Max Pulver (1889-1956), grafólogo suíço, desenvolve o conceito do simbolismo espacial e aplica-o à escrita.
Já Platão, no Timeu, se refere ao Kora, em que o ser (espaço) está acima, o estar (espaço concreto) está abaixo, o mito está à esquerda e o logos à direita.
Além da grafologia, muitos testes gráficos e projetivos (teste da árvore de Koch/Stora, teste da família de Corman, teste das estrelas e das ondas de Avé-Lallemant, teste da figura humana, teste da criança à chuva de Crocetti (inspirado no teste de uma senhora à chuva de Fay), teste da figura humana de F. Goodenaugh, teste da paisagem, teste de Wartegg, o teste de Rorschach) adotaram esta simbologia espacial na interpretação da personalidade.
Na grafologia, o simbolismo pulveriano aplica-se à página inteira, à palavra ou a uma simples letra.
Observemos, por exemplo, a palavra traje, onde o escrevente desenvolve alguns sectores.
O indivíduo pode sentir-se como que atraído/repelido por cinco vetores: acima, abaixo, ao centro, à esquerda e à direita.
- Acima (zona superior – seta amarela) estão o dia, o céu, o bem, a imaginação, o intelecto, o espírito.
- Abaixo (zona inferior – seta vermelha) estão a noite, a terra, o mal, o inconsciente, a sensualidade, a materialidade.
- No centro (zona central – seta verde) estão o eu, o presente, o imediato, o sentimento, o autocontrolo.
- À esquerda (zona inicial – seta azul) estão o princípio, o passado, a mãe, a origem, a introversão, a interioridade, a conservação, a regressão, o egoísmo.
- À direita (zona final – cor castanha) estão o tu, o futuro, o fim, a extroversão, a sociabilidade, a iniciativa, a conquista, a atividade, a agressividade, a progressão.
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