30 outubro, 2008

Dimensão

Letra pequena de estudante universitária , 20 anos
A espécie dimensão (tamanho) das letras está relacionada com a auto-estima, amplitude da energia vital, auto-consciência, capacidade de análise de situações, expansão de sentimentos e de ideias. Apresentou os principais subgéneros:
  • Muito pequena pode significar modéstia, inibição, crítica extrema, detalhe, cisma, medo de afirmar-se, falta de ambição, timidez, complexo de inferioridade
  • Pequena (menos de 2 mm) pode revelar sentido crítico, capacidade de análise e de pesquisa, ordem, discrição, objectividade, precisão, modéstia, meticulosidade, concentração, introspecção, economia de energias, inteligência profunda e refinada, capacidade de pesquisa, perigo de isolamento e de intelectualização, timidez, insegurança, complexo de inferioridade.
  • Média (2 a 3 mm) pode indicar equilíbrio entre as componentes emocional e intelectual, convencionalidade, adaptabilidade, realismo, sentido de medida, moderação, maturidade, objectividade, confiança em si próprio, Adulto (grafoanálise transaccional), mediocridade, reduzido sentimento do eu.
  • Grande (mais de 3 mm) pode exprimir extroversão, vitalidade, pomposidade, grandeza do sentimento de si, afectuosidade, generosidade, necessidade de se mostrar, dinamismo, sociabilidade, avareza, orgulho, vaidade, superficialidade, exaltação, ostentação, exibição, falta de sentido crítico.
  • Demasiado grande indicia auto-estima elevada, orgulho, ostentação, domínio, exigência, impulsividade, desequilíbrio, excesso de amor-próprio, necessidade de reconhecimento e de expansão, ambição, vitalidade, narcisismo, satisfação excessiva.
  • Estreita (mais alta do que larga) pode ser sinal de economia, autodisciplina, introversão, estreiteza de espírito, menor capacidade de compreensão dos outros, excesso de precaução, reserva, timidez, inibição, acanhamento, desconfiança, ressentimento, dificuldade em pôr as ideias em prática, secundariedade, Criança Adaptada (grafoanálise transaccional).
  • Larga (mais larga do que alta) pode ser sintoma de abertura de espírito, sociabilidade, autoconfiança, extroversão, franqueza, desinibição, amplitude de pensamento, afã pessoal, imprudência, irreflexão, impaciência, falta de maturidade.
  • Rebaixada (hastes e pernas curtas) pode corresponder a simplicidade, maturidade, modéstia, prática, medo de se afirmar, conformismo, redução de horizontes.
  • Sobressaltada (aumento repentino de hastes e pernas) pode expressar orgulho, enaltecimento, super-valorização, insatisfação, formniveau baixo.

O formato e dimensão das pernas e das hastes serão tratados pormenorizadamente mais adiante. Lembro que o contexto positivo ou negativo da escrita assume aqui uma importância fundamental.
Ainda havia outras espécies da dimensão a referir, porém, a partir de agora, já pode examinar e medir a zona média da sua escrita. Não se esqueça que, para uma melhor interpretação psicológica, é muito importante comparar o tamanho da sua escrita com o da sua assinatura. E mais importante ainda é possuir bons conhecimentos de psicologia.

26 outubro, 2008

Pressão

Escrita com pressão média, de professora, cerca 40 anos
A pressão exprime a intensidade da força vital da personalidade (energia psicofísica, libido, sentimentos, sensualidade, capacidade de resistência, firmeza ou insegurança, adaptabilidade, patologias, intoxicações).
Os grafólogos reconhecem à pressão um papel destacado entre os outros géneros. Nas provas de perícia, no meio forense, assume uma importância fundamental na identificação de documentos ou assinaturas e na caracterização do seu autor.
De entre as espécies do género pressão vou destacar as principais e seu significado. Lembro que se deve atender sempre ao ambiente positivo ou negativo da escrita e ao contexto, ao predomínio da forma ou do movimento, aos ângulos, às curvas, à lentidão e à rapidez da escrita.
  • Frouxa (mole) pode exprimir falta de força interior, vulnerabilidade, dependência, frouxidão na afirmação do eu, cedência ao mínimo obstáculo, adaptação passiva, insegurança, vontade fraca, atenção dispersa, imaturidade, influenciabilidade, indecisão, inconstância, fadiga, baixa resistência a frustrações.
  • Leve pode significar grande sensibilidade, delicadeza, sentido crítico, altruísmo, reserva, influenciabilidade, fuga de conflitos sociais, compostura, desembaraço, fragilidade, vulnerabilidade, inconstância, debilidade, falta de firmeza, insegurança.
  • Média pode expressar equilíbrio, sociabilidade, serenidade.
  • Variável (inconstante) pode indicar influenciabilidade, espontaneidade, impulsividade, fraco auto-controlo, instabilidade, ambivalência, dificuldade de adaptação, vulnerabilidade, subjectivismo, conflituosidade, agressividade, angústia, falta de energia, desequilíbrio.
  • Invertida (deslocada – traços descendentes menos carregados que os ascendentes) pode ser sinal de insegurança, de hesitação, de ânsia, de temor, de dificuldade de adaptação, de espírito de contradição, de rebeldia e de desvios sexuais.
  • Firme (forte) pode expressar força emocional e física, persistência, persuasão, tendência ao comando, ambição, independência, dureza expressiva, sensualidade, materialidade, agressividade, pouca sensibilidade, fraca receptividade, fricções sociais, depressão (em escrita lenta).
  • Pastosa (grosseira) pode referir-se à necessidade de manifestar a própria força a nível psíquico e afectivo, ao desleixo, à grosseria, à vulgaridade, à falta de vivacidade, à negligência, à preguiça, e à fadiga.
  • Com relevo pode ser sinónimo de criatividade e de racionalidade, de equilíbrio físico e psicológico, de vitalidade, de hedonismo e de sentimentalismo.


O tipo de papel, o seu suporte, o instrumento utilizado para escrever, o original manuscrito, o estado físico e psíquico do escrevente são factores importantes a ter em consideração na análise da pressão.
Para testar a veracidade dalgumas características psicológicas referidas, repare na escrita dum seu amigo, que ao cumprimentá-lo lhe aperta com intensidade a mão, e verificará que a sua pressão gráfica é muito forte e tensa. Se reparar no verso da folha, poderá ver e tactear o pronunciado relevo das letras.
A pressão da sua escrita, com algumas nuances, talvez se enquadre numa destas espécies. Mas recorde-se que as interpretações grafológicas nunca são lineares nem unívocas.

23 outubro, 2008



Escrita de Lindemberg Alves

Algumas características podem ser observadas na escrita:

- ligada, proporcional, legível, limpa, pausada e organizada.

Todas estas características mais a avaliação do movimento – controlado - levam a crer que não existe nenhum tipo de patologia aparente na escrita.

Embora se deva notar que não foi possível avaliar o traço; um dos componentes mais importantes no perfil grafológico.


Devido às condições (logo após a prisão); a avaliação precisa ser encarada com algumas reservas.

A inteligência é estruturado – limpa, ligada; legível. Mas não acima da média, ao contrário.


A direção das linhas é o gênero mais importante a ser observado.

Podem ser observados os seguintes traços:

- imbricadas descendentes; linhas sinuosas, traços ascendentes e escalonados.

Vamos observar apenas a interpretação da escola italiana do Padre Moretti. Ver livro Trattato di Grafologia. Ed. La Prora; Milão. 1944. Edizioni Messaggero Padova. XV Edição 2006.


A escrita Desprendida (do italiano Scattante) trata-se de um signo substancial da vontade e do intelecto, indica impetuosidade, nervosismo, repentinos saltos na ação e no pensamento.


Encontra-se em um contínuo fervor de sentimentos e passa rapidamente da benevolência para o enfrentamento, do nojo para a doçura e da ira para a calma.


É essencialmente passional porque seus impulsos são imediatos que a razão tem dificuldades para controlá-los.


Não tem sentido de medida e de moderação, não se preocupa com os riscos e reage as solicitações instintivamente.


Posteriormente observa seus erros e se propõe a não repeti-los, mas na primeira oportunidade volta a fazer mesmo, não por maldade e sim por sua natureza instintiva e impetuosa.


Seu defeito é não refletir preventivamente, não conservar o pleno domínio de si e deixar-se levar pelos impulsos.


Geralmente é sincero e leal podendo resultar em agressivo e brutal ao expressar o que pensa.


Sob o perfil intelectual tem capacidade para expressar suas idéias, com rapidez para passar das premissas para as conclusões.

O Padre Moretti costuma traçar perfis da constituição corporal da pessoal – suas doses de acertos não foram transmitas aos discípulos.

Somaticamente os nervos e tendões são tensos e quase sempre pronto para as reações, musculatura tônica e carnosa, olhos vivos, móveis e sobressalentes. Andar saltitante e irregular.

Como nota não grafológica, das quais sempre procurei me fixar.

Sequestro é um "desastre controlado". Os negociadores conduzem um elefante correndo dentro de uma loja de cristais. Em determinado momento algo vai dar errado; é a natureza da ocorrência. Parabéns a Polícia Militar de São Paulo.

21 outubro, 2008

Dia do Professor!







O Professor Eduardo foi alvo de homenagens pela passagem do DIA DO PROFESSOR.
Em sua aula semanal, dos sábados, dia 18 de Outubro passado, os alunos ofereceram-lhe presentes e um rico e variado coffee-break. O professor também recebeu e-mails de parabéns de ex-alunos como é o caso de JULIANA BENEVIDES AIRES DE CASTRO que atualmente reside em Brasília. Vejam fotos.

20 outubro, 2008

Edison Bellintani

O final de tarde do dia 19 de Outubro de 2008 foi marcado, de forma prazerosa, com uma ligação que nos fez o Professor Edison Bellintani, de Santa Adélia-São Paulo.
O professor Edison Bellintani é autor do livro "Análise Grafo-Escritural", Ed. Personalística, 1980.
O professor Bellintani é um patromônio da cultura grafológica do Brasil e tem o seu nome marcado entre os mais importantes grafólogos do pais.
Foi o primeiro a utilizar, entre nós, o termo grafo-análise para se referir ao ramo da Caracterologia que se vincula com a Grafologia, dando assim maior credibilidade à nossa ciência.
Edison Bellintani é também autor do termo psicomorfografia (psico+morfo+grafia), sobre o qual teceremos comentários em outra oportunidade.

Palestra: "Grafologia - Ciência da Escrita"

Atendendo convite da Comissão Organizadora da EXPO SOCIAL 2008, na pessoa de sua aluna Daniella Silva de Oliveira, o Professor Eduardo Evangelista fará duas palestras, dias 13 e 14 de Novembro, às 19 horas, com o tema "Grafologia - Ciência da Escrita" marcando assim a sua participação nesse importante evento que é organizado pelos alunos do curso de Administração e Administração com Recursos Humanos da FACULDADE SOCIAL DA BAHIA - FSBA, campus de Ondina.
Todos os alunos, ex-alunos e amigos estão convidados não só para as palestras, também para visitarem os stands do evento.

15 outubro, 2008

Inclinação

Escrita muito inclinada para a direita, adulto, 66 anos

A inclinação refere-se ao ângulo formado entre o eixo das letras e a linha de base.
De um modo geral, a inclinação dá-nos indicações sobre o relacionamento com os outros e com o ambiente, sobre a capacidade de iniciativa, sobre a introversão e a extroversão. Lembro que as tendências expressas são tanto mais acentuadas quanto maior for a inclinação. As principais espécies são aqui referenciados.
  • Vertical, em que o eixo das letras se apresenta perpendicular à linha de base, pode exprimir equilíbrio, autocontrolo emocional, afectividade profunda, extroversão controlada, sentido de medida, autonomia, realismo, predomínio da razão sobre o sentimento, auto-conceito firme, objectividade, reserva, inflexibilidade, frieza, indiferença, Pai+Adulto (grafoanálise transaccional).
  • Inclinada para a direita, em que o eixo das letras faz um ângulo obtuso com a linha de base, pode significar actividade, extroversão, sociabilidade, espontaneidade, iniciativa, afabilidade, benignidade, simpatia, abertura em relação aos outros e ao meio, avanço para o futuro, sensualidade, acolhimento, benignidade, calor, impulsividade, actividade, luta, iniciativa, ambição, falta de ponderação, parcialidade, necessidade de contacto.
  • Inclinação para a esquerda, em que o eixo das letras faz um ângulo agudo com a linha de base, pode ser sinónimo de prudência, introversão, esforço, empenho, menor sociabilidade, recuo para o passado, necessidade de afecto, tensão, estranheza, desconfiança, vontade de autocontrolo, frieza afectiva, reflexão, defesa, pouca influenciabilidade, espírito de oposição, crítica sistemática, refúgio na fantasia, inibição, egoísmo, inadaptação, fingimento, mentira, Criança Adaptada Rebelde (grafoanálise transaccional).
  • Variável, em que o eixo das letras umas vezes se mantém na vertical, outras se inclina para a esquerda ou para a direita, pode indicar inconstância, instabilidade, variações de humor, indecisão, desorientação, conflitos com o meio e com os outros, dificuldade de adaptar-se a novas situações, rigidez mental, inflexibilidade, dogmatismo, normatividade, rigor, tensão, falta de controlo, tendências contraditórias e ambivalentes, aplicação rígida de normas, dificuldade em tomar decisões no campo emocional, dupla personalidade (ora doce, meiga, generosa, ora desagradável e sem contemplações), pequeno professor (grafoanálise transaccional).
  • Hesitante, com oscilações da inclinação dentro da mesma palavra, (tentennante, de G. Moretti), pode revelar dificuldade de percepção e de identificação, desorientação, ambivalência, prudência, cautela, indecisão, procura de objectividade, insegurança subjectiva, instabilidade, ansiedade.
  • Sinuosa, quando a oscilação do eixo é suave (sinuosa, de G. Moretti) pode ser sintoma de adaptabilidade, disponibilidade, capacidade de compreensão, equilíbrio, intuição, elasticidade e harmonia em relação aos vectores do passado e do futuro, astúcia, oportunismo.
  • Inclinação rígida, seja para trás, seja para a frente, pode manifestar autocontrolo emotivo, dogmatismo, tensão, inflexibilidade, rigidez.

Qual é a inclinação da sua letra? Como pôde ver uma inclinação diferente corresponde a características diversas do indivíduo. É mais uma peça para ajudar a construir o puzzle da personalidade do escrevente. Outras peças se seguirão.
Perfil Grafológico

Uma das grandes dificuldades dos grafólogos em traçar perfis é a de ser repetitivo.
O nome de alguns grafológos na praça é "Controlcê". Não fui eu quem inventei.
O certo é que muito perfis se não são parecidos são iguais.

Isto se deve em função:
- do vocabulário do grafólogo
- das vivências
- conhecimentos psicológicos
- pouca leitura
- quantidade de perfis realizado em um só dia etc.

Como fazer para não repetir frases?
Ao longo dos anos desenvolvi várias técnicas que são passada aos alunos. A mais recente depois de quatro anos de pesquisas será relatada em breve. Potencializa o perfil em dezenas de vezes.

Hoje vou me ater aos articuladores; processo utilizado com muita propriedade pelos palestrantes.

Articuladores
Conhecidos como conjunções, nexos ou conectivos, os articuladores possibilitam estabelecer uma relação de sentido entre as idéias.


Veja os exemplos

a) Paulo não jogou bem. Ele estava cansado.
b) Joana estudou muito. Ela não passou de série.
c) Chuva amanhã. Passeio cancelado.

a) Paulo não jogou bem porque estava cansado.(relação de explicação/ causalidade)
b)Joana estudou muito, mas não passou de série. (relação de oposição/ concessão)
c) Se houver chuva amanhã, o passeio será cancelado. (relação de condição)


ARTICULADORES

PRIORIDADE, RELEVÂNCIA
Em primeiro lugar, antes de mais nada, primeiramente, acima de tudo, principalmente, primordialmente.

SEMELHANÇA, CONFORMIDADE , COMPARAÇÃO
Igualmente, da mesma forma, assim também, do mesmo modo, similarmente, analogicamente, de acordo com, segundo, conforme.

ADIÇÃO, CONTINUAÇÃO
Além disso, por outro lado, vale lembrar, de modo geral, por iguais razões, é inevitável, em outras palavras, sobremais, além desse fator.

CERTEZA, ÊNFASE
De certo, por certo, certamente, indubitavelmente, inquestionavelmente, sem dúvida, com toda certeza.

ILUSTRAÇÃO, ESCLARECIMENTO
Por exemplo, Isto é, a saber, de fato, aliás, ou melhor, como se nota, daí porque, por isso, como se observa, como vimos, ou seja, em outras palavras.

RESUMO, RECAPITULAÇÃO, CONCLUSÃO
Em síntese, em conclusão, enfim, em resumo, em suma, por conseguinte, concluindo, por fim, finalmente, por tais razões, do exposto, por tudo isso, em razão disso, assim, conseqüentemente.

NEGAÇÃO E OPOSIÇÃO
Entretanto, mas, porém, no entanto, ao contrário disso, por outro lado, por outro enfoque, contudo, diversamente disso.

CONCESSÃO
Embora, ainda que, mesmo que, posto que, conquanto, apesar de que, por mais que, por melhor que.

CONDIÇÃO
Caso, se, contanto que, salvo se, exceto se, desde que, a menos que.

PROPORÇÃO
À proporção que, à medida que, quanto mais, quanto menor.

CAUSA CONSEQÜÊNCIA
Porque, porquanto, pois, visto que, já que, uma vez que, por causa de, em virtude de, daí, por conseqüência, como resultado.

TEMPO (FREQÜÊNCIA, DURAÇÃO, ORDEM, SUCESSÃO, ANTERIORIDADE, POSTERIORIDADE, SIMULTANEIDADE, EVENTUALIDADE)
Então, logo, logo depois, imediatamente, a princípio, pouco antes, pouco depois, anteriormente, posteriormente, em seguida, afinal, finalmente, hoje, freqüentemente, constantemente, às vezes, ocasionalmente, sempre, raramente, não raro, ao mesmo tempo, simultaneamente, nesse ínterim.


Façam bom uso deles.



Exemplos:
http://pt.shvoong.com/books/dictionary/1721203-estudo-da-coes%C3%A3o-articuladores/

10 outubro, 2008

Pessoal
Vejam o Artigo do biólogo Fernando Reinach. Publicado no Jornal "O Estado de São Paulo" no dia 16 de Agosto de 2007.
http://www.reinach.com/Estado/index-estado.htm

É fácil fazer algumas inferências com o gesto gráfico e a imagem antecipadora descrita por Klages em seus livros.
Tenho ciência da pouca familiaridade de alguns grafólogos com este conceito de Klages; voltarei a escrever sobre isto mais adiante.

Também podemos fazer inferências porque a grafologia não é um teste com base no experimento descrito. Inferências; porque necessitaríamos de pesquisas diretas com a escrita para provar realmente isto.



A possibilidade de prever decisões e o livre arbítrio

Faz milhares de anos que a humanidade se preocupa em saber se possuímos livre arbítrio. Será que quando decidimos conscientemente praticar um ato esta decisão se origina unicamente em nossa consciência e portanto é impossível de prever ou será que as leis da natureza e os fatos que ocorreram no passado determinam cada um de nossos atos e a impressão de liberdade é somente uma ilusão? Faz alguns anos um neurologista chamado Benjamin Libet realizou um experimento que coloca mais lenha na fogueira do debate sobre o livre arbítrio.

Libet pediu para voluntários se sentarem e colocarem a mão sobre uma mesa. Depois pediu a eles que em algum momento, que eles poderiam decidir quando, movessem a mão. Nenhum sinal externo sinalizava quando a mão deveria ser movida. A decisão de mover a mão deveria ser totalmente voluntária. Além disso em frente destes voluntários Libet colocou um relógio em que o ponteiro de segundos ficava girando constantemente e que o voluntário ficava observando. No momento que o voluntário decidia mover a mão ele deveria observar onde estava o ponteiro do relógio e depois deveria comunicar esta posição aos pesquisadores. Além disso Libet instalou sensores na mão dos voluntários que permitiam saber exatamente quando a mão se mexia e eletrodos na cabeça que permitiam medir a atividade cerebral. Feito tudo isso as pessoas ficavam ali e mexiam a mão quando quisessem.

O que Libet observou foi que era possível detectar atividade cerebral quase um segundo antes da mão se mexer. Isto era esperado, pois o comando vindo do cérebro demora um tempo para chegar aos músculos da mão. O inesperado foi a observação que o momentos em que a pessoa conscientemente decidia mexer a mão (determinada pela posição do ponteiro do relógio que ela comunicava ao pesquisador) ocorria sempre 0,3 segundos antes da mão mexer, mas 0,7 segundos depois da atividade cerebral. Em todos os voluntários a seqüência de eventos era a seguinte: primeiro se detecta a atividade cerebral, 0,7 segundos depois a pessoa decide mover a mão e 0,3 segundos depois do ato consciente de mover a mão ela se move. O fato da atividade cerebral ocorrer antes da decisão “aparecer” na consciência indica que a primeira parte da decisão de mover a mão ocorre de maneira inconsciente (durante os primeiros 0,7 segundos) e somente depois a consciência toma “conhecimento” de que vai mover a mão.

Durante os últimos 8 anos uma série enorme de experimentos foram feitos para verificar possíveis fontes de erro neste experimento mas nenhum erro foi detectado. Tudo indica que realmente cada uma de nossas decisões se inicia de forma inconsciente. Mas se isto é verdade, então existe um intervalo de 0,7 segundos no qual um observador que esteja monitorando nossa atividade cerebral já sabe o que vamos decidir antes de nossa consciência ter acesso a esta decisão. Em outra palavras, medindo a atividade cerebral um observador pode saber o que uma pessoa vai decidir antes desta pessoa ter conscientemente decidido.

Este resultado claramente não exclui a possibilidade do livre arbítrio existir, mas sua interpretação tem provocado muita discussão entre os filósofos e cientistas que tentam compreender como se forma a consciência e se realmente existe o livre arbítrio. Por outro lado este experimento demonstra claramente que a consciência é o resultado da atividade cerebral, tornando improvável a hipótese, ainda defendida por muitos, que cérebro e mente são entes distintos.

Mais informações em: B. Libet, Do We Have Free Will? J. Consc. Studies vol. 6 pag. 47 1999

Fernando Reinach (fernando@reinach.com)

02 outubro, 2008

Pessoal
Ao longo dos últimos sete anos pesquiso de forma intensa a organização dos gêneros e espécies para um estudo mais direcionado e dinâmico da grafologia.

Parte deste estudo está na livro Grafologia Expressiva, Ed. Ágora e Psicodinâmica do Espaço na Grafologia. Ed. Vetor.

Observei em todo o mundo que o único consenso que existe é que se faz necessário uma classificação racional.
Como minhas pesquisas são com escritas brasileiras, o método se ajusta as nossas necessidades.

Existem espaços para serem aprimorados e certamente serão ao longo do tempo. As alteração estarão no livro Grafologia Expressiva II Ed. Ágora.

Os alunos do corrente ano receberão em PP e no novo Caderno de Exercícios as alterações.
Os conceitos da escola Morettiana estão em itálico e verde. Em breve serão acrescentados outros.

Observe o acréscimo da Condução do Traçado; Movimento, Continuidade etc.

Disto se origina o Método de Grafologia Expressiva Paulo Sergio de Camargo.


INVENTÁRIO

1. Observação Geral do Traçado – Dinâmica e integração do movimento espaço-organizacional

Espaço Forma Movimento Traço

2. Síntese de orientação
Evolução (Jamin)
1. Inorganizada 2. Desorganizada 3. Combinada 4. Organizada

Harmonia 1. Harmônica 2. Inarmônica.

Síntese entre Forma e Movimento -


3. Síndromes
1. Inibição 4. Relaxamento do traço 7. Impessoalidade
2. Expansão 6. Deterioração gráfica
3. Impulsividade 5. Rigidez do traço


04. Distribuição
1. Clara 5. Ilegível 09. Organizada
2. Arejada 6. Concentrada 10. Desorganizada
3. Confusa 7. Condensada 11. Limpa
4. Legível 8. Espaçada 12. Suja
13. Invasiva

Largura/Estreiteza – Escola Italiana
1. Entre as letras 2. Entre as palavras 3. Larga nas letras 4. Tríplice Largura


Estudo das margens - 1. Direita 2. Esquerda 3. Superior 4. Inferior 5. Variações

05. Dimensão Zona média – Eixo Vertical
1. Grande 2. Pequena 3. Crescente 4. Decrescente

Zona média – Eixo Horizontal - Amplitude
5. Estreita 6. Extensa

Zona média
7. Baixa 8. Alta 9. Rebaixada 10. Sobressaltada

11. Uniforme 12. Dilatada 13. Sóbria 14. Compensada

Proporção Divisão inter-zonal
1. Proporcional 2. Desproporcional 3. Mista

06. Pressão
1. Espécies de acordo com ao apoio do instrumento no papel. (pressão no sentido estrito do termo)
1. Apoiada 5. Deslocada 09. Fusiforme
2. Leve 6. Espasmódica 10. Profunda
3. Em relevo 7. Acerada 11. Superficial
4. Sem revelo 8. Massiva 12. Em sulcos

2. Espécies de acordo com a qualidade dos traços. (o interior e as bordas)
13. Nítida 16. Desnutrida 19. Empastada
14. Pastosa 17. Seca 20. Filiforme
15. Nutrida 18. Congestionada 21. Frouxa


07. Condução do traçado
1. Hipotensa 2. Flexível 3. Firme 4. Contraída
5. Hipertensa 6. Desigualdades de Tensão.

08. Forma
Execução
1. Caligráfica 6. Angulosa 11. Ornada 16. Inflada
2. Redonda 7. Simples 12. Extravagante 17. Infantil
3. Sistemat/Monomorfa 8. Simplificada 13. Complicada 18. Ovóide/ovalada.
4. Estilizada 9. Seca 14. Artificial
5. Polimorfa 10. Ríspida 5. Tipográfica



09. Continuidade
Progressão da escrita
1. Inibida 2. Contida 3. Monótona 4. Cadenciada 5. Rítmica.

Ligação 1. Ligada 2. Desligada 3. Agrupada 4. Combinada

Deficiências de continuidade
5. Fragmentada 6.Ligações desiguais 7. Lapsus de ligação 8. Retocada
9. Pontilhada/Em bastão 10.Sacudida 11.Suspensa 12. Inacabada

10. Ligação
1. Em ângulos 4. Anelada 7. Dupla curva -
2. Arcada 5. Filiforme Duplo ângulo
3. Guirlanda 6. Mista

11. Movimento
1. Estático ou imóvel 5. Fluído 9. Retardado
2. Flutuante 6. Vibrante/efervescente 10. Revirados para a esquerda
3. Inibido/contido 7. Dinâmico
4. Controlado 8. Propulsivo

12. Velocidade
1. Lenta 4. Precipitada 7. Desigualdades
2. Pausada 5. Lançada de velocidade
3. Rápida 6. Acelerada

13. Inclinação
1. Inclinada 4. Invertida 7. Sinuosa
2. Tombada 5. Oscilante (variável) 8. Contorcionada
3. Vertical 6. Paralela 9. Hastes Conc/Convexa

14. Direção das linhas
1. Retilínea 6. Linhas convexas 11. Em saltos
2. Rígida 7. Sinuosa 12. Colas de Zorro
3. Ascendente 8. Imbricadas ascendentes 13. Mista
4. Descendente 9. Imbricadas descendentes 14. Em leque
5. Linhas côncavas 10. Escalonada

Orientação geral do traço
1. Escrita progressiva 3. Escrita mista. 5. Escrita com torções

2. Regressiva 4. Escrita ao revés

15. Discordâncias
1. Forma 4. Direção 7. Continuidade
2. Tamanho 5. Velocidade
3. Pressão 6. Inclinação

16. Signos gráficos
1. Guirlanda 5. Serpentina 09. Nó 13. R. Escorpião
2. Arco 6. Espiral 10. Torções 14. Facas
3. Bucle 7. Triângulo 11. Dente de tubarão 16. Letra D e S
4. Laço 8. Arpão 12. Unha do criminoso 17. Estereotipias


Ângulo de Moretti 1. Ângulo A 2. Ângulo B 3. Ângulo C

17. Assinaturas – Letra M – G –
Estudo das ovais ( Ab/embaixo – occ. Doppi; etc.)


18. Signos livres
1. Pontuação e acentuação 3. Barras dos T 5. Pingos nos I
2. Traço inicial, traço final 4. Estudo Til


19. Traços da Escola Italiana
1. Subjetivismo 4. Traço do desprezo 7. Traço da independência
2. Traço da Afetação 5. Traços de mitomania 8. Traço da insegurança material
3. Traço da fleugma 6. Traço da confusão



Paulo Sergio de CamargoGrafologia -
Linguagem Corporal
http://grafonautas.blogspot.com/
www.grafo.nauta.nom.br

Excelência pelo conhecimento.
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