As formas e os movimentos da escrita correspondem a um conjunto de “imagens” que se encontram no cérebro do seu autor.
O escrevente consciente ou inconscientemente para escrever tem que antecipar o formato dos grafismos que vai traçando no papel, numa interação constante entre mão, músculos e sistema nervoso.
As escritas variam de um escrevente para outro, porque as “imagens” são específicas de cada pessoa. E é por estas serem constantes dentro de cada sujeito e variarem de um sujeito para o outro que é possível a caraterização cientificamente aceitável duma personalidade com base na sua escrita.
Amostra A – escrita de 1988
Amostra B – escrita de 2011
Nas duas amostras apresentadas, com 23 anos de diferença uma da outra, podemos verificar algumas constantes que nos provam que os dois escritos são do mesmo autor, que o autor não sofreu alterações de personalidade e que mais ninguém poderia construir um texto com estrutura tão semelhante à do primeiro. E o caso torna-se ainda mais extraordinário se disser que o segundo texto foi traçado sem visionar o primeiro.
Só em obras saídas do mesmo punho se justificam ritmos, espaços, inclinações e ligações tão semelhantes. Sem deixar de reparar no pormenor do golpe de chicote da barra do t. Se as linhas aparecem mais distanciadas em A do que em B, é porque aqui o espaço para escrever era mais reduzido.
Estas caraterísticas, juntamente com as formas em movimento e a velocidade dos grafismos, provam o caráter dinâmico da personalidade do seu autor, atualmente com 64 anos.
0 comentários:
Postar um comentário