31 dezembro, 2009

Confraternização!










Com uma aula totalmente adaptada ao ambiente de um sítio, o Gabinete Grafológico Prof. Eduardo Evangelista encerrou no dia 19 de Dezembro as atividades do ano, reunindo seus alunos em torno de muitas comemorações.

Nossa aluna Simone Diniz foi a anfitriã e nos recebeu no seu sítio na Vila de Abrantes (Litoral Norte de Salvador) com um largo sorriso e muitas frutastropicais.

O Prof. Eduardo, como havia planejado, deu sua aula especial e nas fotos pode-se ver a concentração dos alunos estudando e resolvendo questões grafológicas.

Por volta das 12 horas encerraram-se as atividades acadêmicas e teve início a parte recereativa do encontro, com muita música, banho de piscina, aperitivos, tira-gostos e muita animação. Às 13 horas foi servido uma deliciosa feijoada, gentileza da anfitriã, acompanhada de outras tantas iguarias que os alunos levaram.

Após o almoço a aluna SELMA BOROWISKY fez várias apresentações de danças indianas, tendo em alguns momentos convidado os presentes para também dançarem. Houve também trocas de presentes e muita integração entre todos.

Encerramos assim as atividades de 2009 com muita paz, alegria e muitos projetos para 2010.

O Gabinete Grafológico Prof. Eduardo Evangelista agradece a todos e espera continuar contando com o apoio indispensável e a participação preciosa de cada um de seus alunos.

FELIZ 2010 PARA TODOS!

27 dezembro, 2009

Van Gogh

Auto-retrato de Van Gogh
Vicent Willen Van Gogh (1853-1890), foi um genial pintor pós-impressionista holandês, com grande sentimento religioso pela vida e pela natureza.
O estudo das suas cartas para o seu irmão Theo e para outros correspondentes (que podem ser consultadas em www. vangoghletters.org/vg) provam que Van Gogh não era uma personagem tão louca nem tão pobre como tem sido pintada. Ele afirmava que não conhecia outra via que não fosse a de bater-se com a Natureza até que ela lhe libertasse o seu segredo. Além da pintura, lia e escrevia muito, lembrando que “é tão interessante e tão difícil dizer bem uma coisa como pintá-la”.
Van Gogh foi um pintor apaixonado e verdadeiro. Viveu intensamente a sua vida, apesar da sua morte prematura.
Após o desentendimento com Gauguin, voltou para Paris e entrou em depressão. Teve ataques de violência e ficou agressivo. Foi neste período que chegou a cortar uma orelha. A situação depressiva não regrediu e, em Julho 1890, disparou sobre si próprio e morreu com 37 anos de idade.
Van Gogh continua a viver nos seus inúmeros quadros de tons puros e pinceladas firmes, irregulares, carregadas e rápidas que dão uma sensação de leveza à sua obra e transformam Os Girassóis numa obra ímpar.

A sua escrita simples, sem artificialidade, espaçada, com algumas letras isoladas, ovais abertos na parte superior, com inclinação variável, predominância das zonas média e superior, traços descendentes muito carregados, confirma uma personalidade sincera, com grande intuição, multifacetada, ambiciosa e determinada.

20 dezembro, 2009

Renna Nezos

Renna Nezos, nascida na Grécia, em 1931, estudou grafologia em Paris, onde exerceu como grafóloga 20 anos e mudou-se para Londres. Constituiu a Academia Britânica de Grafologia, em 1985, e a Faculdade Londrina de Grafologia (considerada pelo governo britânico a instituição grafológica mais credenciada do Reino Unido e onde Renna lecciona esta ciência). Formou a editora Scriptor Books que edita e traduz livros da especialidade. Em 1999, criou o Instituto Grego de Grafologia, em Atenas, Grécia.
Dedica-se ao ensino e à investigação da Grafologia há mais de trinta anos. É diplomada pelo Instituto Internacional de Pesquisas Grafológicas. Representa no Reino Unido a Société Française de Graphologie e o Groupement des Graphologues Conseils de France, é membro honorário da Agrupacion de Grafoanalistas Consultivos (Espanha) e do Centro Internazionale di Grafologia Medica (Roma), e é correspondente da Associazone Italiana Grafoanalisi per l'Éta Evolutiva (Torim, Itália).
Renna foi co-fundadora da Associação Deontológica Europeia de Grafólogos (ADEG), a mais importante instituição internacional do género a nível mundial, de que foi presidente por três vezes- Escreveu numerosos artigos. Publicou os livros: Graphology - The Interpretation of Handwriting (1986), pesquisa cuidadosa e análise de escritas com a finalidade de detectar vários aspectos da personalidade); Advanced Graphology (1992), com muita informação e uma grande quantidade de amostras de escrita); Judicial Graphology (1994), onde coloca em evidência elementos inconscientes da escrita, tornando-se, por isso, uma obra de referência para os peritos forenses).
Para Renna Nezos, nenhum sinal assume um significado fixo, porque cada sinal é valorizado conforme o número de vezes que aparece na página, a zona onde se localiza, o seu contexto e formnivel do grafismo.

17 dezembro, 2009

Reportagem publicada no Globo em 12 de dezembro de 2009.
Cumpre realçar que o grafólogo não realiza diagnósticos médicos em nenhuma hipótese.


16 dezembro, 2009

Ludwig Klages

Friedrich Konrad Eduard Wilhelm Ludwig Klages (1872-1956) foi filósofo, psicólogo e grafólogo alemão. Sofreu algumas influências de Friedrich Nietzsche. Fundou a Sociedade Alemã de Grafologia. Entre as obras que escreveu contam-se Os problemas de grafologia (1910), a obra clássica A Escrita e o Carácter (1917) e Introdução à psicologia da escrita à mão (1924).

Klages criou o conceito de formnivel (nível de forma) que expressa a energia vital ou intensidade de vida. O formnivel positivo ou negativo refere-se ao conjunto (visão global) da grafia e não apenas ao género forma. Para este filósofo e grafólogo em cada ser humano existem dois princípios – o espírito e a vida – sempre em perpétua luta entre si.

Em Klages, cada sinal gráfico pode ter vários significados, dependendo do ritmo pessoal da escrita. Com ele a grafologia adquire, na Alemanha, o estatuto de ciência e passa a ser ensinada na Universidade.

Para este autor, nas escritas com maior irregularidade predomina a vontade e naquelas com menor irregularidade, a falta de força de vontade (domínio de instintos, impulsividade, paixão e impetuosidade). Mas uma escrita irregular pode ser de um aventureiro errante, sem carácter, ou de um génio como Beethoven, com impetuosidade e paixão. Por isso, não se pode olhar apenas à regularidade ou irregularidade da escrita, mas em primeiro deve-se colher o ritmo.

Para apreciar o ritmo, Klages aconselha o grafólogo a inverter o texto (a voltar a folha debaixo para cima), a fim de se livrar de qualquer preferência pessoal e obter uma imagem pura do substrato da escrita. Quanto mais natural for a letra maior formnivel possui. O autor tem sempre presente o dualismo expressivo dos sinais gráficos: “a continuidade do movimento sem perturbações do traçado é tanto sinal de calma como de falta de sensibilidade” (A escrita e o carácter). A vida manifesta-se através do ritmo e este é uma manifestação primordial da vida que está constantemente no início. O espírito reprime o ritmo, através da força reguladora da norma. Cada movimento humano tem uma forma original, incluindo o movimento gráfico. Uma escrita será tanto mais original quanto mais profundo for o grafismo. Qualquer exagero diminui o nível do valor expressivo do sinal gráfico. A proporção e a regularidade aumentam o formnivel.

O autor recorda que é preciso medir a intensidade do impulso vital e a intensidade da resistência, porque pode haver um grande impulso e uma maior resistência ou um pequeno impulso sem resistência. Exemplifica com o caso de duas crianças que perante o desejo de colher uma tulipa, uma colhe-a imediatamente e a outra abstém-se. Mas a que se abstém pode ter maior desejo (maior impulsividade instintiva) do que a criança que a colhe, mas ficar inibida por medo da punição (força antagónica). Segundo a teoria de Klages, a própria vida alimenta um instinto e o seu contrário para que ambos adquiram uma força que os leve a afirmarem-se como riqueza de vida ou vacuidade, impulso ou sua ausência.

Assim, como cada canção tem o seu ritmo (que não se confunde com compasso porque este não tem alma, é mecânico), cada ser humano tem o seu ritmo de vida, espécie de onda original que produz sempre formas semelhantes, mas nunca iguais, porque “o ritmo é a manifestação primordial da vida”. O relógio e o compressor, diz Klages, têm ambos compassos, mas não têm ritmo. A vida da escrita está na força do seu nível formnivel, no seu movimento original. A força criadora do grafismo pode não ser completamente harmónica, como é o caso da escrita de Beethoven, mas que tem uma força criadora indiscutível.

15 dezembro, 2009


Unha do criminoso - III parte
O TRAÇO REGRESSIVO

O traço regressivo indica que o escritor procura compensações, algumas devido as necessidades emocionais e dificuldades materiais que teve na infância. (volta ao passado, mãe, útero etc., Pulver) Como a direção do traço é anômala, tenta resolver isto da maneira que não é a mais razoável; ou se adapta a padrões descontínuos, muitas vezes de forma inconsciente. Pode ou não existir constância nas atitudes, mas em geral é não estão em equilíbrio com o meio, especialmente porque no plano interno, as tensões ficam em permanente ebulição.
Em geral a escrita regressiva assinala falta de espontaneidade. Preocupação em tomar iniciativas. Concentração em si mesmo, reserva, prudência e reflexão. Os estímulos ficam mais do que o tempo necessário, causando tensões que inibem o ritmo. Predomínio das tendências individuais sobre as coletivas. Atua muito mais por gostos próprios do que pelas normas. Avidez e necessidade de guardar para o futuro. Solidão e timidez.
Com ângulos; egocentrismo, indisciplina e falta de adaptação (Desurvire).

Interpretação de Klages para o traço regressivo:
Energia, independência, resolução, instinto de conservação, "altruísmo". Necessidade de apropriação, interesse próprio, falta de compaixão, avidez, indiferença, avareza, inveja, maldade, "ressentimento". ("Expression du caractère dans l'ecriture", Delachaux & Niestlé, 1953).



A unha do criminoso na letra P é bastante visível. O traço é acentuado pela existência de ângulos. A agressividade se mistura com sinais de insinceridade e dissimulação.



O escritor pode até mesmo ter dinheiro e bens, mas não conseguirá suprir aquilo que não teve na infância e dificilmente vai fechar este ciclo sem ajuda de especialistas. Portanto a necessidade de ter e reter vai continuar e com certa tendência a se exacerbar; pois não sabe trabalhar com suas frustrações.

O traço é amenizado quando o final se atenua em pequeno laço; voltado para à direita.
Quando o traço fica suspenso, tocando na linha imaginária da censura (limite entre a zona média e a zona inferior), a interpretação de desonestidade é facilmente observada. Embora nem sempre a desonestidade é considera um crime.

Neste caso observa-se que o movimento do escritor se dirige para cima; mas a intenção não é voltar a zona média; a arcada se torna maior. A interpretação diz que o mantém uma posição até certo ponto, para depois tomar a contrária; negando tudo que disse anteriormente. As mudanças ocorrem no plano emocional, físico, efetivo et.c; o escritor faz isto como um meio de sobrevivência. (Karohs)


O traço é projetado para a zona superior. Decididamente vai de encontro a zona média (onde ocorrem os conflitos), mas não chega a penetrar nela, quando isto ocorre o descontrole é maior e a pessoa já externou isto de forma visível. Neste exemplo ainda existe a tentativa de ocultar as intenções. Traços ligados a mudanças emocionais. Observa-se a problemática ligada a esfera sexual. A letra G não sobe até a zona média.

O grafólogo precisa observar que os sinais de desonestidade para serem confirmados devem ser acompanhados por signos de avareza e cobiça (arpões nas palavras iniciais e finais, falta ou margens estreitas, traços finais ausentes o curtos; unha de gato; traços regressivos)
Sem eles, a interpretação muda; especialmente se a pressão for pastosa, a escrita suja, invasiva etc. Nestes casos se acentua a problemática na esfera sexual. Nota-se a combinação de culpa e hostilidade, como o traço está na zona inferior; na maioria das vezes isto é inconsciente.

O traço regressivo, por excelência, nos remete ao passado, a infância; como normalmente termina no lado esquerdo; existem sentimentos e emoções não resolvidas nesta fase; elas estão presentes agora; mesmo que inconscientes; são fortes para influir de forma decisiva na maneira como escritor age.
Algo não revolvido ficou para trás; existe um sentimento de injustiça; existe a necessidade de punição (ou auto) e/ou justificação para os fatos ocorridos; enfim, não se sabe trabalhar com os acontecimentos do passados de maneira adequada.
Muitas vezes são pessoas convencionais e até mesmo de rigorosa educação religiosa. Segundo a grafóloga americana Amend-Ruiz, elas foram obrigadas a aceitar as normas e regras da sociedade. Não só têm o sentimento indefinido de fazer errado, mas também têm uma profunda necessidade de ser punidos por estes sentimentos.

O sentimento de culpa torna difícil a convivência; normalmente, são defensivas e muitas vezes colocam em seu inconsciente a culpa nos outros por suas dificuldades.
Como resultado de uma educação rigorosa, podem concluir que o sexo é mau e se sentem culpados pelos atos sexuais durante a puberdade.


Outra interpretação consistente neste movimento é a raiva. Assim quando escuta algo que não lhe convém, passa a culpar o outro por seus próprios erros (transferência). Nota-se a falta de assertividade. “A culpa não é da mensagem e sim do mensageiro”.

O escritor pratica uma espécie de autossabotagem emocional e pessoal; acredita no ganho secundário da satisfação que tem em agir desta forma. Trata-se, portanto de um traço bastante ligado ao masoquismo, especialmente quando a escrita for angulosa, com arpões, facas, traços acerados, em clava etc.

O Bibliografia será citada no final da série.

Paulo Sergio de CamargoGrafologia - Linguagem não-verbal

http://grafonautas.blogspot.com/

http://www.lingcorporal.com.br/









14 dezembro, 2009

Max Pulver

Max Albert Eugen Pulver (1889–1952), filósofo, psicanalista, escritor e grafólogo suíço, baseado na teoria do inconsciente colectivo de Jung, desenvolveu a interpretação psicológica do simbolismo do espaço gráfico, introduzindo as técnicas psicanalíticas no estudo da escrita.

Ensinou grafologia no Instituto de Psicologia Aplicada de Zurique, fundou a Sociedade Grafológica de Neuchatel e escreveu obras de referência como, Symbolik der Handschkrft, (1931), Person, Charakter, Schicksal (1944), Der Intelligenzausdruck in der Handschrift(1949).

Segundo Pulver, o escrevente, através das formas verbais, projecta-se inconscientemente a si mesmo no espaço da página atraído pelos vectores: alto, baixo, esquerdo, direito. Em cima, estão a imaginação, as ideias, a moral, o bem, o dia, o céu, o intelecto, o pai, o espírito e Deus. Em baixo, estão os instintos, a materialidade, a sexualidade, a noite, o mal, o inconsciente, a terra, a escuridão e o Demónio. À esquerda, o princípio, o passado, a família, a mãe e a interioridade. Á direita, o tu, o futuro, o fim, o mundo exterior, o outro e o desconhecido. O centro está associado ao coração, à afectividade, à acção, ao eu e à realidade. A cabeça erguida é sinal de alegria, a cabeça baixa, sinal de tristeza.

Esta visão simbólica do espaço gráfico (com seus arquétipos ou forças dominantes: direita, esquerda, alto, baixo), elaborada Max Pulver e retomada por alguns grafólogos contemporâneos, abrange as letras, as palavras, as margens, os espaços em branco, as margens, a inclinação, a pontuação, dos traços dos tt, a colocação da assinatura.

Para Pulver, a escrita da esquerda para a direita do mundo ocidental simboliza o movimento em direcção ao tu, ao exterior, à expansão. Ao passo que, é uma característica do mundo oriental (árabe e semita) a tendência para voltar às origens, aos valores do passado e à meditação.

Este simbolismo espacial pulveriano não se opõe aos movimentos neurofisiológicos, mas, pelo contrário, confirma-os. Ele é aplicado não só na escrita, mas também na interpretação de testes projectivos e desenhos. Todavia, já, Platão, no Timeu, se refere ao Kora, em que o ser (espaço) está acima, o estar (espaço concreto) está abaixo, o mito está à esquerda e o logos à direita.

Dentro destes conceitos, uma zona superior predominante (prolongamentos superiores das letras) pode denotar orgulho, domínio do pensamento, da criatividade, do sonho da espiritualidade, idealismo, utopias, gosto pela reflexão, pelo mundo das ideias, pelo essencial das coisas. Uma zona média predominante (zona média das letras e os ovais), com realce das letras a, c, e, m, n, o, r, s, u, v, w, x em detrimento das restantes, pode indicar domínio do sentimento, da afectividade, da emoção, sensibilidade. Uma zona inferior predominante (prolongamentos inferiores das letras) pode referir-se à materialidade, à realização concreta, à sensualidade e aos instintos. Estas características observam-se nas pernas consoantes g, j, p, q, y, z e f.

Pulver inventariou um conjunto de sinais de insinceridade e afirmou que “o escrevente desenha inconscientemente a sua própria natureza interior”.

07 dezembro, 2009

Evento na SOBRAG








Dia 4 de Dezembro a SOBRAG - Sociedade Brasileira de Grafologia realizou um evento em sua sede (São Paulo), encerrando as suas atividades de 2009.

Houve uma palestra de Paulo Sergio de Camargo sobre NOVAS TENDÊNCIAS DA GRAFOLOGIA MUNDIAL - TERMINOLOGIA DA ESCOLA FRANCESA e depois a Certificação e Boas Vindas a novos Membros Efetivos da nossa sociedade.

O evento foi aberto com as palavras da nossa Presidente, Lena Santos, através de mensagens gravadas em vídeo, mostrando as dificuldades que existem na condução dos destinos da entidade e da necessidade da união de esforços para que possamos superar essas mesmas dificuldades.

Através de vídeo-conferência, o evento foi tansmitido para Recife, aonde um grupo de grafólogos não só assistiu como participou ativamente em vários momentos.

Seguiu-se a palestra de Paulo Sergio de Camargo e antes que a Presidente encerrasse o encontro, pude falar para agradecer o convite e a acolhida, ao tempo em que ofereci à Biblioteca da Sobrag um exemplar da edição histórica de "A GRAPHOLOGIA EM MEDICINA LEGAL", escrito originalmente em 1900 pelo nosso ilustre grafólogo Doutor José de Aguiar Costa Pinto. Comuniquei oficialmente a realização de um evento em Salvador, em Setembro do próximo ano, quando estaremos comemorando meus 30 anos de vinculação à Sobrag e meus 20 anos como professor de grafologia.

O evento propiciou o encontro de muitos colegas que ainda não me conheciam pessoalmente.

Acima, algumas fotos do evento (1 - Secretaria da Sobrag, com Ane e Christianne Valladares; 2 - Lena Santos, Presidente, abrindo o evento; 3 - Carlos Mussato, André Leibl, Edilson Fernandes e Eduardo Evangelista; 4 - Regina Swartzman e Eduardo Evangelista; 5 - Nanci Augusta Fernandes conversando com Carlos Mussato; 6 - colegas conversando antes do evento; 7 - Paulo Sergio de Camargo, Eduardo Evangelista, Christianne Valladares e Regina Swartzman; 8 - Eduardo Evangelista, Nanci Augusta Fernandes, Carlos Mussato e André Leibl.

01 dezembro, 2009


Unha do criminoso - II parte



Forma e localização
A maioria dos traços ocorre na zona inferior e eventualmente na zona média. Muitas vezes de forma camuflada na letra s minúscula nos finais das palavras. De acordo com as teorias jaminianas, o traço que ocupa restrito lugar no espaço é mais importante psicologicamente do que os vistosos.
Para a perfeita análise devemos observar tanto a forma como a pressão dos traços e não somente sua localização. É certo que este traçado inibe o ritmo da escrita; como qualquer outro sinal regressivo. Em muitos casos pode ser considerado como exemplo de escrita bizarra; inacabada e muitas vezes suspensa.







A configuração do traço é bem visível. O ângulo se inicia abaixo da zona média; sobe para esta e depois desce para em forma de curva para a zona inferior. O traço descendente indica intenção; vontade, quanto maior, mais o planejamento; o ato consciente – quando ultrapassa a linha de base (censura) mostra falta de controle. O ângulo então é um freio brusco, de contenção; ao mesmo tempo a curva é de amenidade – portanto no mesmo traço convivem; ímpeto, descontrole, contenção, repressão e o relaxamento (curva); mas esta se faz em forma de arcada (dissimulação, ocultação). Portanto um traço em franco e desenvolvido conflito; o impulso é bastante contraditório e ocorre na zona do inconsciente.


Neste exemplo a letra anterior vem precedida do traço de Mitomania Tipo I; expressa a tendência a fixar-se em uma idéia, a inventar fatos imaginários, a dar uma interpretação subjetiva a fatos reais; expressão de um fantasiar por cima e fora das coisas



Como se posiciona na zona inferior assinala os impulsos inconscientes, materialistas, sexuais, de acordo com as teorias de Pulver.
O que existe são impulsos extremamente contraditórios no movimento grafoescritural, o traço que se prolonga em linha descendente; vertical; é regido pela flexão muscular; na direção do corpo do próprio escritor.
O traço que deveria em sua continuação se transformar em curva e subir – em um movimento de relaxamento para se contrapor a pressão exercida na descida repentinamente se torna um ângulo de aproximadamente zero grau. Caso parasse logo após se transformaria em um arpão ou ganho; todavia continua em uma direção regressiva e em forma de arcada.
Prontidão nas respostas, mas também dissimulação.
Intepretações iniciais
As atitudes do escritor, portanto, são inesperadas.
A escrita regressiva na zona inferior sempre acentua as características do inconsciente. A arcada regressiva é movimento de ocultação, voltada para a esquerda demonstra oposição e vontade de obter aquilo que deseja por qualquer meio; especialmente aqueles não considerados normais.
As interpretações estão ligadas a culpa na esfera sexual, ciúmes, avareza etc.


A bibliografia será descrita no último post.

Paulo Sergio de Camargo

Grafologia - Linguagem corporal

http://grafonautas.blogspot.com/

http://www.lingcorporal.com.br/

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