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19 novembro, 2010

Grafologia e Informática

A informática entra em quase todos os domínios da ciência e do saber. Facilita a investigação, abrevia o tempo de pesquisa, reduz custos e imprime rigor e objetividade. A tecnologia electrónica revolucionou a saúde, a educação, a atividade empresarial.
A substituição total do papel do perito caligráfico ou do grafopsicólogo não se adivinha útil nem possível no momento atual da evolução da informática ou, pelos menos, das aplicações que estão a ser feitas no domínio da grafologia.
A assinatura eletrónica e algorítmica, que já se encontra legalizada em muitos países e na União Europeia, é considerada segura e capaz de fazer prova em juízo.
Independente da forma que assume, a assinatura eletrónica, tal como a tradicional, deverá garantir os princípios da autenticidade (só o próprio consegue fazê-la), da irrefutabilidade (o próprio não a pode recusar) e da integridade (não alteração do documento sem o consentimento dos signatários).
No campo da grafologia também se estão avaliando as potencialidades e vantagens da sua utilização, desde os novos instrumentos de visualização e de reprodução até aos softwares de análise e de comparação.
A utilização deste dispositivo apresenta como vantagens a maior rapidez, a poupança do suporte papel e a redução de mão-de-obra. Como desvantagens podem referir-se o vírus informático, a impossibilidade de análise contextual e de deteção de anomalias psíquicas.
Como a escrita é resultante duma série de movimentos (motricidade fina), em que estão particularmente implicados a psique, o sistema nervoso central e os músculos do indivíduo, os actuais software não conseguem interpretar totalmente nos vários elementos que compõem a personalidade humana.
A captação de valores absolutos de determinados parâmetros são importantes para a análise grafológica, mas é preciso relacioná-los e contextualizá-los.
Os programas informáticos passarão a constituir cada vez mais uma ferramenta indispensável nas mãos dum perito competente .
Quando a capacidade de intuição e de dedução do grafólogo ou perito poder ser auxiliada e complementada pelos meios informáticos, não haverá qualquer objeção a colocar para a integração da análise eletrónica da assinatura ou do texto manuscrito. A informática é bem-vinda.

01 novembro, 2010

Perito calígrafo judicial


No dia 22 de outubro teve lugar na Universidade Autónoma de Barcelona, no edifício histórico da “Casa de Convalescència”, Aula Magna, o encerramento do ano lectivo de 2009/2010 dos cursos de Perito caligráfico judicial, peritagem grafopsicológica e criminalística, com entrega dos respectivos diplomas aos alunos finalistas, entre os quais se encontrava o autor deste texto.
Presidiram ao acto os directores dos cursos, professores Mariluz Puente e Francisco Viñals, ladeados pelos professores Josep Llobet Aguado, Jurista, Magistrado dos Tribunais da Catalunha, e Jesús R.Toledano, do Gabinete de Documentoscopia de Barcelona da Brigada Provincial de Policia Científica, do Corpo Nacional de Polícia.

Doris A. Gauthier, grafólogo forense, com mais de 30 anos de prática, foi o professor convidado.

Foram homenageados os professores Mira y López, Werner Wolff e Joseph Seiler, no ano em que se comemoram 75 anos da grafologia universitária em Barcelona.

Emílio Mira y López foi sociólogo, médico psiquiatra e psicólogo, reconhecendo que os estados mentais estavam relacionados com as mudanças musculares. Criou um teste de expressão gráfica que avalia as caraterísticas estruturais e reacionais de personalidade, Psicodiagóstico Miocinético (PMK).

Werner Wolff, psicólogo alemão, juntamente com Mira y López, teve um grande papel na implementação da grafología universitária em Espanha.

Joseph Seiler, que director do curso de grafologia da universidade de Friburgo, contribuiu para a difusão da grafología alemã nos países latinos e foi nomeado professor honorário do Instituto de Ciências do Grafismo da Universidade Autónoma de Barcelona.

Terminada a cerimónia, decorrida num ambiente informal e familiar, teve lugar um pequeno cocktail que proporcionou momentos de convívio entre alunos e professores.


 


09 fevereiro, 2010

Grafologia na Universidade Autónoma de Barcelona

Casa de Cavalescència, onde funciona o Curso de Grafologia
O que encontrei na minha ida à primeira aula prática (clase práctica) de pós-graduação em Perícia Caligráfica Judicial?
Uma cidade monumental aberta à cultura, um edifício histórico – Casa de Convalescència – , uma sala repleta de alunos de três gerações e de diferentes nacionalidades, dois docentes e investigadores na área de grafologia criminal.

Uma recepção calorosa, um ambiente aberto e acolhedor, uma redução da cadência rítmica do hablar castelhano para que o descendente dos lusitanos pudesse compreender melhor e, no final, uma foto para recordar.

Aqui a grafologia tem estatuto de ciência, nomeadamente, nas especialidades de perícia caligráfica judicial, peritagem grafopsicológica e criminalística.

Aplicando um método predominantemente grafonómico, secundado pela utilização de técnicas e instrumentos específicos, com grande rigor e profunda humildade, os alunos treinam-se a separar a verdade da falsidade, os documentos autênticos dos falsos.

Aprende-se a inferir a teoria a partir da prática, considerando a escrita como um processo dinâmico e não como um produto estático.

Atende-se a parâmetros contextualizados mais individualizantes do que a forma, como sejam a pressão, o ritmo e a velocidade.

Tendo em conta que cada grafismo é produto dum acto mental antecipador que o singulariza, a relação entre produtor e produto é tão intensa e íntima que nos permite conhecer a personalidade do escritor através da sua escrita ou identificar uma escrita com base no conhecimento prévio dum escritor.

12 janeiro, 2010

Falsificação dum Picasso

Tatiana Khan, 69 anos, galerista e comerciante de antiguidades, foi presa devido a uma falsificação de Pablo Picasso “A mulher do chapéu azul” que vendeu por dois milhões de dólares.
Titiana, presumivelmente, mandou pintar o quadro ao pintor Willem de Kooning, expressionista abstracto, fornecendo-lhe como modelo uma fotografia do original (1902) que, segundo ela, teria sido roubado a um dos seus clientes.
O FBI começou a investigar o caso, em 2009, depois de um esperto de Picasso ter alertado o comprador para a falsificação.
A galerista imputada incorre numa pena máxima de 45 anos de prisão federal.




A mulher do chapéu azul

15 novembro, 2009

Mestrado em grafologia

Faculdade de Ciências da Formação de Turim
Na Universidade de Turim, Itália, vai funcionar, no corrente ano lectivo de 2009-2010, o primeiro Mestrado em Consultoria Grafológica para a idade desenvolvimento. Surgiu dum protocolo assinado entre a Faculdade de Ciências da Formação, a Faculdade de Psicologia e a Associação Grafológica Italiana.

Pedagogos, psicólogos e grafólogos estão preocupados com a perda do hábito da escrita manual que está a provocar problemas de aprendizagem e outras perturbações assinaladas pelos professores, especialmente no 1º ciclo.

Ao Mestrado podem candidatar-se licenciados em Psicologia, em Pedagogia e noutras ciências afins. O mestrando adquirirá as competências específicas para observar e interpretar a estrutura e psicodinâmica da actividade gráfica de crianças e de adolescentes.

Descortinando sinais de alarme e outras situações problemáticas, o grafólogo, juntamente com o psicólogo, o médico e o professor, envolvendo o encarregado de educação, intervirão no desenvolvimento integral e harmonioso da personalidade do aluno.

Esta nova especialização no domínio da grafologia trará, com certeza, grandes benefícios para as novas gerações que, ao serem apoiadas na evolução da escrita manual, serão capazes de traduzir, com maior eficácia, o pensamento em unidades semânticas.
Para mais informações contactar www.a-g-i.it - Associazione Grafologica Italiana.

19 setembro, 2009

Jessica Cox e a velocidade da escrita

Jessica Cox, 26 anos, dos USA, psicóloga, pilota um avião sozinha, é bailarina profissional e faixa preta no judo e coloca as lentes de contacto.
E escreve com rapidez, conseguindo fazer 25 palavras por minuto com os pés.
Atribuindo uma média de 6 letras por palavra, temos 150 letras por minuto. Com este quantitativo uma escrita considera-se rápida.
Devido a um defeito genético, Jessica nasceu sem braços, porém, a sua grande autoconfiança nunca a leva a dizer “não posso”, mas a dizer sempre “ainda não consigo”.
Um exemplo a seguir por todos aqueles que têm menores problemas verdadeiros ou imaginários.

02 abril, 2009

Letra de médico

Recorte duma receita oficial do Ministério da Saúde
Quem decifra esta escrita? Porquê tamanha ilegibilidade?
Pressa em despachar o cliente/doente? Secretismo ritualista profissional?
O farmacêutico que aviou esta receita - com largos anos de experiência e familiarizado com a expressão gráfica deste clínico -, em vez de se dirigir, de imediato, à prateleira buscar o produto receitado, perguntou ao doente para que servia o medicamento, a fim de descobrir o que o médico lhe teria prescrito. Quando o famacêutico soube que os comprimidos eram para ser tomados um por semana, lá conseguiu aviar receita. Mas o cliente interrogou-se, interiormente, a si próprio: "E se o farmacêutico não quisesse fazer figura de ignorante e se metesse a adivinhar"?
Em casos, como este, de "disgrafia", seria melhor utilizar caracteres tipográficos.
O próprio dicionário define letra de médico como aquela "que é muito difícil de ler, de decifrar".
Felizmente, situações como esta, hoje em dia, são cada vez mais raras, especialmente, entre os elementos mais jovens da classe médica.




12 março, 2009

Congresso de Grafologia

Momento animado, durante a intervenção das representantes dos USA
A Associação Grafológica Italiana (AGI), em colaboração com o Instituto Grafológico G. Moretti e com o patrocínio da Presidência da República e do Conselho de Ministros de Itália, realizou-se, nos dias 6, 7 e 8 de Março, no Palácio do Congressos de Florença, o 4º Congresso Internacional de Grafologia. O tema foi “Os jovens e a grafologia. Os motivos de um encontro”. O principal objectivo foi o debate entre especialistas de áreas científicas, como psicologia, pedagogia, neurologia, sociologia, filosofia, criminologia, recursos humanos, com os expoentes máximos das escolas de grafologia italianas e estrangeiras. E uma reflexão sobre o estado actual da grafologia, como ciência e como profissão.
Centenas de participantes tiveram a oportunidade de optar pelas línguas italiana, francesa ou inglesa, com tradução simultânea. Entre os representantes estrangeiros, estiveram presentes delegações de associações grafológicas dos Estados Unidos da América, de Israel, de França, de Inglaterra, da Bélgica, da Alemanha, de Espanha, do Brasil e, de Portugal, o autor desta página, a título individual.
O rigor da metodologia seguida proporcionou intervenções e debates muito enriquecedores. Por diversos oradores foram apresentadas pesquisas grafológicas, com a finalidade de contribuir para um melhor conhecimento da evolução da personalidade, das suas atitudes e potencialidades.
O intenso trabalho destes três dias consta no livro das actas do congresso, com 464 páginas, distribuído a todos os congressistas, em suporte papel e digital.
Clique neste endereço seguir um video do congresso:
Pensamentos dos oradores
  • Pode também aprender-se com a experiência, porém, nem todas as experiências são, por si próprias, educativas e formativas (Renato D. Di Nubila, prof. de Metodologia da Formação da Universidade de Pádua).
  • A grafologia é um instrumento de promoção humana (Lucilla Tonucci, psicoterapeuta, grafóloga e reeducadora).
  • Os desenhos das crianças e os seus testes gráficos contam histórias que não podem ser contadas por palavras (Dafna Yalon, grafóloga israelita).
  • A maior parte dos indivíduos disléxicos são também disgráficos, o inverso não é necessariamente verdadeiro (Lorenzo Lorusso, neurologista).
  • Mediante a expressão gráfica, a criança exprime o seu muno interior: emoções, vivências, afectos, motivações e avaliações ( Laura E. Prino, profª da Universidade de Turim).
  • Com a automatização do gesto, a escrita torna-se uma expressão espontânea, inconsciente, ... (Rosa Casilli).
  • As atitudes dos adultos são, portanto, muito importantes para os adolescentes que têm necessidade de destacar-se da imagem dos pais e ao mesmo tempo continuarem a reconhecer-se neles (Fiorella Monti, profª de Psicologia Dinâmica, da Universidade de Bolonha).
  • Através duma sequência de escritas "lindas" e "feias", a autora colocou em evidência a construção do sentido ético na adolescência ( Elena Manetti, grafóloga e presidente da Arigraf de Milão).
  • Na idade da puberdade, a maior parte das escritas das meninas (testadas) mostra uma tendência para a ordem como mecanismo de defesa (Sulamith Samuleit, grafóloga, investigadora da idade evolutiva, de Berlim).
  • A análise grafológica permite-nos definir com particular nitidez a ligação peculiar estabelecida entre dois (fenómeno do bulismo: vítima e agressor jovens) e as motivações profundas que produziram, em certo momento, a mudança no tipo de relações (Silvia Lazzari, psicoterapeuta, grafóloga e docente da Escola Superior de Grafologia Morettiana "Lamberto Torbidoni", Urbino).
  • É seguramente desejável que a grafologia possa entrar, com pleno direito, no contexto (educativo) das disciplinas oficiais (psicologia e pedagogia) ( Fiamma Bacher, directora escolar, grafoterapeuta, AGIF, Roma).
  • A grafologia pode ajudar os jovens a reconhecer as capacidades e pontencialidades a desenvolver, a orientá-los, de maneira consciente, na escolha dos estudos a prosseguir a nível dos ensinos secundário e superior ( Vicenza De Petrillo, professora, grafóloga).
  • A escrita, como faculdade de expressão, tem, atrás de si, uma história, um percurso que regista a evolução da pessoa, através da aquisição dum gesto pessoal e único (Francesca Bruscia).
  • O sinal que melhor releva a dificuldade de formar e de definir uma identidade própria é a desordem gráfica (Antonello Pizzi).
  • Vista numa perspectiva longitudinal, de facto, a grafia reflecte, de modo surpreendente, as variações evolutivas e, por vezes, regressivas, decorridas, constatáveis e visualizáveis, como numa espécie de filme (Paola Zanni).
  • A nível de auto-ajuda psicológica, a autobiografia desenvolve indubitáveis funções auto-lenitivas, terapêuticas e catárticas (Duccio Demetrio, professor de filosofia da educação, teoria e prática autobiográficas, da Universidade "Bicocca", Milão).
  • A escrita ajuda a decifrar o silêncio, a voz, o grito e a música da vida emocional (Ilda Mori e Maria Guida Toni, grafólogas, Instituto Toscano de Ciências Grafológicas, Florença).
  • A relação de uma geração com a nova reflecte sempre a relação consumada com a geração passada (Rocco Quaglia, professor de psicologia dinâmica, Universidade de Turim).
  • O teste das ondas e do céu estrelado (SWT) e a análise grafológica podem ser utilizados para compreender as crianças dos pontos de vista holístico, físico, social e mental (Patrícia Siegel, presidente da Sociedade Americana de Grafólogos Profissionais, Nova York; Martha Cohen, professora de pedagogia, da Universidade de Adelfos, Nova YorK).
  • A página, que é espaço de relações entre letras, entre palavras e entre linhas, torna-se espaço onde viver as relações com os outros (Anna Rita Guaitoli, grafóloga, Arigraf).
  • A formação escolar e a grafologia podem actuar sobre a construção da própria consciência e sobre a consolidação das motivações (M. Giovanna Mazzoni).
  • Os grafólogos devem fazer tudo para ocupar novamente um lugar central e bem visível no mercado de trabalho (Marie Thérèse Christians, grafóloga, secretária geral da ADEG, Bruxelas).
  • Sabemos que através da grafologia é possível individualizar as atitudes e as motivações profundas que estão na base da escolha escolar ou profissional (Alexandra Millevolte, grafóloga, docente de mestrado em consultoria grafológica pericial-judiciária e profissional, na Universidade de Urbino).
  • Através da análise da escrita, dentro das qualidades de empreendedor, obteremos, entre outras, indicações sobre propensão para o risco, capacidade de adaptação, capacidade organizativa e nível de autonomia ( Barbara Marconi, economista, grafóloga, vice-presidente da AGI).
  • A grafologia representa um modo de conhecer o indivíduo para lá do comportamento visível, permitindo, assim, captar a sua originalidade (Amparo Botella, presidente do Círculo Hispânico Francês de Grafologia, Madrid).
  • No processo de autoconhecimento do sujeito, a grafologia é o instrumento de suporte ideal, porque é discreto, profundo, orientado para a descoberta dos recursos, não é invasor e é personalizado (Carlo Merletti, grafólogo, docente da Escola Superior de Grafologia Morettiana "Lamberto Torbidoni", Urbino).
  • A organização deste 4º Congresso Internacional e a temática que foi dedicado demonstram uma elevada autoconsciência da AGI, na maneira de estar na mudança e de saber ligar, de modo avançado, os seus diversos eixos (Francesco Consoli, docente de Sociologia das Profissões, Universidade "La Sapienza", Roma).
  • O grafólogo encontra-se numa posição privilegiada para encorajar os próprios clientes a desenvolverem a compreensão das diferenças individuais (Nigel Bradley, estudioso de grafologia, docente de Marketing, Universidade de Westminster, Londres).
  • É essencial modificar a imagem que se tem da grafologia, expandindo o contexto e as potencialidades (Manuela Rita Paleo).
  • Em testes comparativos entre raparigas e rapazes dos 13 aos 18 anos, dos anos 70/80 e de hoje, as autoras concluíram que, actualmente, os jovens têm maior maturidade, socialização e adaptação, mas menor autonomia e motivação (Aline Verbist e Edith Hause).

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