25 fevereiro, 2009

Augusto Vels

Augusto Vels, pseudónimo de Alfonso Augusto Velasco Andrea (1917-2000), é considerado o decano dos grafólogos espanhóis. Estudioso, com grande rigor científico e sempre aberto a críticas e sugestões, Vels, colocou a Espanha, no âmbito da Grafologia, a nível de países como França, Itália e Alemanha.

Foi através de Matilde Ras que ele se iniciou nesta nova ciência, formando-se em Psicologia nas vertentes das Profundidades, da Caracterologia e do Psico-diagnóstico.

Augusto Vels deu um importante contributo à Grafologia, tendo criado o método da Grafoanálise que está a ser continuado pelo seu discípulo e amigo Francisco Viñals e por Maria Luz Poente. Este método é uma ferramenta útil para o diagnóstico de qualquer grafismo, onde uns conteúdos estão manifestos e outros, latentes.

Vels estabeleceu técnicas práticas apoiadas em bases científicas na selecção de pessoal, na psicologia clínica e na pedagogia.
Em 1943, foi professor de Caracterologia e Grafologia em diversos centros.
Em 1948, organizou um Curso de Grafologia na Universidade de Barcelona e participou em conferências e congressos e publicou artigos em revistas da especialidade.

Entre as dezenas de obras que escreveu, destacam-se:
A Linguagem da Escrita (1949), Escrita e Personalidade (1961), traduzida em várias línguas, A Selecção de Pessoal e o Problema Humano nas Empresas (1970), Dicionário de Grafologia (1972), Grafologia Estrutural e Dinâmica (1994) e Grafologia de A a Z (2000).

Vels afirmava que a grafologia tinha a vantagem de nos dar uma imagem fiel do sujeito, realizada por ele mesmo e sem as inibições próprias doutros testes psicotécnicos.

Em 1980, ajudou a fundar a Asociación Profisional de Grafólogos que mais tarde abandonou, devido ao rumo ocultista que ela tomara, quando Rosa Botey era directora. Mais tarde, juntamente com outros grafólogos, fundou a actual Agrupación de Grafoanalistas Consultivos de España.

Em 1997, foi nomeado professor honorário do Programa de Perito Calígrafo Judicial de Peritagem Grafopsicológica, da Escola de Pós-graduação da Universidade Autónoma de Barcelona.

Durante uma sessão de homenagem que lhe foi prestada pela AGC, Augusto Vels referiu que nunca se conformou com uma Grafologia como arte divinatória e afirmou que se podem tirar conclusões sobre as atitudes e carácter através da análise da escrita. A sua especialidade, durante mais de 50 anos, foi a selecção e formação de pessoal em empresas.

23 fevereiro, 2009

A cor na escrita

Nos testes gráficos e nos textos para análise grafológica, a opção do escrevente por determinada cor poderá ser significativa. Por isso, sempre que possível, deverá ser deixada a liberdade de escolher o instrumento e a cor da tinta. Normalmente, escreve a azul ou a preto, porém, a escolha da cor por parte da criança ou do adulto é um facto a ter em consideração. Na escrita, é importante observar o contexto e o ambiente gráfico, porque, aquilo a que se atribui um grande significado, pode, simplesmente, ser fruto duma escolha casual. E há cores que não são usadas, simplesmente, porque não se destacam no papel branco. A seguir, entre centenas de cores existentes, refiro algumas com o significado simbólico que lhes costuma ser atribuído.
  • Laranja pode simbolizar imposição de desafios a si próprio, energia, movimento, espontaneidade, ambição, intuição, penetração psicológica e astúcia.
  • Vermelha está associada à paixão, à sensualidade, à agressividade, à hiperactividade e ao sentimento de vitalidade.
  • Amarela significa necessidade de transcendência e de auto-realização, prosperidade, criatividade, exaltação e aconchego.
  • Cor-de-rosa pressupõe generosidade, sensibilidade, adoração do trabalho em equipa, desejo de perfeição, harmonia, emoção, sentimento, romantismo e sedução.
  • Violeta relaciona-se com tristeza, necessidade de se mostrar, desejo de impressionar e predomínio da fantasia sobre a realidade.
  • Azul exprime necessidade de equilíbrio psicossomático, boa percepção da realidade, atitude amigável, adaptação social positiva, sinceridade, lealdade, compreensão, introversão equilibrada, harmonia, mansidão e sonho.
  • Verde expressa vigor, procura da perfeição, tranquilidade, esperança, orgulho, individualismo, versatilidade, calma e adaptação passiva.
  • Castanha incute seriedade, rapidez, consciência, maturidade, estabilidade e imposição.
  • Cinzenta reporta para anonimato, adaptação, rebeldia e medo.
  • Dourada é sinal de arrogância, riqueza, orgulho e teimosia.
  • Preta está ligada a formalidade, sentido crítico, eficiência e necessidade de impressionar.
  • Branca lembra pureza, inocência, paz, calma, perfeição, solidão e totalidade.

22 fevereiro, 2009

Algarismos

Algarismos em colunas ordenadas
Aos algarismos e aos números aplicam-se, praticamente, os mesmos géneros e espécies que se aplicam às letras e às palavras. Os algarismos podem ser feitos com múltiplas formas, com certa pressão, com diversa velocidade, com diferente tamanho, com determinada ordem e com variadas inclinação e direcção. E nalguns números até se podem observar a continuidade e a ligação material ou aérea. Para não repetir as características psicológicas referidas na análise da escrita, vou apresentar apenas algumas mais significativas.
  • Demasiado grandes manifestam ilusão pelo dinheiro, gastos excessivos e desordem mental.
  • Demasiado pequenos estão associados a atitude inconsciente de inferioridade, isolamento e avareza.
  • Mais largos que altos correspondem a apego aos valores materiais.
  • Simplificados determinam capacidade de  síntese e cultura estética.
  • Em espiral exprimem necessidade de ostentação, orgulho e egocentrismo.
  • Algarismo 1 com bucle reflecte imaginação e sedução.
  • Com pressão débil, revela humildade, debilidade de carácter e depressão.
  • Em colunas ordenadas, podem significar auto-domínio, clareza, e objectividade.
  • Em colunas oblíquas para a esquerda, diagnosticam reserva e prudência.
  • Filas ascendentes remetem para entusiasmo e excitação.
  • Filas descendentes pressupõem fadiga, desalento e depressão.
  • Filas ondulantes indiciam falta de firmeza e instabilidade.
  • Ao zero podem atribuir-se significados semelhantes aos que foram atribuídos aos ovais.

Letras maiúsculas

Maiúsculas a marcador preto, utilizadas em grelha, para maior legibilidade

As crianças, no primeiro ano de escolaridade, segundo a norma da língua portuguesa, aprendem também a desenhar as letras maiúsculas tipográficas e caligráficas, mas não a utilizá-las correntemente. Escrever em maiúsculas é seguir um percurso mais difícil e menos económico. Os grafólogos costumam relacionar as letras minúsculas com a importância do eu do escrevente.

  • Baixas representam modéstia, simplicidade, não desejar impor valores e nem critérios aos outros.
  • Demasiado volumosas significam optimismo, entusiasmo, imaginação, exibicionismo e megalomania.
  • Estreitas e altas expressam sentimentos de superioridade e ambição do poder.
  • Largas e inchadas sugerem vaidade, valorização das aparências e deseja de se destacar.
  • Ornamentadas exprimem necessidade de afirmação e vaidade intelectual.
  • Caligráficas são próprias de pessoas convencionais e com pouca criatividade.
  • Tipográficas reportam para Intuição e para a distinção entre o essencial e o acessório.
  • Em espiral, diagnosticam diplomacia, estética, imaginação e egocentrismo.
  • A escrita toda em maiúsculas exprime desejo de clareza, necessidade de destaque, problemas de auto-estima e possível sentimento de inferioridade.

Recordo o caso duma pessoa que costumava fazer as maiúsculas muito altas e passou a desenhá-las baixas, porque queria parecer menos autoritária. O seu inconsciente continuou a traí-la: a sua escrita não deixou de ser angulosa, as barras dos t permaneceram altas, a zona média continuou elevada e o ritmo tornou-se mais lento.
Todos somos diferentes. E a escrita pode expressar essas diferenças. E não será por modificarmos a letra que alteraremos as características da nossa personalidade.

20 fevereiro, 2009

Acentuação e pontuação

Acentuação e pontuação correctas e precisas
A acentuação está relacionada com a necessidade de precisão e de perfeição e com a capacidade de atenção. Os acentos colocam-se normalmente um pouco acima da zona média e designam-se por agudo, grave, circunflexo e til. As pintas do i e do j não são aqui consideradas, porque fazem parte das próprias letras a que pertencem.

Acentuação
  • Alta e leve apresenta o significado de fantasia, necessidade de sonho, intelectualidade, mundo religioso, fuga da realidade, falta de sentido prático e desadaptação.
  • Muito alta dá a conhecer a tendência para idealismo, para delicadeza e para a intuição.
  • Precisa e correcta confirma a aceitação das regras e a capacidade de observação.
  • Baixa assume o significado de sentido da realidade, positivismo e humildade.
  • Pesada (e baixa) está aliada a ansiedade.
  • Adiantada denota dinamismo, espontaneidadee impaciência.
  • Atrasada reporta para prudência, indecisão e timidez.
  • Ausência de acentuação especifica distracção, precipitação e desequilíbrio.

Pontuação

A pontuação informa-nos sobre a precisão, a perfeição e a capacidade de atenção.
Os principais sinais são o ponto final, a vírgula, os pontos de interrogação e de exclamação, o ponto e vírgula, os dois pontos, o hífen e o travessão.

  • Adiantada atesta auto-confiança, capacidade de actuação, dinamismo, espontaneidade e impaciência.
  • Descuidada refere-se a variações de humor, descuido, agitação, desordem e agressividade.
  • Em círculo, manifesta imaginação, moralização, organização, fantasia, pensamento mágico e infantil.
  • Atrasada é sinal de prudência, indecisão e timidez.
  • Precisa e correcta infere respeito pelas regras, pontualidade, atenção aos pormenores, auto-controlo e exactidão.
  • Excessiva exprime a concessão de demasiada importância aos pormenores, exagero, vontade de impressionar e teimosia.
  • Ausência de pontuação assinala descuido, superficialidade e distracção.

19 fevereiro, 2009

Letra s

Nenhuma destas letras especiais, isoladamente, é suficiente para explicar a complexa personalidade humana. Um psico-diagnóstico aceitável requer sempre a junção e a coordenação de múltiplos “grãozinhos de areia” espalhados nas páginas escritas. A letra s exprime actividade energética e dinâmica, consciência e amor-próprio.

  • Com diferentes formas, no início, no meio e no fim das palavras, retrata uma escrita personalizada e capacidade de integração
  • Com curva em vez de ângulo, é sinónimo de consciência aberta e generosa, simpatia ou debilidade de carácter.
  • Com moderada elevação, predomina a energia, a vivacidade e o idealismo.
  • Muito elevado determina orgulho exaltado e amor-próprio.
  • Com ângulo na base, relaciona-se com tendência para escrúpulos e minuciosidade.
  • Em forma de traço diagonal, revela disciplina, auto-afirmação, introversão e isolamento.

Fiquei-me apenas pelas letras mais significativas, porque estou convicto que o método alfabético, ou seja, a simples análise das letras uma a uma, não permite, com certeza, verificar as tendências da personalidade.

Letra d

  • A letra d ocupa a zona média com um oval e sobe para a superior com uma haste. Por isso, o modo como é feita revela o eu íntimo, a emotividade e as relações com o meio (zona média) e a ambição, o idealismo e a religiosidade (zona superior).

  • Feito em dois pedaços, mostra falta de conciliação entre o eu íntimo e os outros sujeitos.
  • Haste com ângulo para a direita é sinal de agressividade perante as contradições e as polémicas.
  • Haste com bucle inchado significa fantasia, imaginação, idealismo, medo da reprovação, hiper-sensibilidade e paranóia.
  • Haste curva para a esquerda testemunha egoísmo ideológico, passividade, fantasia e negativismo.
  • Haste muito alta está aliada a idealismo e a altruísmo.

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Vamos sortear com os visitantes deste Blog que deixarem comentários aos artigos ou notícias nele vinculados, o livro “Grafologia Expressiva”, devidamente autografado pelo autor, Paulo Sérgio de Camargo.

A promoção é válida para todos os visitantes que comentarem, até o dia 31 de Março de 2009. O sorteio será feito em Abril, com assistência do Grupo de Estudo de Grafologia. Para fazer seu comentário é simples: procure no rodapé do artigo ou notícia a palavra “comments” e deixe o seu comentário registrado. Não esqueça de deixar, no final do comentário, o seu e-mail.

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Grafologia Expressiva, Editora Ágora, 2006 é ...”o primeiro livro brasileiro que correlaciona os conceitos da escola grafológica italiana, de Girolamo Moretti, com a escola francesa e acrescenta novas interpretações à grafologia, atualizando-a.

As leis criadas pelos grandes mestres dos primórdios desta ciência vigoram até hoje. Entretanto, assim como a linguagem e a cultura, a escrita sofre transformações com o passar do tempo, e pequenas adaptações são necessárias.

Para escrever este livro, Paulo Sergio de Camargo analisou 15 mil textos, dos quais selecionou duzentos para mostrar a escrita encontrada hoje no cotidiano. Com isso, produziu uma obra de enorme importância para a grafologia latino-americana.”




Paulo Sérgio de Camargo é um dos mais conceituado e conhecido grafólogo brasileiros da atualidade. Autor de diversos livros e centenas de artigos em toda imprensa brasileira. Escreveu durante anos a coluna Grafologia no Jornal "A Gazeta do Povo" da cidade de Curitiba. Consultor de Grafologia da Revista Destino - Ed. Globo. É Vice-Presidente da Sociedade Pan Americana de Grafologia, Professor Especial do Colégio Binet de Buenos Aires, Argentina e Membro da Sociedade Brasileira de Grafologia.
É também Membro de Honra da AGRUPACIÓN DE GRAFOANALISTAS CONSULTIVOS DE ESPAÑA.
Possui uma das maiores Bibliotecas de Grafologia da América do Sul e do mundo com mais de 900 títulos em português, inglês, francês, italiano, espanhol e alemão, além de milhares de artigos.

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18 fevereiro, 2009

Letra r

A letra r, formada por traços rectos e ângulos na zona média, presta-se para avaliar o potencial energético e volitivo e a psicomotricidade do escrevente.
A substituição dos ângulos por curvas prova brandura, preguiça, abulia e passividade. Poderia apresentar ainda mais formatos da letra r, mas estes são já suficientes para nos apercebermos da enorme quantidade de variantes que, juntas a outras características da escrita e nunca isoladamente, podem fazer a diferença, no confronto de escritas e na caracterização individual.
  • Uma angulosidade exagerada é sintoma de agressividade, irritabilidade e deficiente adaptação.
  • A angulosidade moderada leva-nos a inferir equilíbrio, adequada canalização de energia e consistência.
  • Com duplo bucle ou bucle à direita, expressa afabilidade e cordialidade.
  • Com bucle à esquerda e ângulo à direita, demonstra atitudes de bondade para com os mais íntimos e familiares.
  • Com o traço do meio ascendente, é próprio de pessoas com tendência para polémicas e com atitudes contraditórias.
  • Com o traço do meio descendente, sugere teimosia.
  • Em forma de grinalda, fornece sinais de flexibilidade, sensibilidade, extroversão, progressão, abertura de espírito e fácil adaptação.
  • Filiforme representa flexibilidade, improvisação, actividade, dificuldade de adaptação, fingimento e dissimulação.

Letra g

  • A letra g projecta-se na zona média, formando um oval e alonga-se pela zona inferior, formando um bucle. Ela é capaz de revelar o eu íntimo, a emotividade e as relações com o meio (zona média) e os impulsos, a sexualidade, os instintos (zona inferior).

  • Oval grande fornece informações sobre a dimensão corporal e valorização da sexualidade.
  • Oval muito reduzido permite conhecer a infra-valorização do inconsciente e da sexualidade.
  • Sem oval, assinala uma sexualidade de índole mais afectiva do que sexual propriamente dita.
  • Oval separado da perna representa fuga da vida sexual, dissociação entre o eu e os instintos.
  • Bucle largo e grande relaciona-se com impulso sexual intenso, fantasia erótica ou encobrimento da impotência (compensação).
  • Perna muito curta implica insegurança, retracção da libido e imaturidade.
  • Perna dobrada à esquerda aponta para fuga da realidade, repressão ou libido com orientação mística.
  • Perna em forma de triângulo explicita repressão dos instintos, dureza, instinto de mando e despotismo.
  • Perna em forma de um 8 induz narcisismo, reserva, ocultação dos desejos e luta interior.

Por se estender pela zona inferior, zona simbólica do instinto, do inconsciente e das necessidades materiais e sexuais, esta letra costuma assumir um significado especial na análise grafológica.

Letra m

A letra m está relacionada com a auto-estima e a energia do eu. A 1ª perna representa o eu profundo, a 2ª, o eu familiar e a 3ª, o eu social (profissão, sociedade, política).
Esta é a letra minúscula mais larga do alfabeto.

  • As três pernas iguais denotam bom gosto, amplidão de critérios, equilíbrio auto-estimativo em relação ao eu, à família e à profissão.
  • A 1ª perna mais alta dos que as outras traduz auto-valorização, auto-estima elevada,
    orgulho, preocupação com a importância pessoal, confiança e arrogância.
  • A 1ª perna mais pequena é própria de quem se sente inferiorizado.
  • A 2ª perna mais alta manifesta orgulho familiar, adulação perante os outros, sentimentos de inferioridade e baixa auto-estima.
  • A 3ª perna mais alta exprime o desejo de ser adulado pelos outros e se destacar da massa.
  • A 3ª perna mais pequena revela grande preocupação consigo e desprezo pela sociedade.
  • Com quatro pernas, reflecte distracção, stresse e ansiedade.
  • Pernas baixas indicam modéstia ou falta de confiança em si mesmo.
  • Pernas estreitas estão conotadas com inibição, timidez, falta de confiança em si mesmo e retracção do eu.
  • Pernas largas remetem para auto-confiança, expansão e curiosidade.
  • Filiforme (em forme de fio) indicia ocultação, falta de transparência e impostura.
  • Anelado (em forma de anel) reporta para facilidade de expressão, amabilidade, tacto e diplomacia.
  • Fragmentado está associado a cansaço, fadiga e angústia.
  • Complicado evidencia ostentação e vaidade.
  • Anguloso pode interpretar-se como sinal de desejo de liderança, frieza, inflexibilidade, resistência às influências externas, adaptação difícil ao modelo e agressividade.

Devido ao seu formato e à sua extensão esta letra pode apresentar um interesse especial para os grafólogos.

16 fevereiro, 2009

Ambiente gráfico positivo ou negativo?


Os alunos quando começam a trabalhar com os perfis grafológicos manifestam alguma dúvida para determinar o sentido positivo ou negativo do “ambiente” gráfico.

Não podemos perder de vista o fato de que num ambiente positivo, devemos encontrar certos defeitos, assim como num ambiente negativo devemos buscar coisas boas.

As dúvidas decorrem do fato de pensarmos que num ambiente positivo só encontraremos coisas positivas, e que num ambiente negativo só detectaremos coisas negativas. Isto não é verdade.

Lembro sempre aos alunos que não somos apenas positivos ou apenas negativos. Somos um somatório de aspectos positivos e negativos, havendo sempre a predominância de um sobre o outro. Somente em teoria é que analisamos os aspectos como positivos ou negativos.

Na verdade devemos considerar que, por mais que um ambiente gráfico seja positivo, nele vamos encontrar, através de pequenos gestos ou micro-gestos, os sinais que vão dizer do “outro lado” daquela personalidade que pode, num momento inoportuno, se revelar e se mostrar de outra forma.

Vamos dar como exemplo o caso de uma letra de tamanho pequeno, estreita, mas com bom aproveitamento do espaço, mostrando claridade e legibilidade. Isto nos dará, imediatamente, um ambiente gráfico positivo. Todavia, não podemos desconhecer que essa mesma pessoa pode, em certos momentos, ter atitudes de avareza (escrita pequena e estreita) pois, este é o informe negativo desse mesmo gesto gráfico. Igualmente, quando estamos trabalhando em um ambiente gráfico negativo, temos de levar em conta as possíveis atitudes positivas desse mesmo ambiente.

E por ai se vai trabalhando, num processo de mão dupla (mão e contramão), encontrando aspectos positivos (que contêm os negativos e vice-versa), sem deixar de ter em conta as dominantes da grafia, analisando cada sinal sempre dentro do seu contexto e, também, sem perder de vista o temperamento sanguineo do indivíduo, que pode nos indicar exatamente “o outro lado”, assunto muito bem explanado por Jean-Charles Gille-Maisani em “Grupo Sanguíneo y Personalidad”, Ed. Herder, 1994, obra que estou sempre a indicar.

Costumo dizer aos alunos que ninguém é 100% positivo e nem 100% negativo. Assim, temos de reconhecer, através do método grafológico, os quantitativos negativos existentes num ambiente positivo e, igualmente, os quantitativos positivos constante num ambiente negativo.

Prof. Eduardo Evangelista

A Grafologia na História...






"O homem que escreve desenha inconscientemente sua natureza interior.

A escrita consciente é um desenho inconsciente, sinal e retrato de si mesmo."

Max Pulver


Max Pulver



Grafólogo nascido em 1889 em Berna, Suiça. Doutor em História Antiga, Psicologia e Filosofia na Universidade de Estrasburgo, Leipzig e Freiburg. Em 1917 fez curso de Grafologia na Universidade de Zurique. Escreveu Symbolik der handschrift, em 1931 onde desenvolveu a teoria do Simbolismo do Espaço Gráfico, trazendo à Grafologia noções de Fenomenologia e, acima de tudo, estabelecendo ligações entre os elementos grafológicos e dados da Psicanálise. É considerado o maior de todos os grafólogos. Faleceu em Zurique em junho de 1952.

13 fevereiro, 2009

Reconhecimento oficial do nosso trabalho


Recebi no dia 12 deste, da Sociedade Brasileira de Grafologia (SOBRAG), o e-mail abaixo que muito nos honra e incentiva a continuarmos o nosso trabalho em prol da Grafologia no Brasil.



"Parabéns, Professor Eduardo Evangelista, em nome da Sobrag, pela forma ética, técnica e dedicada como trabalha com a grafologia, frequentemente promovendo seus colegas e propagando informações.

Com os votos de pleno Sucesso!
Cristianne Valladares

Sociedade Brasileira de Grafologia - Sobrag
www.sobrag.com.br
sobrag@sobrag.com.br"

Biblioteca do Goethe-Institut (Salvador)


Visitando esta semana o Instituto Cultural Brasil-Alemanha, para tratar de assuntos culturais, fui recebido pelo Professor Álvaro Almeida, responsável pela Biblioteca do Goethe-Institut (ICBA) que me apresentou as instalações e o valiosíssimo acervo ali existente, composto de livros, fitas cassete, vídeos, dvds, cd-rooms e revistas.

O Goethe-Institut é uma organização internacional dedicada ao fomento do diálogo entre as culturas e da comunicação entre os países. Em Salvador trabalha em parceria com o ICBA (Instituto Cultural Brasil-Alemanha) e realiza intensa colaboração com as principais instituições culturais brasileiras e européias, universitárias, governamentais e não-governamentais, centros de informação e bibliotecas da cidade e do Estado.

A Biblioteca do Goethe-Institut é de livre acesso e aberta ao público em geral. Fornece informações sobre a Alemanha e dispõe de materiais bibliográficos e audiovisuais sobre a cultura e civilização alemãs nas áreas de filosofia, literatura, artes, história contemporânea e língua alemã.

Funciona pela manhã (quinta-feira e sábado, das 9h às 12h30) e tarde/noite (segunda a quinta-feira das 16h às 20h). Outras informações: 71 - 3338 4700 ou bibl@salvadorbahia.goethe.org

05 fevereiro, 2009

Pintas do i e do j

As pintas do i e do j estão relacionadas com o estado anímico e emocional, com a precisão, com a auto-afirmação e com o sentido responsabilidade do escrevente.
A letra mais estreita de todas e o traço mais pequeno podem ter um grande significado. Aqui, como noutros domínios da acção e do saber, podemos dizer que é através dos pequenos gestos que se revelam as grandes personalidades.
  • A pinta colocada exactamente sobre as letras i e j significa precisão, exactidão, atenção, pontualidade e regularidade.
  • Colocada à frente é sinónimo de agilidade, extroversão, iniciativa, ambição, impulsividade, inconstância e impaciência.
  • Colocada atrás induz cautela, ponderação, introversão, reserva, ligação ao passado, prudência, desconfiança, timidez e tendência para adiar compromissos.
  • Colocada baixa indica pragmatismo, debilidade e falta de receptividade a questões espirituais.
  • Alta reporta para o sonho, o idealismo, o misticismo, a religiosidade e a utopia.
  • Quase colada à haste corresponde a agilidade, precisão, prática, poder de concentração e atenção aos detalhes.
  • Com forma circular está relacionada com excentricidade, imaginação, fantasia, sentido poético, infantilidade e pensamento mágico.
  • Com forma angular faz lembrar agressividade, tensão e ressentimento.
  • Ligada à letra seguinte expressa perspicácia, inteligência e agilidade.
  • Com fraca pressão exprime timidez, fraqueza e problemas de auto-afirmação.
  • Grossa e pesada indicia cansaço e ligeira depressão.
  • A ausência de pinta relaciona-se com descuido, imprecisão, excentricidade e falta de organização.

As pintas do i e do j em forma bolinha aparecem com alguma frequência nas pré-adolescentes, ao passo que nos adultos, especialmente nos do sexo masculino, são raras e, por isso, num e noutro casos têm uma interpretação diferente. Na menina pretende impressionar e chamar a atenção. No adulto reflecte imaturidade e fantasia.

04 fevereiro, 2009

N O V I D A D E S !


Em março o Gabinete Grafológico Prof. Eduardo Evangelista estará lançando os seguintes programas:

1) Curso de FORMAÇÃO DE GRAFÓLOGO PROFISSIONAL da Sociedade Brasileira de Grafologia (duração de 1 ano)

2) Curso COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS ATRAVÉS DA GRAFOLOGIA

3) Curso INTRODUÇÃO À GRAFOTERAPIA.

AGUARDEM AGUARDEM AGUARDEM AGUARDEM AGUARDEM

Revista Digital Grafo


Acabo de receber comunicado das Diretoras da Revista Digital Grafo (Adriana Masuello e Roxana Bidoglio), editada na Argentina, no qual me convidam para escrever sobre Grafologia naquela revista e enviar notícias sobre as atividades grafológicas no Brasil.

Para receber gratuitamente a revista os interessados devem escrever para revistadigitalgrafo@yahoo.com.ar

Necessário esclarecer que, uma vez fazendo parte da subscrição, não é permitido o envio da revista a terceiros, sendo isto passível de exclusão da lista de assinantes.

Declaro que os conteúdos são muito interessantes, escritos com grande profundidade e responsabilidade.

Destaque para o documento "Individualidad de la Escritura", sobre a atividade de perícias grafológicas nos Tribunais Jurídicos Norte Americanos.

03 fevereiro, 2009

Expressões gráficas da Fidelidade


La palabra “fidelidad”, del latín “fidelitas”, hace referencia a la fe que una persona debe a otra, o a alguna cosa o proyecto. Es, en definitiva, la afirmación de un compromiso con alguien o con algo.

Generalmente, la fidelidad viene asociada al matrimonio, como sumo ejemplo de un compromiso tan fuerte como es el amor. La fidelidad, como lealtad, se refiere a otro tipo de relaciones personales, como pueden ser la amistad o el compañerismo. Pero tanto fidelidad como lealtad pueden entenderse referidas a todo compromiso humano, sea con persona, con objeto, con proyecto, o incluso con uno mismo.

Podríamos decir que la fidelidad responde a las siguiente fórmula sumatoria de componentes psicológicos:

Fidelidad =
= sinceridad + seguridad en sí mismo + estabilidad emocional + constancia.

Vamos a analizar estos ingredientes de la fidelidad, haciendo hincapié en los items grafológicos que también los definen:

- Sinceridad: No sólo entendida como veracidad, sino también como confianza, la sinceridad es la base de todo compromiso firme.

En la escritura, se manifestará con un contexto legible y claro, una firma libre de arropamientos. La forma será curva, con predominio de guirnaldas y simplificada, los óvalos sencillos y el conjunto espontáneo y fluido.

- Seguridad en sí mismo: Alguien inseguro de sí mismo nunca podrá estar seguro ni de sus compañeros en afectos, ni de nada de lo que pueda emprender fundamentando un compromiso. Autoconfiar en sí, para confiar en lo/los demás es también premisa imprescindible para construir una fe mutua.

Los rasgos gráficos compondrán una escritura extendida, de trazado fluido, dinámico y seguro, con rasgos progresivos, formas personalizadas y ligera inclinación a la derecha, así como ascendencia ligera tanto en los renglones del texto como de la firma, y siendo esta última semejante al texto en forma y tamaño.

- Estabilidad emocional: Autocontrol tanto de las emociones como de las actitudes frente a posibles cambios o presiones que pudiesen desestabilizar el compromiso adquirido.

Su manifestación en el texto escrito se fundamenta en el orden, la sencillez y la claridad. La inclinación de la escritura será recta y guardando cierta armonía de conjunto, contando con trazos progresivos y una firma clara, legible y concordante con el texto tanto en formas como en tamaño.

- Constancia: Es la cadena que reafirma el compromiso, la continuidad en los afectos, en los propósitos o en las decisiones.

Se reflejará en un escrito de coligamento agrupado o ligado y en una regularidad y uniformidad en el conjunto del trazado. El detalle de las barras de la “t” hacia abajo fortalecen la perseverancia, así como la doble barra indica noble tesón en todo lo que se acomete.

Sandra Cerro
Grafóloga e Perito Calígrafo residente em Madri.

02 fevereiro, 2009

Psicodiagnóstico por Meio da Escrita


Com tradução magistral dos nossos colegas Erwin André Leibl e Paulo Sérgio de Camargo, a Vetor Editora colocou no mercado o livro Psicodiagnóstico por Meio da Escrita: Grafoanálise Transacional, escrito por Francisco Viñals e María Luz Puente.

O objetivo da obra é trazer uma nova maneira de diagnosticar a personalidade, orientada do ponto de vista da psicologia pós-freudiana e mediante a grafoanálise como técnica habilitada da grafologia científica. Com base no diagnóstico das tipologias clássicas, proporcionadas pela grafoanálise com relação ao temperamento e ao caráter, os autores apontam para o estudo da parte mais profunda da personalidade, por meio de uma das mais avançadas tipologias psicanalíticas: a Análise Transacional, que detecta também os elementos da inteligência emocional refletida na escrita.

Com esse material, é possível aprender sobre como avaliar as características da escrita com uma metodologia eminentemente pedagógica a fim de obter um eficaz e completo retrato de tendências, predisposições e modos comportamentais do indivíduo.

01 fevereiro, 2009

André Leibl - Presença que nos honra!


Escreve-nos o querido colega André (Erwin André Leibl), um dos mais importantes grafólgoos do Brasil, ex-Presidente da Sociedade Brasileira de Grafologia no período de 1998 a 2001, incentivando-nos em nossas atividades grafológicas e anunciando que se fará presente neste Blog. André é um dos principais tradutores de grafologia em língua portuguesa.
" São Paulo, 31 de Janeiro de 2009

Amigo Evangelista,

Antes de mais nada, chame-me de André, por favor! Estou agradavelmente surpreso e muito contente por ter sido lembrado por você, um dos esteios da gafologia no Brasil. Vi o blog e está muito bom, onde fiquei contente pelo contato com a professora Isabel da grafoterapia, fazia tempo que não sabia dela. Você leu o Psicodiagnóstico por meio da Escrita, de Viñals e Puentes, ed Vetor, (http://www.vetoreditora.com.br/)? Tata da grafo e sua correlação com a Analise Transacional. Gostei do artigo da Cristina, além disso estou em estreito contato com ela, pois espero dar aula de grafo italiana no espaço pedagógico que ela mantém. Muito, mas muito contente mesmo com o movimento de alunos que você mantém. Tomarei a liberdade de, de vez em quando, palpitar no seu blog.


Abraços grafológicos,

André"
A presença do colega André neste Blog é, não somente um privilégio, mas uma honra!

Um linda árvore numa magnífica paisagem

Fotografia extraída de powerpoint de A. M. Carvalho
A árvore é dotada dum grande simbolismo.
Os traços do desenho duma árvore têm interpretação semelhante aos de uma página manuscrita.
As letras têm hastes, um corpo central e pernas. A árvore tem copa, tronco e raízes.
Os testes grafológico e da árvore completam-se mutuamente na elaboração do perfil psicológico da personalidade.
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