
Há crianças que, por sua iniciativa, abandonam o lápis, muito mais cedo do que outras, porque se sentem mais seguras no traçado e querem deixar uma marca mais duradoura no seu grafismo.
Nestes casos, o professor costuma acompanhar a evolução dos seus alunos, observando a distância dos dedos – polegar, indicador e médio – em relação ao papel, a espessura do utensílio e modo como este é segurado entre os dedos, tendo em consideração as melhores condições ergonómicas.
Uma esferográfica demasiado pesada, por exemplo, prejudica a qualidade da escrita e exige um esforço desnecessário à criança nos movimentos grafoescriturais.
As posições pedagógicas do docente e as vivências socioculturais da criança constituem factores predominantes para uma boa aprendizagem do manuseamento do instrumento da escrita mais apropriado e para o correspondente desenvolvimento de competências linguísticas. Pois, a gestualidade do ato gráfico não é uma propriedade inata ou básica, como são a alimentação ou a higiene pessoal, mas uma capacidade treinada que pressupõe a aquisição topológica do esquema corporal.