maiúsculas a marcador preto, utilizadas em grelha, para maior legibilidade

As crianças, no primeiro ano de escolaridade, segundo a norma da língua portuguesa, aprendem também a desenhar as letras maiúsculas tipográficas e caligráficas, mas não a utilizá-las correntemente. Escrever em maiúsculas é seguir um percurso mais difícil e menos económico. Os grafólogos costumam relacionar as letras minúsculas com a importância do eu do escrevente.

  • Baixas representam modéstia, simplicidade, não desejar impor valores e nem critérios aos outros.
  • Demasiado volumosas significam optimismo, entusiasmo, imaginação, exibicionismo e megalomania.
  • Estreitas e altas expressam sentimentos de superioridade e ambição do poder.
  • Largas e inchadas sugerem vaidade, valorização das aparências e deseja de se destacar.
  • Ornamentadas exprimem necessidade de afirmação e vaidade intelectual.
  • Caligráficas são próprias de pessoas convencionais e com pouca criatividade.
  • Tipográficas reportam para Intuição e para a distinção entre o essencial e o acessório.
  • Em espiral, diagnosticam diplomacia, estética, imaginação e egocentrismo.
  • A escrita toda em maiúsculas exprime desejo de clareza, necessidade de destaque, problemas de auto-estima e possível sentimento de inferioridade.

Recordo o caso duma pessoa que costumava fazer as maiúsculas muito altas e passou a desenhá-las baixas, porque queria parecer menos autoritária. O seu inconsciente continuou a traí-la: a sua escrita não deixou de ser angulosa, as barras dos t permaneceram altas, a zona média continuou elevada e o ritmo tornou-se mais lento.
Todos somos diferentes. E a escrita pode expressar essas diferenças. E não será por modificarmos a letra que alteraremos as características da nossa personalidade.

20 fevereiro, 2009

Acentuação e pontuação

Acentuação e pontuação correctas e precisas
A acentuação está relacionada com a necessidade de precisão e de perfeição e com a capacidade de atenção. Os acentos colocam-se normalmente um pouco acima da zona média e designam-se por agudo, grave, circunflexo e til. As pintas do i e do j não são aqui consideradas, porque fazem parte das próprias letras a que pertencem.

Acentuação
  • Alta e leve apresenta o significado de fantasia, necessidade de sonho, intelectualidade, mundo religioso, fuga da realidade, falta de sentido prático e desadaptação.
  • Muito alta dá a conhecer a tendência para idealismo, para delicadeza e para a intuição.
  • Precisa e correcta confirma a aceitação das regras e a capacidade de observação.
  • Baixa assume o significado de sentido da realidade, positivismo e humildade.
  • Pesada (e baixa) está aliada a ansiedade.
  • Adiantada denota dinamismo, espontaneidadee impaciência.
  • Atrasada reporta para prudência, indecisão e timidez.
  • Ausência de acentuação especifica distracção, precipitação e desequilíbrio.

Pontuação

A pontuação informa-nos sobre a precisão, a perfeição e a capacidade de atenção.
Os principais sinais são o ponto final, a vírgula, os pontos de interrogação e de exclamação, o ponto e vírgula, os dois pontos, o hífen e o travessão.

  • Adiantada atesta auto-confiança, capacidade de actuação, dinamismo, espontaneidade e impaciência.
  • Descuidada refere-se a variações de humor, descuido, agitação, desordem e agressividade.
  • Em círculo, manifesta imaginação, moralização, organização, fantasia, pensamento mágico e infantil.
  • Atrasada é sinal de prudência, indecisão e timidez.
  • Precisa e correcta infere respeito pelas regras, pontualidade, atenção aos pormenores, auto-controlo e exactidão.
  • Excessiva exprime a concessão de demasiada importância aos pormenores, exagero, vontade de impressionar e teimosia.
  • Ausência de pontuação assinala descuido, superficialidade e distracção.

19 fevereiro, 2009

Letra s

Nenhuma destas letras especiais, isoladamente, é suficiente para explicar a complexa personalidade humana. Um psico-diagnóstico aceitável requer sempre a junção e a coordenação de múltiplos “grãozinhos de areia” espalhados nas páginas escritas. A letra s exprime actividade energética e dinâmica, consciência e amor-próprio.

  • Com diferentes formas, no início, no meio e no fim das palavras, retrata uma escrita personalizada e capacidade de integração
  • Com curva em vez de ângulo, é sinónimo de consciência aberta e generosa, simpatia ou debilidade de carácter.
  • Com moderada elevação, predomina a energia, a vivacidade e o idealismo.
  • Muito elevado determina orgulho exaltado e amor-próprio.
  • Com ângulo na base, relaciona-se com tendência para escrúpulos e minuciosidade.
  • Em forma de traço diagonal, revela disciplina, auto-afirmação, introversão e isolamento.

Fiquei-me apenas pelas letras mais significativas, porque estou convicto que o método alfabético, ou seja, a simples análise das letras uma a uma, não permite, com certeza, verificar as tendências da personalidade.

Letra d

  • A letra d ocupa a zona média com um oval e sobe para a superior com uma haste. Por isso, o modo como é feita revela o eu íntimo, a emotividade e as relações com o meio (zona média) e a ambição, o idealismo e a religiosidade (zona superior).

  • Feito em dois pedaços, mostra falta de conciliação entre o eu íntimo e os outros sujeitos.
  • Haste com ângulo para a direita é sinal de agressividade perante as contradições e as polémicas.
  • Haste com bucle inchado significa fantasia, imaginação, idealismo, medo da reprovação, hiper-sensibilidade e paranóia.
  • Haste curva para a esquerda testemunha egoísmo ideológico, passividade, fantasia e negativismo.
  • Haste muito alta está aliada a idealismo e a altruísmo.

18 fevereiro, 2009

Letra r

A letra r, formada por traços rectos e ângulos na zona média, presta-se para avaliar o potencial energético e volitivo e a psicomotricidade do escrevente.
A substituição dos ângulos por curvas prova brandura, preguiça, abulia e passividade. Poderia apresentar ainda mais formatos da letra r, mas estes são já suficientes para nos apercebermos da enorme quantidade de variantes que, juntas a outras características da escrita e nunca isoladamente, podem fazer a diferença, no confronto de escritas e na caracterização individual.
  • Uma angulosidade exagerada é sintoma de agressividade, irritabilidade e deficiente adaptação.
  • A angulosidade moderada leva-nos a inferir equilíbrio, adequada canalização de energia e consistência.
  • Com duplo bucle ou bucle à direita, expressa afabilidade e cordialidade.
  • Com bucle à esquerda e ângulo à direita, demonstra atitudes de bondade para com os mais íntimos e familiares.
  • Com o traço do meio ascendente, é próprio de pessoas com tendência para polémicas e com atitudes contraditórias.
  • Com o traço do meio descendente, sugere teimosia.
  • Em forma de grinalda, fornece sinais de flexibilidade, sensibilidade, extroversão, progressão, abertura de espírito e fácil adaptação.
  • Filiforme representa flexibilidade, improvisação, actividade, dificuldade de adaptação, fingimento e dissimulação.

Letra g

  • A letra g projecta-se na zona média, formando um oval e alonga-se pela zona inferior, formando um bucle. Ela é capaz de revelar o eu íntimo, a emotividade e as relações com o meio (zona média) e os impulsos, a sexualidade, os instintos (zona inferior).

  • Oval grande fornece informações sobre a dimensão corporal e valorização da sexualidade.
  • Oval muito reduzido permite conhecer a infra-valorização do inconsciente e da sexualidade.
  • Sem oval, assinala uma sexualidade de índole mais afectiva do que sexual propriamente dita.
  • Oval separado da perna representa fuga da vida sexual, dissociação entre o eu e os instintos.
  • Bucle largo e grande relaciona-se com impulso sexual intenso, fantasia erótica ou encobrimento da impotência (compensação).
  • Perna muito curta implica insegurança, retracção da libido e imaturidade.
  • Perna dobrada à esquerda aponta para fuga da realidade, repressão ou libido com orientação mística.
  • Perna em forma de triângulo explicita repressão dos instintos, dureza, instinto de mando e despotismo.
  • Perna em forma de um 8 induz narcisismo, reserva, ocultação dos desejos e luta interior.

Por se estender pela zona inferior, zona simbólica do instinto, do inconsciente e das necessidades materiais e sexuais, esta letra costuma assumir um significado especial na análise grafológica.

Letra m

A letra m está relacionada com a auto-estima e a energia do eu. A 1ª perna representa o eu profundo, a 2ª, o eu familiar e a 3ª, o eu social (profissão, sociedade, política).
Esta é a letra minúscula mais larga do alfabeto.

  • As três pernas iguais denotam bom gosto, amplidão de critérios, equilíbrio auto-estimativo em relação ao eu, à família e à profissão.
  • A 1ª perna mais alta dos que as outras traduz auto-valorização, auto-estima elevada,
    orgulho, preocupação com a importância pessoal, confiança e arrogância.
  • A 1ª perna mais pequena é própria de quem se sente inferiorizado.
  • A 2ª perna mais alta manifesta orgulho familiar, adulação perante os outros, sentimentos de inferioridade e baixa auto-estima.
  • A 3ª perna mais alta exprime o desejo de ser adulado pelos outros e se destacar da massa.
  • A 3ª perna mais pequena revela grande preocupação consigo e desprezo pela sociedade.
  • Com quatro pernas, reflecte distracção, stresse e ansiedade.
  • Pernas baixas indicam modéstia ou falta de confiança em si mesmo.
  • Pernas estreitas estão conotadas com inibição, timidez, falta de confiança em si mesmo e retracção do eu.
  • Pernas largas remetem para auto-confiança, expansão e curiosidade.
  • Filiforme (em forme de fio) indicia ocultação, falta de transparência e impostura.
  • Anelado (em forma de anel) reporta para facilidade de expressão, amabilidade, tacto e diplomacia.
  • Fragmentado está associado a cansaço, fadiga e angústia.
  • Complicado evidencia ostentação e vaidade.
  • Anguloso pode interpretar-se como sinal de desejo de liderança, frieza, inflexibilidade, resistência às influências externas, adaptação difícil ao modelo e agressividade.

Devido ao seu formato e à sua extensão esta letra pode apresentar um interesse especial para os grafólogos.

05 fevereiro, 2009

Pintas do i e do j

As pintas do i e do j estão relacionadas com o estado anímico e emocional, com a precisão, com a auto-afirmação e com o sentido responsabilidade do escrevente.
A letra mais estreita de todas e o traço mais pequeno podem ter um grande significado. Aqui, como noutros domínios da acção e do saber, podemos dizer que é através dos pequenos gestos que se revelam as grandes personalidades.
  • A pinta colocada exactamente sobre as letras i e j significa precisão, exactidão, atenção, pontualidade e regularidade.
  • Colocada à frente é sinónimo de agilidade, extroversão, iniciativa, ambição, impulsividade, inconstância e impaciência.
  • Colocada atrás induz cautela, ponderação, introversão, reserva, ligação ao passado, prudência, desconfiança, timidez e tendência para adiar compromissos.
  • Colocada baixa indica pragmatismo, debilidade e falta de receptividade a questões espirituais.
  • Alta reporta para o sonho, o idealismo, o misticismo, a religiosidade e a utopia.
  • Quase colada à haste corresponde a agilidade, precisão, prática, poder de concentração e atenção aos detalhes.
  • Com forma circular está relacionada com excentricidade, imaginação, fantasia, sentido poético, infantilidade e pensamento mágico.
  • Com forma angular faz lembrar agressividade, tensão e ressentimento.
  • Ligada à letra seguinte expressa perspicácia, inteligência e agilidade.
  • Com fraca pressão exprime timidez, fraqueza e problemas de auto-afirmação.
  • Grossa e pesada indicia cansaço e ligeira depressão.
  • A ausência de pinta relaciona-se com descuido, imprecisão, excentricidade e falta de organização.

As pintas do i e do j em forma bolinha aparecem com alguma frequência nas pré-adolescentes, ao passo que nos adultos, especialmente nos do sexo masculino, são raras e, por isso, num e noutro casos têm uma interpretação diferente. Na menina pretende impressionar e chamar a atenção. No adulto reflecte imaturidade e fantasia.

20 janeiro, 2009

Pernas

Pernas do p muito prolongadas, de senhora
As pernas formam a zona inferior da escrita, a zona do instinto, do biológico e das necessidades primárias. As letras que apresentam pernas são f, g, j, p, q, z e y. Na escola, as consoantes p e q são ensinadas a fazer sem bucle. Por isso, não é indiferente o formato com que cada escrevente as realiza. Aqui não se pretende esgotar todo o tipo de pernas, mas, apenas, dar exemplos significativos.
  • Pernas que descem e sobem pelo mesmo traço (quando não pertençam ao modelo aprendido) remetem para o medo de confiar nos outros e de se magoar.
  • Redondas na base indiciam sensualidade, desejo de chamar a atenção, alegria e diversão.
  • Inchadas, moles, inclinadas para a esquerda reportam para ligação à mãe e desejo de permanecer criança (num grafismo com outros sinais de imaturidade).
  • Prolongadas exprimem a necessidade de afirmação.
  • Muito curtas (associadas a hastes também reduzidas) diagnosticam auto-controlo, moderação, pragmatismo, egoísmo, fingimento e submissão.
  • Triangulares (em golpe de sabre) são sintoma de autoritarismo, de exigência, de combatividade, de espírito crítico, de exigência, de vivacidade e de energia dinâmica.
  • Regressivas induzem displicência, desconfiança e frieza afectiva.

    Quando as pernas e as hastes são tão curtas que a zona média parece a zona única, o escrevente está a dar prioridade ao eu íntimo, à emotividade e às relações com o meio.

Hastes

Haste da letra d com traço descendente longo, professora, solteira, 28 anos

As hastes desenvolvem-se na zona superior da escrita que simboliza o pensamento e o espírito. Elas, de modo geral, estão relacionadas com o grau de energia e de afirmação do eu. Nas hastes dá-se mais relevo aos traços descendentes (realizados pelos movimentos de flexão) do que aos ascendentes, sendo os primeiros feitos, normalmente, com maior pressão do que os segundos. Algumas hastes formam bucles, como as das consoantes b, f, h e l, outras têm traços que sobem e descem praticamente sobrepostos, como acontece com as letras t e d.

  • Verticais (recisa na escola morettiana) e firmes exprimem firmeza, rectidão, afirmação pessoal, sinceridade, coerência, decisão, resistência, rigidez e rudeza.

  • Côncavas à direita (tipo abrir parêntesis) traduzem disponibilidade, flexibilidade, complacência, acolhimento, condescendência, adaptabilidade, espírito gregário, indulgência, submissão indulgência, cedência e dependência.

  • Côncavas à esquerda (tipo fechar parêntesis) têm o significado de defesa, reduzida disponibilidade, reserva, não influenciabilidade, prevenção, suspeita, repulsão, insociabilidade, auto-protecção, defesa, sofrimento, tendência a evitar responsabilidade, displicência, contestação e desconfiança.

  • Curvas ou brandas indicam conciliação, simpatia, influenciabilidade e debilidade de carácter.

  • Traço inicial longo (ultrapassando a linha de base) reflecte a necessidade de apoio.

  • Traço final descendente longo (ultrapassando a linha de base) revela a tendência a impor-se.

  • Pernas do t abertas remetem para determinação e teimosia.

  • t com único traço de cima para baixo é sinal de segurança em si próprio e realismo.

  • Suspensas antes de atingirem a linha de base sugere timidez e inibição.

  • Torcidas significam fraca criatividade e dificuldades nas expressões oral e escrita.

  • Aneladas e inchadas representam necessidade de sonho, delicadeza, hipersensibilidade, medo de reprovação, falta de confiança e vulnerabilidade.

  • Pequenas pressupõem pouca ambição, modéstia, resignação, paciência, inibição, submissão, passividade e conformismo.
  • Elevadas (enfatizadas) relacionam-se com grande ambição, idealismo, altruísmo, crenças, intelecto, criatividade, virtuosidade e utopia.

Estas características psicológicas para terem algum significado devem repetir-se várias vezes no texto, pois, se o formato for variado a leitura será diferente. A leveza ou intensidade da pressão também são factores determinantes na avaliação deste sinal.




19 janeiro, 2009

Barra do t

Barras do t compridas, de militar do sexo masculino, com 42 anos
As barras do t minúsculo estão relacionadas com nível de determinação, de iniciativa e com qualidades de chefia. Este traço é bastante livre e, por conseguinte, bastante importante na análise da escrita. Todavia aparece caracterizado de inúmeras maneiras. Neste espaço vou apresentar apenas os formatos mais comuns e mais significativos.

  • Muito alta assinala uma boa liderança, idealismo, independência, superioridade, vontade de mandar, afrontamento, altivez, desejo de protagonismo, autoridade, dogmatismo, normatividade, utopia e sentimento de superioridade.

  • Muito baixa corresponde a pouca ambição, fraca auto-estima, submissão, comedimento, modéstia, humildade e dependência.
  • Curta e baixa demonstra timidez, consciência escrupulosa, auto-controlo, isolamento social ressentimento e complexo de inferioridade.

  • Atrás da haste está associada a introversão, calma, inibição, indecisão, passividade, e apego ao passado.

  • À frente da haste está relacionada a actividade, extroversão, audácia, vivacidade, iniciativa e confiança no futuro.

  • Em golpe de sabre está relacionado com firmeza, vivacidade, dinamismo, impulsividade, vontade de domínio, combatividade, agressividade e cólera.

  • Comprida está conotada com combatividade, vivacidade, impaciência, e açambarcamento.
  • Em diagonal ascendente evidencia capacidade de liderança, combatividade, agressividade encoberta, inadaptação e defesa.

  • Diagonal descendente explica a tendência para a depressão, a insegurança e a impotência.
  • Massiva expressa afirmação passional, explosividade e brutalidade.

  • Central explicita prudência, controlo, equilíbrio e maturidade.
  • Em forma de laço exprime habilidade, sedução, vaidade, egoísmo, manipulação e pequeno professor (grafoanálise transaccional).

  • Realçada é sinónimo de orgulho, ambição e autoritarismo.

Alguém, depois de ter lido estas características, tentou fazer as barras de acordo com o perfil desejado, mas foi imediatamente traído por outros sinais gráficos.

Recordo que nenhum sinal gráfico pode ser valorizado, quando isolado do contexto.

01 janeiro, 2009

Ovais

Ovais fechados de menina adolescente de 15 anos, 8º ano
O círculo é uma das figuras mais primitivas, perfeitas e simbólicas da humanidade. É uma forma feminina por excelência. Está associada aos conceitos de harmonia, fecundidade, origem e fim. Por isso, não é de estranhar que tenha sido escolhida como letra do alfabeto. O primeiro modo de a criança desenhar a figura humana é circular.
Os ovais são constituídos por todas as letras de forma arredondada (as vogais o, a, e parte das consoantes d, g, q). Ocupam a zona central ou média, fazendo fronteira com a zona superior (zona do ideal e do racional) e com a zona inferior (zona do instinto e do inconsciente). De modo geral, os ovais retratam a intimidade, a auto-consciência, a vida afectiva e as suas descargas emocionais do escrevente. Além de outros formatos, podem apresentar-se:
  • Abaulados, reflectindo necessidades afectivas na infância e na adolescência, apropriação indevida, imaturidade, fantasia, emoções e agressividade reprimidas.
  • Achatados, sugerindo inibição, reserva, timidez, dissimulação, hedonismo, necessidade de auto-estima e reacção lenta aos estímulos.
  • Abertos em cima, estando relacionados com receptividade, sinceridade e abertura.
  • Abertos à direita, indiciando permeabilidade, confiança, franqueza, ternura social, calor humano e extroversão.
  • Abertos à esquerda, indicando prudência, calma, introversão, apego ao passado, nostalgia, timidez e ocultação.
  • Abertos em baixo, inferindo fraqueza ou ternura nível corporal, instintivo ou sexual, deslealdade, e egoísmo adquirido.
  • Angulosos, estando associados a disciplina, coragem, rigor, combatividade, firmeza, tenacidade, resistência, defesa, rigidez, intransigência, severidade, agressividade, frieza, egoísmo, inflexibilidade, irritabilidade, teimosia, dificuldade de adaptação e desconfiança.
  • Com bucles (duplo fecho), remetendo para reserva, ambiguidade, manipulação, busca de afecto e insinceridade.
  • Sem bucles, manifestando desejos sexuais por satisfazer e frieza.
  • Fechados, reportando prudência, introversão, reserva e cautela.
  • Sem amolgadelas nem esmagamentos podem ser sinal de calor afectivo, abertura e de pessoa comedida.
Qualquer das características supracitadas não pode ter uma leitura isolada, sob pena de se incorrer numa interpretação descontextualizada e, portanto, errónea.

25 dezembro, 2008

Rubrica

Rubrica de adulto do sexo masculino, com traço final descendente
A rubrica é constituída pelas partes da assinatura que não são letras, que não se conseguem ler.
Quanto mais acessórios contém menos personalidade apresenta. Se a assinatura não deve ser interpretada fora do texto e do contexto, tanto menos a rubrica que aparece, por vezes, com aspecto simbólico, como a pauta num músico ou a bola num jogador de futebol Elenco alguns dos traços mais pertinentes.
  • Com um traço por baixo, exprime o desejo de reconhecimento, confiança em si mesmo, gosto em mostrar as próprias capacidades, orgulho.
  • Com um traço na parte superior, indica protecção contra ideias alheias e defesa das próprias, protecção da intimidade.
  • Com duplo sublinhado, expressa a necessidade de dar excessiva importância ao que diz ou faz, orgulho, sentimento de fracasso.
  • Com traço descendente no final, aponta para capacidade de afirmação, de defesa e de ataque.
  • Com ponto no fim, indicia desconfiança, prudência, cautela, auto-afirmação.
  • Com ângulo voltado para a esquerda, assinala agressividade, possibilidade de auto-agressão, ressentimento, possível problema com a mãe.
  • Em ziz-zag, revela astúcia, entusiasmo, vingança.
  • Com forma circular apenas no início, é indício de bleuff, charlatanice, falta de sinceridade.
  • Em espiral estreita ou enredada, aponta para ideias fixas ou obsessivas, habilidade para enredos, imaginação.
  • Em forma de C (boca de lobo), é característica de pessoa com inclinação para a actividade comercial, vontade de poder, tenacidade.
  • Em forma de C ao revés, significa conservadorismo egoísmo, apego à família e à terra, desconfiança.
  • Em laço para a esquerda, é própria de sujeitos com espontaneidade com os mais íntimos.
  • Em laço para a direita, atesta facilidade de contactos, expressividade, ductilidade.
  • Sem rubrica, está associada à simplicidade, à essencialidade, à coragem moral, à integridade e à auto-satisfação.
As rubricas são mais que os escreventes, porque ninguém consegue fazer duas rubricas exactamente iguais. Uma rubrica é mais fácil de imitar do que uma assinatura.
Existem muitos outros traços distintivos de rubricas. Veja as características da sua, mas não se apresse a auto-avaliar-se.



14 dezembro, 2008

Assinatura

Assinatura igual ao texto de adulto do sexo masculino
A análise isolada da assinatura não é suficiente para traçar o perfil completo duma personalidade, porque retrata o eu íntimo do escrevente, mas não nos informa sobre o seu comportamento social e profissional. Comparando a assinatura com o texto extraem-se melhores conclusões.
Localização da assinatura
  • Colocada no centro da folha pode significar equilíbrio, prudência, indecisão, centro de atenções e inibição.
  • Situada no lado direito mostra-nos uma personalidade expansiva e dinâmica, optimismo, extroversão, iniciativa, confiança no futuro, espírito de decisão, sinceridade, espontaneidade e entusiasmo.
  • Localizada no lado esquerdo reflecte prudência, autodefesa, introversão, conservadorismo, inibição, melancolia, ansiedade, medo do futuro, desencorajamento e obsessão.
  • Muito afastada do texto indicia necessidade de independência, visão global das coisas, descomprometimento, distanciação dos outros e frialdade.
  • Muito próxima do texto implica compromisso, simplicidade, espontaneidade ingenuidade, intromissão e necessidade de dependência.

Dimensão da assinatura
  • Maior do que o texto pressupõe capacidade de liderança, confiança em si próprio, orgulho, auto-estima equilibrada, necessidade ou procura de valorização, afirmação do sentimento de si, segurança, extroversão, entusiasmo, compensação de sentimento de inferioridade, necessidade de admiração e vaidade.
  • Menor do que o texto exprime falta de confiança, insegurança, falta de auto-estima, timidez, inibição, sentimento de inferioridade e sentimento de fracasso.
  • Semelhante ao texto (nos vários géneros) revela sinceridade, personalidade equilibrada, coerência em relação aos outros e consigo mesmo.
  • Nome maior do que o apelido manifesta desejo de figurar e procura de protagonismo.
  • Nome menor do que o apelido é sinal de orgulho familiar, aceitação do papel social e desejo de êxito social.

Pressão da assinatura
  • Maior que a do texto pode interpretar-se com sinal de afirmação da própria personalidade, firmeza, disciplina, tensão interior e evasão perante compromissos.
  • Menor que a do texto representa vulnerabilidade perante os problemas do eu ou de familiares, necessidade de se retirar e de aliviar a tensão exterior.
  • Pressão irregular está associada a violências impulsivas internas.
  • Pressão deslocada aponta para conflitos entre o ego e o superego.

Direcção da assinatura
  • Ascendente implica boa disposição, entusiasmo, confiança, contestação, agressividade, encobrimento e desejo de pertencer a alguma coisa.
  • Descendente está associada a desalento, insegurança, falta de confiança, submissão, timidez e falta de iniciativa.
  • Horizontal ajuda a medir o nível de maturidade, estabilidade e serenidade.
  • Vertical relaciona-se com desejo de independência, de afirmação e autoritarismo.
  • Letras saltitantes estão relacionadas com sensibilidade e receptividade.

Forma da assinatura
  • Semelhante ao texto traduz naturalidade, espontaneidade e equilíbrio.
  • Entre duas barras horizontais mostra inflexibilidade, exigência, espírito de domínio, orgulho, reserva, desconfiança e astúcia na defesa dos próprios interesses.
  • Arredondada é própria duma personalidade amável e cortês.
  • Angular testemunha agressividade e tensão.
  • Em forma de caracol é sintoma de independência, de egoísmo e de isolamento.
  • Filiforme (forma de fio) expressa talento, habilidade e inteligência.
  • Em casulo simboliza necessidade de protecção, de fixação na mãe e pouca comunicabilidade.
  • Com formas variadas (arcos, grinaldas, ângulos, ….) está associada a conflito entre o eu e a realidade, entre o eu e o eu ideal.
  • Abstracta prova originalidade e criatividade.
  • Em laço está relacionada com astúcia e engano.
  • Envolvida por traço está conotada com distanciamento afectivo, protecção do eu, orgulho, reserva, perseverança, vontade inflexível, medo de ser atacado e narcisismo.
  • Traço final longo corresponde a extroversão e a necessidade de domínio (para baixo indica auto-afirmação e para cima agressividade). Se for separado, constitui uma espécie de marcação de território, de espaço de protecção.
  • Traço inicial longo é prova de prudência, ligação ao passado e satisfação narcísica.
  • Traços para a esquerda, se estiverem por baixo da assinatura, podem interpretar-se como regressão, tendência esconder a própria vida e o passado; se estiverem por cima, podem significar prudência, tendência a esconder os próprios projectos.
  • Um ou dois pontos no fim da assinatura exprimem distanciação, prudência, falta de tolerância e desconfiança.
  • Traço da letra inicial a sublinhar toda a assinatura pode corresponder a consciência do próprio valor, a admiração por si mesmo, a vaidade ou a complacência narcisista.

Velocidade da assinatura
  • Mais lenta que o texto evidencia prudência, ponderação, reserva e autodefesa.
  • Mais rápida que o texto pressupõe impaciência e evasão.
  • Semelhante à do texto é sintoma de equilíbrio entre atitude interior e comportamento social.

Inclinação da assinatura
  • Maior que no texto prova que sente mais calor na vida íntima do que na vida social.
  • Variável está associada a conflitos, lutas internas, ambivalência de sentimentos e de atitudes.
Ligação/continuidade da assinatura
  • Nome e apelido unidos assinalam complementaridade entre o eu íntimo e o eu socioprofissional.
  • Com cortes (interrupções) atesta insegurança, incerteza, medo, fractura entre o mundo do pensamento e o do sentimento.
  • Menos ligada do que o texto revela inibição e isolamento.
  • Hiper-ligada exprime segurança, produtividade de pensamento e fluência.
  • Em grinalda é sinal de conciliação e amabilidade.
  • Reenganchada expressa possíveis dificuldades de coordenação motora e transtornos nervosos.
  • Maiúscula desligada indica reflexão, contemplação, desproporção entre o que ambiciona ser e os meios que possui para consegui-lo (a assinatura da pintora Paula Rego apresenta o P separado).
  • Em arcada é sinónimo de formalismo.
  • Filiforme exprime habilidade e diplomacia.
  • Em ângulo é sinal de vontade firme, dureza e intransigência.
  • Com movimentos progressivos é sintoma de desenvolvimento harmónico, ponderação e adaptação integradora.
  • Com movimentos regressivos significa colocar-se à defesa.

Ordem da assinatura
  • Rasurada é própria de atitudes de conformismo e de insegurança.
  • Comprimida é sinal de inibição e de introversão.
  • Diferente do texto (nos vários géneros) pressupõe ambivalência de sentimentos, conflito, desordem, dissimulação, incoerência, inconstância e falta de maturidade.
  • Escrita muito cuidada e assinatura mais livre indicia predomínio das relações sociais e dissimulação.
  • Ilegível está relacionada com actividade, independência, evasão perante compromissos, introversão, reserva, impaciência, ansiedade, ocultação e desonestidade.
  • Legível exibe transparência, sinceridade, honestidade, simplicidade, extroversão, sentido de responsabilidade, franqueza e integração social.
  • Envolvida por um círculo explicita a necessidade de protecção, fixação na mãe, orgulho, exigência, egoísmo e complexo de culpa.
  • Cortada chama a atenção para auto-crítica, auto-limitação e auto-reprovação.
Repare, agora, se a sua assinatura é muito diferente ou semelhante ao texto. O leitor melhor do que ninguém poderá reconhecer se as suas tendências estão aí espelhadas.

13 dezembro, 2008

Gestos-tipo

Gesto da mitomania, no final dos “o” , na escrita de menina, com 13 anos

Os gestos-tipo, como o próprio nome indica, são traços específicos dum dado escrevente, uma espécie de tiques gráficos. Exprimem manifestações instintivas e inconscientes, aspectos incontroláveis da pessoa, instintos, impulsos, necessidade de aparecer, formação do carácter, mecanismos de defesa e de compensação, complexos (dependendo da zona onde aparecem).
  • Gestos da mitomania - ricci della mitomania (no final palavra para cima ou para frente ou para baixo) indicam fuga da realidade, mitomania, ideias fixas e parasitárias, fantasia, vivacidade, estranheza, riscos de subjectivismo, distorção da realidade e quebra de regras. Neste e noutros gestos, sigo de perto a escola moretiana, quanto à designação e ao significado psicológico.
  • Gestos da confusão - Ricci della confusione (cortam as letras da própria linha, da seguinte ou da anterior) exprimem a confusão em todos os níveis da personalidade, fraca capacidade de discriminação dos estímulos, comportamentos impulsivos e desordenados.
  • Gestos da ocultação - ricci del nascondimento (traços finais para baixo e para trás) expressam reticência, cautela, capacidade diplomática, hipocrisia, introversão, insinceridade e ocultação de pensamentos.
  • Gestos de amaneiramento - ricci dell` ammanieramento (traços no início, no meio ou no fim da palavra) demonstram dissimulação, adulação, predisposição teatral, egoísmo encapotado de altruísmo e hipocrisia. Se forem para baixo, no início das letras podem significar insegurança ou medo de perder bens materiais.
  • Gestos do subjectivismo ou da espacialidade - ricci del soggettivismo (prolongamento horizontal excessivo do final da palavra, com pressão uniforme) assinalam necessidade de defesa do próprio território, colocação no centro de atenções, distinção, superioridade, orgulhoso, complexo de superioridade, insegurança, desconfiança, manutenção dos outros à distância e frieza no relacionamento social.
  • Gestos da vaidade (altura desmedida das letras iniciais ou maiúsculas) exprimem a necessidade de chamar a atenção e capacidade para representar.
  • Gestos do materialismo (para baixo, no final da letra) chamam a atenção para a preocupação com bens materiais, para a agressividade e para a precipitação.
  • Gestos do desleixo - ricci della sciatteria (traços frouxos e descendentes no final da palavra) traduzem desleixo, indolência, abulia e tendências materiais e sensuais.
  • Os gestos (pernas, hastes ou outros traços verticais ou horizontais) acerados assumem o significado de hipersensibilidade, perspicácia, inteligência, irritabilidade, penetração, penetrabilidade, impressionabilidade, insegurança, originalidade, hiperemotividade, ansiedade, agressividade, cólera, paranóia e masoquismo.
  • Gestos da espiritualidade (traços avançados na zona superior) marcam misticismo, criatividade, imaginação e fuga da realidade.
  • Os ganchos, os arpões e os triângulos (ou golpes de sabre) nas pernas, nas hastes ou noutros traços são sinónimo de tenacidade, resistência, egoísmo, teimosia, agressividade, vivacidade, audácia, desejo de mandar e de possuir, oposição, dinamismo, irritabilidade e agressividade.
  • Os golpes de chicote (formação dum laço antes de se projectar com impulsividade) reflectem imaginação, vivacidade, audácia, impulsividade, ambição e egoísmo.
  • Os laços (bucles dentro doutros bucles) representam habilidade manual, sedução, simpatia, vaidade, egoísmo e intriga.
  • As maças podem indiciar actividade, dinamismo, carga emocional, violência, inadaptação e brutalidade.
  • Os nós (pequenos laços) fornecem sinais de reserva, diplomacia, tacto, ocultação, falta de sinceridade, desconfiança e hipocrisia.

Certamente a sua escrita apresentará algum destes gestos ou outros não inventariados. Para captar melhor o seu significado psicológico é preciso avaliar o ambiente gráfico (positivo ou negativo) e a contextualizar cada um dos gestos.

11 dezembro, 2008

GÉNEROS E ESPÉCIES DA ESCRITA

Neste espaço vão ser listados e definidos os vários géneros da escrita, nomeadamente: forma, dimensão, direcção da linha, direcção axial das letras, inclinação, ligação/continuidade, movimento/ritmo, ordem, espaço, velocidade, pressão (relevo, profundidade) e outros parâmetros como assinatura/rubrica, margens, gestos-tipo, letras especiais, ovais, barras, hastes, pernas, acentuação, pontuação, cor e algarismos.
As espécies são centenas e a sua interpretação depende do ambiente positivo ou negativo da escrita, da presença ou ausência de sinais atenuantes ou reforçantes, tendo sempre em vista a sua integração no contexto global. A quantidade, o peso, o enquadramento e a designação de alguns géneros e espécies variam de acordo com as escolas grafológicas. Mas, apesar de nomenclaturas diversas, os conceitos essenciais subjacentes são semelhantes.
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