
Dotado duma atitude psicológica perspicaz, sem estudos específicos de psicologia, Moretti conseguiu transformar as próprias intuições em afirmações científicas. O seu método rigoroso e objectivo, baseia-se em "segni" precisos e quantificáveis que, na sua complexidade dinâmica, se tornam reveladores da personalidade do escrevente, visto que, segundo Palaferri, reflectem, directamente, a estrutura constitucional e psicológica do sujeito.
Moretti tinha uma visão unitária, complexa e dinâmica do homem, apesar de não se ter preocupado com a sistematização das categorias. Preocupou-se mais com a sua dinâmica e interacção. Afirmou que cada sinal grafológico devia ser considerado no seu movimento e não na sua forma. Classificou os sinais (segni) em substanciais, modificantes e acidentais. O seu sistema apresenta categorias ou géneros semelhantes aos de Crépieux-Jamin e outros originais. Criou uma tipologia caracterológica da personalidade humana: Cessione, Atesa, Resistenza e Assalto. A grafologia científica deve-lhe muito. Fez milhares de análises grafológicas. Os seus discípulos F. Giacometti, F. Merletti, N. Palaferri, S. Ruzza, L. Torbidoni, entre outros, continuaram a sua obra. Fundaram o Instituto G. Moretti e o ensino universitário da grafologia na Universidade de Urbino, em 1977. Hoje, publicam-se as revistas Scrittura e Scienze Umane & Grafologia, dentro do método moretiano. Este método atribui grande importância à bipolarização curva-ângulo, vontade-pensamento.
A obra de Moretti tem um valor mundial e continua a ser objecto de estudo e de congressos internacionais.
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