O microscópio amplia a visão do perito de escrita manual na observação de minúsculos linhas ou pontos. Certos pormenores que passam despercebidos ao próprio falsificador são evidenciados por um simples microscópio. A seguir à lupa, este instrumento de observação ótica é o mais comum no exame da escrita. São, por vezes, as mais ínfimas partículas que fazem a diferença. Os microscópios digitais, em relação aos clássicos, apresentam a vantagem de captarem a imagem, através de foto ou vídeo e enviá-la para o computador, onde pode, ainda, ser modificada com a ajuda de alguns programas de software. Na perícia da escrita manual não tem grande importância o alto poder de ampliação das imagens, como acontece no campo da biologia. O grafólogo observa sinais gráficos e não moléculas. Um microscópio permite aumentar o limite de resolução de 0,2 mm próprio do olho humano, mas, se for demasiado potente, poderá levar a confundir a “árvore com a floresta”. Interessa mais uma boa resolução e uma iluminação variada, episcópica como diacópica, que permita a observação dentro do espetro visível, do ultravioleta ou do infravermelho.
O perito trabalha mais como detetive do que como cientista, apesar de ter que ser rigoroso na fundamentação das suas conclusões. Necessita de ter um olho clínico, de olhar ao mesmo tempo para o particular e para o geral, para o elemento e para o seu contexto.
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