CRIATIVIDADE E GÊNIO
Título original "CREATIVITÀ E GENIO" de autoria de ANTONELLO PIZZI - AIPS – Itália.
Tradução para o português: Elisabeth Romar.
"Não se nasce criativo. A criatividade é cultivada e regada regularmente com novas ideias".
Leonardo da Vinci
Inteligência e criatividade são faculdades interrelacionadas, porém distintas.
A inteligência é a capacidade de organizar e elaborar uma grande quantidade de dados, favorecendo o desenvolvimento do potencial criativo, porém não se identifica com ele: um alto QI não garante a criatividade. Uma significativa capacidade de dedução segundo as leis da lógica e da matemática, cria pensadores disciplinados, mas não necessariamente pessoas criativas, ter talento não significa que a pessoa seja gênio.
Se a inteligência é concebida como uma construção cujos limites estão descritos na sua totalidade pelos instrumentos de medição utilizados nas buscas empíricas, ou seja, se é medida como um conjunto das capacidades que contribuem para favorecer respostas corretas a perguntas de natureza verbal ou lógico-matemática, então devemos conceber a criatividade como separada da inteligência. Fornecer respostas corretas para as questões que requerem um amplo conhecimento e aplicação de regras e fórmulas, exclui a utilização de capacidades baseadas na inovação.
É verdade que as pessoas criativas nos campos da arte, ciência, matemática e literatura tendem a obter uma pontuação elevada nos testes de inteligência geral.
É característica de muitos criativos a capacidade de observar aspectos da realidade em que os indivíduos normais, ainda que dotados sobre o plano da inteligência, não os possuem.
Os inteligentes resolvem centenas de problemas no presente, o criativo pode abrir um caminho que leve à resolução de milhares de problemas, presentes e futuros.
A criatividade portanto, não consiste na capacidade de resolver problemas (problem solving), faculdade que pertence a esfera da inteligência; o criativo é dirigido para a identificação dos problemas (problem finding) muito mais do que a simples solução dos mesmos, fato que requer uma gama articulada de interesses e objetivos, junto a uma ação superiormente imaginativa.
Ela proporciona o critério de novidade com respeito a uma tradição ou disponibilidade pública de uma ideia ou objeto. Inovar significa subtrair o espaço tradicional e, para fazer isto é necessário destruir parte do que era dado como certo até agora.
Para ser criativo, é importante direcionar a própria atenção ao desenvolvimento dos próprios talentos. Graças a eles podemos dar uma visão original a nossa própria vida. Algumas pessoas no entanto, tendem a imitar a outras em vez de se perguntar: “quais são meus talentos?” É relativamente fácil imitar alguém que já tenha atingido uma determinada projeção, enquanto é difícil captar quais são nossas próprias atitudes, inclinações e recursos. As pessoas criativas tendem a escutar-se, a observar para onde dirigem sua mente afim de perceber quais ressonâncias advertem em si mesmos em resposta aos estímulos provenientes do exterior.
Estão dispostas a testar as diferentes dimensões da inteligência com o empenho de conduzir as próprias potencialidades à plena maturidade. Trata-se de um empenho contínuo, porque o caminho em direção ao aperfeiçoamento das suas próprias potencialidades é infinito. A pessoa criativa deseja fazer da própria vida uma obra de arte.
O estudo da criatividade nos tempos modernos tem sido dedicado ao desenvolvimento de ferramentas para medir as qualidades que diretamente favorecem ou permitem a expressão do próprio potencial criativo. Um grande número de métodos é utilizado com essa finalidade mostrando resultados variáveis e pouco reprodutivos.
Um problema não menos importante na investigação sobre a criatividade é a falta de testes adequados para a medir a capacidade criativa, análogos àqueles utilizados na pesquisa sobre a inteligência. Vários testes desenvolvidos para tal, desmonstraram confiabilidade e especificidade muito modesta1.
Um problema não menos importante na investigação sobre a criatividade é a falta de testes adequados para a medir a capacidade criativa, análogos àqueles utilizados na pesquisa sobre a inteligência. Vários testes desenvolvidos para tal, desmonstraram confiabilidade e especificidade muito modesta1.
A psicologia da escrita nos dá informações importantes para identificar com precisão as potencialidades criativas.
A premissa é um bom grau de organização da escrita, seguida de um traçado tônico (Tônica-Robusta), que realiza um desenho coerente (Igual), visando à criação de um sentido (Estética).
A confiança em si mesmo
Ter fé na própria criatividade significa ter confiança nos próprios recursos (Fluída). O ductus, a condução da caneta, resulta em um fio gráfico a partir do fluxo bioenergético solto, deslizante; quem escreve deixa-se absorver por aquilo que faz, crê em si, nutre sentimentos de auto-eficácia e tem uma boa aceitação de si.
A fluidez é dada pela dinâmica horizontal (se não há dinamismo horizontal não há fluidez, Marchesan, Psicologia della scrittura, p. 262); ela se encontra nas tendências das três larguras que se misturam com a melodia cinética de uma escrita tendencialmente Ligada, Brincos, Divergente, Contorcionada: F = 3L + LBDC, signos que se desenvolvem na linha central, no plano horizontal, o plano da racionalidade.
A massa cinzenta
Em uma escrita Desligada, Aderente, Regressiva, Paralela, os processos cognitivos são produzidos em sequência, eles não operam simultaneamente; o sujeito além de não ver a solução, não vê o problema.
Os signos Ligada, Brincos (Saltitante), Divergente, Contorcionada (ou uma presença significativa deles) facilitam a organização e a integração da percepção, estão relacionados às áreas de associação do cérebro, envolvem mais de um sistema sensorial, coordenam a aprendizagem, a memória e o pensamento, portanto, os processos cognitivos são produzidos ao mesmo tempo, favorecendo a uma abordagem holística, tendendo a captar conjuntos complexos.
O signo Ligada é a rede de conexão, Contorcionada é o “motor de busca”, Brincos é a possibilidade de alcançar um amplo número de dados distribuídos em múltiplas áreas distantes umas das outras, Divergente é o filtro seletivo que discerne os dados úteis separando-os dos supérfluos, não contextualizados.
Quanto mais estes se desenvolvem em um jogo plástico, mais a escrita é Fluída. Mas como já vimos, uma inteligência rápida não é suficiente para o sucesso no âmbito criativo.
A Originalidade
A criação tanto é destruição como construção. 2
A afirmação de Jung, comparada ao contexto de nossos interesses, significa que é índice de criatividade aquela escrita que uma vez adquirido o domínio do modelo padrão, reinventa os elementos de composição, reconstituindo-os com novas formas para representar-los.
Quanto mais rica é a abertura aos estímulos, a articulação dos interesses, a expansão em horizontal (3L) e em vertical (Elevada e Enraizada), quanto mais a dialéctica dos signos LBDC se interativa, mais a escrita não será apenas Fluída, mas também Personalizada e provavelmente Variável e Combinada, três signos cardeais da criatividade.
A escrita Personalizada positiva é sinal de convencionalismo superado, não conformismo, de ecletismo criativo devido romper com o modelo original, conservando a estética e a legibilidade.
Uma pessoa criativa é intolerante às normas e às restrições, seu desejo de superar os limites do conhecido às vezes o coloca em conflito com a sociedade; com forte Personalizada, mais de 85 cg., Fluída, Rápida, Movimentada, com brincos imprevistos, dimensão flutuante nas letras, linhas de base que se estendem em diversas direções, temos a coexistência de aspectos pouco compatíveis: espontaneidade, espírito livre, intuitivo, flexibilidade mental e comportamental, independência no comportamento e nas atitudes, tolerância, mas também domínio, introversão, sociabilidade unida a traços de anti-sociabilidade, radicalismo nos julgamentos, rejeição das constrições, traços de instabilidade e de impulsividade, desordem, rebelião, egocentrismo, oposição, e assim por diante.
A escrita extremamente Personalizada perde em clareza e legibilidade, falando apenas por si mesmo ou então quando é dada às formas pretenciosamente afetadas, forçadamente originais, chamada de excêntrica (extravagante), revelando evidentes tendências de conflitos.
Por outro lado, conservar na idade adulta o modelo caligráfico é uma indicação de adaptação às convenções sociais, limitando a expressão da criatividade.
Evidentemente a escrita muito esmerada (precisa) e principalmente a escrita altamente controlada e uniforme, pertencem aos indivíduos que têm dificuldades para tomar medidas além do que está estabelecido e aceito, ou seja, eles não são inovadores, são apenas executores.3
Evidentemente a escrita muito esmerada (precisa) e principalmente a escrita altamente controlada e uniforme, pertencem aos indivíduos que têm dificuldades para tomar medidas além do que está estabelecido e aceito, ou seja, eles não são inovadores, são apenas executores.3
Porém o excesso de racionalidade pode ser um empecilho: uma inteligência demasiadamente desenvolvida pode inibir os recursos internos do indivíduo porque sua autocrítica se torna muito rígida (micrografia com tríplice largura, contorcionada, alargamento pouco desenvolvido – indicativo de concentração sobre a racionalidade, expansão da emotividade contida devido as ovais fechadas, ausência de perfis, paralelismo axial, etc.), ou porque ele aprende rapidamente aquilo que o ambiente lhe oferece, restringindo-se aos limites da tradição.
O sentido estético
A estética é condição necessária para uma escrita Personalizada funcional. Mas qual o significado de Estética?
A "estética" apresenta-se no campo da sensibilidade e do sentimento e a lógica está no contexto do pensamento; por esta razão que se chama "lógica da sensibilidade”.4
Por conseguinte, tem a ver com a percepção, processo através do qual o cérebro recebe e processa informações sensoriais do mundo exterior, convertendo-as em informações mais complexas que se tornam disponíveis para as funções cognitivas superiores.
Os processos perceptivos consistem em uma representação eficaz da realidade, na capacidade de combinar e fundir diferentes percepções em uma unidade harmonica e coerente, de maneira consciente e controlada.
O sistema cinestésico compreende o conjunto de movimentos do corpo, rosto e olhos; nossos movimentos não são apenas ferramentas para executar determinadas ações, envolvem também a produção e transmissão de significados como a escrita. Logo, o sistema cinestésico se expressa no fio gráfico preto.
Os sistemas proxêmico y háptico se relacionam com a percepção, a organização e ao uso do espaço; na escrita é dado pelo espaço entre as letras, entre as palavras, linhas e margens, signos que assinalam a relação, a interação branco - preto, a interação indivíduo - ambiente.
O mundo visual que a cada instante nos deparamos quando abrimos nossos olhos - as cores, formas, movimentos e qualidades expressivas de objetos - não é apenas uma simples cópia ou reflexo do mundo físico que nos rodeia. Também é o resultado da atividade construtiva do sistema visual que, através de uma cadeia complexa de operações, processa, transforma e organiza as mensagens sensoriais recebidas. 5
O homem estético procura realizar, em si e no outro, o equilíbrio e a harmonia dos sentimentos; baseado na presente necessidade, ele obedece ao próprio sentimento da vida e da sua visão do mundo, e sua avaliação da realidade dependerá da medida em que esta última vai garantir as condições de tal existência. 6
A intuição e o eu eclético
A oval representa o Eu; o traçado da oval constitui a fronteira entre o Eu e o não-Eu, entre a realidade interna e a realidade externa.
O eixo horizontal (largura) da oval é proporcional ao espaço - tempo dedicado a pensar.
A oval estreita é como olho de lince, de quem tem a intuición fulminante, irracional; a oval redonda dá a elaboração racional, o estudo e o aprofundamento; a oval dilatada, a hiperelaboração, a incubação, a sedimentação nas dimensões da fantasia.
A oval estreita é como olho de lince, de quem tem a intuición fulminante, irracional; a oval redonda dá a elaboração racional, o estudo e o aprofundamento; a oval dilatada, a hiperelaboração, a incubação, a sedimentação nas dimensões da fantasia.
Esperam-se alguns do primeiro grupo, muitos do segundo e alguns do terceiro. A primeira pega a idéia, a segundo reflete e a terceira a estimula. As duas primeiras fases exigem um trabalho ativo, a terceira um passivo.
Um Eu ecléctico possui as três; estas, se complementam, formando a oval variavelmente angulosa (OVA), índice de inteligência social, de plasticidade comportamental.
A primeira tríplice largura (3L = larga de letra, larga entre letras e larga entre palavras) é formada pela oval, não por acaso que mais acima se falou de “tendência” a tríplice largura; de fato, quando estas estiverem presentes com constância matemática, adiciona algo a racionalidade, porém subtrai alguma coisa da variabilidade e da intuição.
A capacidade de tomar decisões intuitivas dadas pela oval estreita é um ingrediente fundamental da criatividade. Intuir significa abrir mão do controle da mente racional e confiar na visão do inconsciente.
Para decidir de forma justa, convém adicionar seus próprios sentimentos e reações viscerais: os primeiros são dados pela abertura da oval, os segundos pela tendência a angulosidade na sua base, típico das ovais estreitas.
As ovais abertas são projeção de uma extraordinária capacidade para apreciar, saborear e, portanto, uma situação psicológica extraordinária que faz a fantasia muito ativa no sentido contemplativo, reduzindo um pouco a dinâmica; elas também têm o efeito de dirigir a personalidade para atividades intelectuais não técnicas".7
A abertura para a esquerda, em direção à origem, ativa uma sensibilidade as questões de conteúdo existencial, metafísicos.
A abertura para o alto, em direção ao céu, expande-se às inspirações criativas, a iluminação, as soluções que surgem do nada, o lampejo, o flash súbito e brilhante da inspiração que inflama, o eureka!
A abertura para a direita, em direção a outro, estimula as capacidades sensoriais em torno da pessoa. Fantasia e fantasiosidade.
Fantasia e fantasiosidade
A fantasia é uma atividade da mente humana realizada de forma produtiva para criar um mundo diferente daquele em que vivemos.
O fantasiosidade é uma atividade onírica da mente humana levada a criar um mundo abstrato diferente daqule em que vivemos, para compensar, de forma contraditória, um mundo que não gostamos.
A fantasia enriquece o mundo, ao passo que a fantasiosidade traz algo apenas se estiver integrada com a fantasia.
Encontramos esta última na óval dilatada e nos bucles superiores e inferiores dilatados. A maior amplitude e extensão do traçado com respeito ao modelo caligráfico comporta dispersão de tempo e energia.
A oval dilatada colocada na área de racionalidade, atualmente está se tornando muito comum e fixando-se na escrita dos adolescentes, não apenas (a propósito, é interessante notar que, antes da Segunda Guerra Mundial, onde a principal preocupação era ainda encher seu prato todas as noites, as ovais eram quase todas apertadas, estreitas, apenas intuitivas, instintivas).
A superdilatação encontra-se nos bucles das letras b, f, h, l, referem-se ao mundo das ideias platonicas, são fugas da realidade de quem se desengancha do planeta terra, e, se o alongamento superior (Elevada) não é compensado por uma extensão igual do alongamento inferior (Enraizada), se produz fantasiosidade improdutiva.
As subdilatações desenvolvem-se nos bucles da letra g, na área inferior onde se desenvolve o trinômio money, power, and sex; são por tanto fantasiosidade de onipotência cuja entidade é diretamente proporcional a sua amplitude, à extensão dos alongamentos inferiores e à pressão do perfil. Pode ser compensações a sentimentos de inferioridade se a escrita for muito pequena, delgada, larga entre letras, ou também pode ser o egotismo – e o egoísmo – se a escrita apresenta-se grande, pressionada, com largura entre letras estreita. As dilatações, as fantasiosidades podem ter um valor positivo se estiverem numericamente contidas, porque enriquecem a variabilidade, e se presentes em uma escrita Fluída, Antimodelo, Estética, integram-se com a fantasia.
Nos momentos em que fantasiamos, quando não estamos pensando em nada particular, estamos mais abertos às intuições do inconsciente. É por isso que a fantasiosidade é tão útil na busca da criatividade. 8
Nos momentos em que fantasiamos, quando não estamos pensando em nada particular, estamos mais abertos às intuições do inconsciente. É por isso que a fantasiosidade é tão útil na busca da criatividade. 8
O visionário
Quem tem confiança nos própios recursos (Fluida), é assertivo (boa pressão), tem traços de originalidade (personalizada) e sentido estético (estética), vê os problemas de diversos ângulos (variável), elabora estratégias incomum (combinada), capta a realidade do vôo (oval estreita), o estuda (oval redonda), sobretudo medita (oval dilatado), o compara com o que é distinto de si mesmo (larga entre letras), avalia inserindo-o em uma visão prospectiva (larga entre palavras), se abre a outras dimensões (ovais abertas), tem aspirações, iniciativa, é atraído para a novidade e mudança, tem um espírito competitivo saudável (Ascendente), é um visionário, enxerga mais além e é capaz de projetar tendências.
Ser criativo implica produzir qualquer inovação que seja útil ou responda a uma necessidade de compartilhar e que esteja de acordo com o público.
Isso exige a tradução da intuição em ato criativo: transformar a iluminação em realidade concreta de modo a torná-la um instrumento útil, um bem social, logo, para acertar, necessita do sentido prático e operativo (Enraizada), ademais “o homem com uma ideia nova é um louco até que sua ideia não se faça realidade” . (Mark Twain)
O gênio
O gênio é pouco mais do que a faculdade de perceber de uma maneira incomum. William James
O gênio é um por cento de inspiração e noventa e nove por cento de transpiração.
Thomas Alvar Edison
A raiz etimológico da palavra "gênio" é análoga ao verbo "gerar" (verbo latino gignere = gerar). O gênio é o que "gera", o que cria uma nova vida.
A pessoa intelectualmente dotada é competente em encontrar notáveis soluções para tudo de forma rápida e eficiente. Ela tem uma inteligência chamada convergente porque converge no sentido de soluções notáveis.
O gênio é altamente criativo, produz manifestações do pensamento novas, originais, que ninguém tinha pensado antes. Ele tem uma inteligência divergente porque baseado nas regras comuns, desenvolve e chega a soluções inéditas.
A biografia de pessoas consideradas como universalmente gênios revelam, além de uma elevada auto-estima, inteligência elevada, aversão para os esquemas e dogmas tradicionais, ademais da amplitude de interesses, método e perseverança.
O gênio é uma pessoa particularmente dotada de uma forma específica de inteligência, tais como música, literatura, pintura, expressão corporal? Nesse caso daríamos razão para a uma teoria múltipla da inteligência (teoria de Howard Gardner). Ou o gênio é uma pessoa excepcional, superior aos outros em todas ou quase todas os aspectos superiores do funcionamento da mente? Neste último caso, daríamos razão a uma teoria unitária da inteligência.9
Pelo senso comum, o gênio tem suas próprias características: quando é brilhante, intuitivo, espontâneo, é “gênio em estado selvagem”. Se é calmo, sereno, perseverantes, é o “gênio laborioso”. Ele pode também ser profundamente associal, com atitudes existenciais que tendem ao isolamento, ascetismo, a auto-exclusão. Para a maioria, o gênio é um ser curioso, original, em resumo, um louco.10
"É impressionante notar a grande atitude ao trabalho e a perseverança da maioria dos genios criadores e dos seres excepcionais. [...] Este tipo de auto-controle não pode ser alcançado a menos que justificado por uma vontade substancial interior, confirmando a energia do autor-criador. Michelangelo, Cocteau, Leonardo da Vinci, Beethoven, Flaubert ou o Valery foram maravilhosos artesãos das suas obras de gênios, vinculados a seu empenho como a uma missão divina que exige do seu autor uma dedicação absoluta além das energias mais íntimas e ocultas do seu próprio ser”.11
Em resumo, podemos dizer que a genialidade é obtida pela combinação de habilidades intelectuais notáveis e características particulares da personalidade.
Marchesan reconhece essas características na escrita Movimentada, ou Fluida, com jogo LBDC (Ligada, Brincos, Divergente, Contorsionada) extremamente vital, Personalizada, Variável, Combinada, dinamicamente anárquica, grandeza flutuante e brincos inesperados, mas que mantém uma estética (se a perde a escrita é Agitada12), projeção de hiperativismo cinético e mental, quase incontrolável , uma variação onde há algo de desordem. [...] Esta é uma qualidade psicológica que, no caso em que o sujeito se encontra engajado em uma atividade que é de composição, determina a fertilidade de ideias, iniciativas e realizações incomuns, de aspecto genial.13
Às vezes o movimento prevalece tanto sobre a forma que a tendência anárquica leva a anarquia gerando traços de desordem, entropia, múltiplos estilos. (Desordenada).
Se a Desordenada é contida e apresenta sinais que alcançam um verdadeiro exame da realidade (ligada: controle do tecido conjuntivo, das sinapses, das ligações afetivas, Divergente: lucidez; Larga entre palavras: sentido de responsabilidade; Enraizada: ponto de ancoragem à realidade) ele traz consigo um traço "genialoide". Nos confirma Sêneca: "não existiu jamais um gênio sem um pouco de loucura"; é o caso da escrita de Beethoven e Picasso.
Ludwig Van Beethoven
Pablo Picasso
Método, perseverança e perseveração
O gênio nem sempre é desordenado; além disso tem auto-estima, habilidades cognitivas, espírito de inovação, capacidade de exploração, curiosidade e versatilidade, pode ser caracterizado como um método, sentido de responsabilidade, capacidade de planejamento e uma compreensão clara dos objetivos que persegue (Precisa, Clara , Larga entre as palavras), apego a própia atividade, perseverança, ou seja, a união de continuidade, constância e tenacidade (Reta: tensão consistante; Ligada: continuidade operativa; ovais angulosos na parte superior: determinação ideológica).
Não raramente, ao método e a perseverança se somam a perseveração, monomania, idealização, fixação, enfim, a uma tendência a repetir de forma compulsiva pensamentos e ações, para investir e concentrar obsessivamente tempo e energia em determinadas questões e projetos (traço da fixação, r, s, v, z, colocadas sistematicamente mais elevadas que outras letras; Ovais infladas: ovais maiores que as outras letras; traço do “t” alto e ascendente, escrita excessivamente ascendente, tendência a repetição de signos não previstos no modelo. De toda forma é importante levar em consideração a extensão, frequência e pressão.
Albert Einstein
Thomas Edison
O desafio da pobreza global, do sofrimento da guerra, a necessidade de energias alternativas, cada aspecto do nosso futuro depende das mentes criativas. É imperativo educar nossos filhos para desenvolver seu potencial criativo.
Abby Connors
1 E. Boncinelli, Come nascono le idee, Laterza, Bari 2008, p. 95.
2 C.G Jung., Opere, Boringhieri, Torino 1985, vol. VIII, p. 137.
3 L. Maninchedda, Il carattere distruttivo – Analisi attraverso la Psicologia della Scrittura, CE.S.RI.P.A, Milano 1985, p. 91.
4 M. Heidegger, Nietzsche, Adelphi, Milano 1994, p. 92. “O nome "estética" para indicar a reflexão sobre a arte e a beleza é recente, datando do século XVIII, mas a coisa assim designado pelo o nome apropriado, de modo a colocar a questão da arte e da beleza a partir do estado sentimental dos usuários e produtores, é antiga: tão antiga quanto a reflexão sobre arte e a beleza no pensamento ocidental. A reflexão filosófica sobre a essência da arte e da beleza já começa como estética. Ibid, p 87-88. Os "juízos de valor estético", ou seja, para encontrar qualquer coisa bela, precisa ter como "base" sentimentos que se relacionam com as leis da lógica, aritmética- geométrica. O sentimento lógico fundamental é o “prazer”, do ordenado, do evidente, do delimitado, da repetição." O termo "sentimentos lógicos" pode ser mal interpretado.Isso não significa que os sentimentos são lógicos e realizados segundo as leis do pensamento. A expressão "sentimentos lógicos" significa: ter uma sensibilidade para estabelecer com a própria disposição de ânimo a ordem, os limites, a partir das sinopises”. ibid. 98.
5 G. Kanisza, Grammatica del vedere. Saggi su percezione e Gestalt, Il Mulino, Bologna 1980.
6 W. Dilthey, sociólogo e filósofo alemãoem em uma necrologia apara a história da literatura de Julian Smith, 1887, in Gesammelte Schriften, vol. XI, p. 232.
7M. Marchesan, p. 398. As ovais devem ser pouco abertas e não demasiadamente abertas.
8 D. Goleman, M. Ray, P. Kaufman, Lo spirito creativo, Rizzoli, Milano 1999, p. 21.
9 C. Cornoldi, L’intelligenza, Il Mulino, Bologna 2007, p. 86.
10 P. Brenot, Geni da legare. Piccole stranezze e grandi ossessioni delle più eccelse menti della storia, Piemme, Casale Monferrato 2002, p. 47.
11 Ibid, p. 60-62.
12 "Uma distinção comportamental entre agitada e movimentada é encontrada em situações difíceis que estimulam o senso de responsabilidade e a atividade deliberativa do sujeito; quem tem a escrita Movimentada reage com uma atividade incomum da fantasia empenhado em alcançar a solução adequada, mas sem agitação e sem repercussões psicomotoras desordenadas; enquanto que a escrita agitada em tal situação tem menor
atividade investigativa e produtiva da fantasia e uma ansiedade bem maior inoperante dirigida a considerações dolorosas, compadecentes e inertes da propria situação.Quem tem a escrita movimentada tem uma hieperatividade mental, quem tem a escrita Agitada tem uma hiperatividades ansiosa.”, M. Marchesan, op. cit, p. 239.
13 Ibid, p. 238.
Antonello Pizzi
Presidente AIPS
Associazione Psicologia della Scrittura (Milan)
Inteligencia y creatividad son facultades interrelacionadas pero distintas.
La inteligencia es la capacidad de organizar y elaborar una larga cantidad de datos, favorece el desarrollo del potencial creativo, pero no se identifica con él: un CI elevado no garantiza la creatividad. Una significativa capacidad de deducir según las leyes de la lógica y de la matemática crea pensadores disciplinados pero no necesariamente personas creativas, tener talento no quiere decir tener genio.
Si se concibe la inteligencia como una construcción cuyos límites están delineados en su totalidad por los instrumentos de medición utilizados en las búsquedas empíricas, es decir si es medido como el conjunto de las capacidades que contribuyen a favorecer respuestas correctas a preguntas de naturaleza verbal o lógico-matemática, entonces debemos concebir la creatividad como separada de la inteligencia. Proporcionar respuestas correctas a las preguntas que requieren un amplio conocimiento y la aplicación de reglas y fórmulas, excluye el uso de capacidades que se basan sobre la innovación.
Es cierto que individuos creativos en campos artísticos, científicos, matemáticos y literarios tienden a conseguir una elevada puntuación en los test de inteligencia general.
Es característico de muchos creativos el ser capaces de observar aspectos de la realidad que los normales, aun dotados sobre el plano de la inteligencia, no consideran.
Los inteligentes resuelven cientos de problemas en el presente, el creativo puede abrir una vía que lleve a la resolución de miles de problemas, presentes y futuros.
La creatividad no consiste por tanto en la capacidad de resolver problemas (problem solving), facultad que pertenece a la esfera de la inteligencia; el creativo es dirigido a la identificación de los problemas (problem finding) mucho más que a la simple solución de los mismos, cosa que requiere una gama articulada de intereses y objetivos, junto a una inversión imaginativa superior.
Ella proporciona el criterio de novedad respecto a una tradición y de utilidad pública por una idea o un objeto. Innovar significa sustraer espacio a la tradición y para hacer esto, destruir parte de cuanto era dado por cierto hasta ahora.
Para ser creativo es útil orientar la propia atención sobre el desarrollo de los propios talentos. Gracias a ellos podemos dar una visión original a nuestra propia vida. Sin embargo algunas personas tienden a imitar a otras, en vez de preguntarse: ¿“cuáles son mis talentos?” Es relativamente fácil imitar a alguno que ya ha alcanzado cierta resonancia, mientras es difícil captar cuáles son nuestras propias actitudes, inclinaciones, resortes. Las personas creativas tienden a escucharse, a observar donde se orientan sus mente, a percibir cuáles resonancias advierten en sí mismos en respuesta a los estímulos que llegan desde el exterior.
Están dispuestas a probar las distintas dimensiones de la inteligencia con el empeño de llevar las propias potencialidades a la plena madurez. Se trata de un empeño continuo, porque la ruta de acceso hacia el perfeccionamiento de las propias potencialidades no tiene fin. La persona creativa desea hacer de la propia vida una obra de arte.
El estudio de la creatividad en la época moderna se ha dedicado al desarrollo de instrumentos actos para medir aquellas facultades que directamente favorecen o permiten la expresión del propio potencial creativo. Un gran número de métodos es utilizado a tal fin, con resultados variables y poco reproducibles. Un problema de no poca importancia en la investigación sobre la creatividad es la falta de test adecuados para la medición de las capacidades creativas, análogos a aquellos utilizados en la investigación sobre la inteligencia. Muchos test desarrollados a tal fin han mostrado una fiabilidad y una especifidad muy bajas.
La psicología de la escritura nos ofrece indicaciones importantes para identificar con precisión las potencialidades creativas.
La premisa es un buen grado de organización de la escritura, por tanto un trazado tónico (Tónica-Robusta), que realiza un diseño coherente (Igual), encaminadas a la creación de un sentido (Estética).
La confianza en sí mismo
Tener fe en la propia creatividad significa tener confianza en los propios recursos (Fluida). El ductus, la conducción del útil, se resuelve en un filo grafico por el flujo bioenergético soltado, deslizado; quien escribe se deja absorber por aquello que hace, cree, nutre sentimientos de autoeficacia y tiene una buena aceptación de sí.
La fluidez es dada por el dinamismo horizontal (se no hay dinamismo horizontal no se da fluidez, Marchesan, Psicologia della scrittura, p. 262); ella se encuentra en las tendenciales tres larguezas que se mezclan con la melodía cinética de una escritura tendencialmente Ligada, Brincos, Divergente, Contorsionada: F = 3L + LBDC, signos que se desenvuelven sobre el renglón central, sobre el plano horizontal, plano de la racionalidad.
La materia gris
En una escritura Desligada, Llana, Retornante, Paralela, los procesos cognitivos son producidos secuencialmente, no operan en simultaneidad; el sujeto, más que no ver la solución, no ve el problema.
Los signos Ligada, Brincos, Divergente, Contorsionada (o una significativa presencia de ellos) agiliza la organización y la integración de las percepciones, están ligadas a las áreas de asociación del cerebro, involucran a más de un sistema sensorial, coordinan el aprendizaje, la memoria y el pensamiento, los procesos cognitivos son así producidos contemporáneamente y promueven un enfoque holístico, la tendencia a captar conjuntos complejos.
El signo ligada es la red de conexión, Contorsionada el “motor de investigación”, Brincos la posibilidad de recoger un amplio número de datos distribuidos en más áreas distantes entre ellas, Divergente el filtro selectivo que discierne los datos útiles, separándolos de los superfluos, no contextualizados.
Cuanto más se desarrollen estos en un juego plástico, tanto más la escritura es Fluida.
Pero, como ya hemos visto, una pronta inteligencia no es suficiente para el éxito en el ámbito creativo.
La originalidad
La creación es tanto destrucción cuanto construcción.
La afirmación de Jung, llevada al contexto de nuestros intereses, significa que es índice de creatividad aquella escritura que una vez adquiere el dominio del modelo, reinventa los elementos compositivos para recomponerlos con formas nuevas, para resimbolizarlos.
Cuanto más rica es la apertura a los estímulos, la articulación de los intereses, la expansión en horizontal (3L) y en vertical (Encumbrada y Enraizada), cuanto más la dialéctica de los signos LBDC se interactiva, tanto más la escritura no será solo Fluida, sino también Antimodelo, y probablemente también Variable e Ingeniosa, tres signos cardinales de la creatividad.
La Antimodelo positiva es signo de superación de las convenciones, de anticonformismo, de eclecticismo creativo cuando, separándose del modelo original, conserva estética y legibilidad.
Una persona creativa es intolerante a las normas y a las restricciones, su deseo de superar los límites de lo conocido, a veces le pone en lucha con la sociedad; con fuerte Antimodelo, más de 85 cg., Fluida, Rápida, Movimentada, con brincos imprevistos, dimensión fluctuante de la letra, renglones que se extienden en diversas direcciones, tenemos la coexistencia de aspectos poco compatibles: espontaneidad, espíritu libre, intuitivos, flexibilidad mental y comportamental, independencia en los comportamientos y en las actitudes, tolerancia, pero también dominio, introversión, sociabilidad unida a trazos de antisocialidad, radicalismo en los juicios, rechazo de las constricciones, trazos de inestabilidad y de impulsividad, desorden, rebelión, egocentrismo, oposición, etc.
Un Antimodelo extremo pierde en claridad y legibilidad, por lo tanto habla sólo de sí mismo, o también es dado a las formas pretenciosamente manieristas, forzadamente originales, se habla ahora de excentricidad (Rara) que proporciona evidentes conflictos.
En el lado opuesto, la conservación en edad adulta del modelo caligráfico, es índice de adaptación a las convenciones sociales y limita la expresión de la creatividad. Naturalmente la escritura muy esmerada y sobre todo la escritura Acompasada son propias de personas que tienen dificultad en tomar iniciativas fuera de cuanto hay establecido y aceptado, son por ello ejecutores y no innovadores.
Pero aunque el exceso de racionalidad pueda ser un impedimento: una inteligencia demasiado desarrollada puede inhibir los resortes interiores del individuo porque su autocrítica se hace demasiado rígida (ej.: micrografía, con 3L, Contorsionada, alargamientos poco desarrollados - índice de concentración sobre la racionalidad, contenida expansión emotiva dada por Óvalos cerrados, ausencia de perfiles, paralelismo axial, etc.), o porque ellos aprenden demasiado rápido aquello que el ambiente les ofrece, limitándose a los límites de la tradición.
El sentido estético
La estética es condición necesaria para un Antimodelo funcional. Pero qué cosa significa Estética?
La “estética” debe ser en el campo de la sensibilidad y del sentimiento lo que la lógica al ámbito del pensamiento; por esto se llama también “lógica de la sensibilidad”.
Tiene por tanto que ver con la percepción, proceso a través del cual el cerebro recibe y elabora las informaciones sensoriales provenientes del mundo externo y las traduce en informaciones más complejas que pone en disposición de las funciones cognitivas superiores. Los procesos perceptivos logran una eficaz representación de la realidad, en la capacidad de combinar y fundir percepciones diversas en una unidad armónica y coherente, en modo consciente y controlado.
El sistema cenestésico comprende el conjunto de movimientos del cuerpo, de la cara y de los ojos; nuestros movimientos no son sólo instrumentos para realizar ciertas acciones sino que implican también la producción y la transmisión de significados, como la escritura. Por tanto, el sistema cenestésico esta expresado en el filo gráfico negro.
El sistema proxémico y hàptico se relaciona con la percepción, a la organización y al uso del espacio; en la escritura es dado por el espacio entre letras, entre palabras, por el espacio entre renglones, los márgenes, signos que registran la relación, la interacción blanco-negro, la interacción individuo-ambiente.
El mundo visual que a cada instante nos encontramos delante cuando abrimos los ojos – los colores, las formas, los movimientos y las cualidades expresivas de los objetos - no es la simple copia o el reflejo del mundo físico, que nos circunda. El es también el resultado de la actividad constructiva del sistema visual que, a través de una compleja cadena de operaciones, elabora, transforma y organiza los mensajes sensoriales entrantes.
El hombre estético trata de realizar, en sí y en los otros, el equilibrio y la armonía de los sentimientos; en base a este deseo conforma el propio sentimiento de la vida y su visión del mundo, y su valoración de la realidad depende de la medida en la cual esta última garantice las condiciones de su existencia.
La intuición y el yo ecléctico
El óvalo representa el Yo; el trazado del óvalo señala el confín entre el Yo y el no-Yo, entre la realidad interna y la realidad externa.
La amplitud en sentido horizontal del óvalo es proporcional al espacio-tiempo dedicado al pensamiento.
El óvalo estrecho, a ojo de lince, es de quien tiene la intuición fulminante, irracional; el óvalo redondo da la elaboración racional, el estudio y la profundización, el óvalo dilatado la hiperelaboración, la incubación, la sedimentación en las dimensiones de la fantasía.
Son esperables unos pocos del primer grupo, muchos del segundo y algunos del tercero. El primero coge la idea, el segundo la reflexiona, el tercero la deja fermentar.
Las primeras dos fases requieren un trabajo activo, la tercera uno pasivo.
Un Yo ecléctico posee las tres; estas, se complementan, formando el Óvalo Variablemente Anguloso (OVA), índice de inteligencia social, de plasticidad comportamental.
El óvalo forma la primera de las 3 L (3L = Redonda, Interletra ancha, IPA), pero arriba hable de las “tendenciales” tres larguezas; en realidad, cuando están presentes con constancia matemática, añaden alguna cosa a la racionalidad, pero sustraen alguna cosa a la variabilidad y a la intuición.
La capacidad de tomar decisiones intuitivas dadas por el óvalo estrecho es un ingrediente fundamental de la creatividad. Intuir significa renunciar al control de la mente racional y a fiarse de la visión del inconsciente.
Para tomar la decisión justa conviene añadir los propios sentimientos y las propias reacciones viscerales: los primeros son dados por la abertura del óvalo, los segundos por la tendencia a la angulosidad en su base, típica de los óvalos estrechos.
“Los óvalos abiertos son proyección de una extraordinaria capacidad de disfrutar, saborear y por tanto de una extraordinaria situación psicológica que hace muy activa la fantasía en sentido contemplativo, reduciendo algo la dinamicidad; también tienen el efecto de dirigir la personalidad a actividades intelectuales no técnicas.”
La apertura a la izquierda, hacia el origen, activa una sensibilidad a temas de contenido existencial, metafísicos.
La apertura en alto, hacia el cielo, se abre a las inspiraciones creativas, a la iluminación, a las soluciones que emergen de la nada, el repentino y genial destello de inspiración que enciende, el eureka!
La apertura a la derecha, hacia el otro, estimula las capacidades sensoriales alrededor de la persona.
Fantasía e fantasiosidad
La fantasía es una actividad de la mente humana llevada a crear en modo productivo un mundo diverso de aquel en el que nos toca vivir.
La fantasiosidad es una actividad onírica de la mente humana llevada a crear un mundo abstracto diverso del que nos toca vivir, para compensar, en modo contraproducente, un mundo que no nos gusta.
La fantasía enriquece el mundo, la fantasiosidad aporta alguna cosa sólo si se integra con la fantasía.
Encontramos esta última en el óvalo dilatado y en los bucles superiores e inferiores dilatados. La mayor amplitud y extensión del trazado respecto al modelo caligráfico comporta dispersión de tiempo y energía.
El óvalo dilatado se coloca en el área de la racionalidad, es hoy muy frecuente y está haciéndose fijo en la escritura de los adolescentes, y no solo (al propósito, es interesante notar que antes de la segunda guerra mundial, donde la preocupación principal seguía siendo llenar el plato cada noche, los óvalos eran apretados todos estrechos, solo intuitivos, instintivos).
Le superdilatación se encuentra en los bucles de las letras b, f, h, l, se refieren al iperuriano, son fugas de la realidad de quien se desengancha del planeta tierra, y, si el alargamiento es superior (Encumbrada) no siendo contrarrestado por una par extensión del alargamiento inferior (Enraizada), se produce fantasiosidad improductiva.
Las subdilataciones se desarrollan en los bucles de la letra g, en el área inferior donde se desarrolla el trinomio money, power, and sex; son por tanto fantasiosidad de omnipotencia cuya entidad es directamente proporcional a su amplitud, a la extensión de los alargamientos inferiores y a la presión del perfil. Pueden ser compensaciones a sentimientos de inferioridad de una escritura muy pequeña, delgada, con Interletra ancha, o también puede inflaccionar el egotismo – y el egoísmo - de una escritura grande, presionada, con Interletra estrecho.
Las dilataciones, las fantasiosidades pueden tener una valencia positiva si están numéricamente contenidas, porque enriquecen la variabilidad, y si están presentes en una escritura Fluida, Antimodelo, Estética, se integran con la fantasía.
En los momentos en los que fantaseamos, cuando no pensamos en nada particular, estamos más abiertos a las intuiciones del inconsciente. Es por ello porque la fantasiosidad es tan útil en la búsqueda de la creatividad.
El visionario
Quien tiene confianza en los propios recursos (Fluida), es asertivo (buena presión), tiene trazos de originalidad (Antimodelo) y sentido estético (Estética), ve los problemas desde más ángulos (Variable), se le ocurren estrategias insólitas (Ingeniosa), capta la realidad al vuelo (óvalo estrecho), lo estudia (óvalo redondo), lo medita además (óvalo dilatado), lo confronta con aquello que está fuera de sí (Interletra ancha), lo valora insertándolo en una visión prospectiva (IPA), se abre a más dimensiones (óvalos abiertos), tiene aspiraciones, iniciativas, le provocan o gustan las novedades y los cambios, tiene un sano espíritu competitivo (Ascendente), es un visionario, ve más allá y está en grado de trazar tendencias.
Ser creativo implica producir cualquier innovación, útil o responde a una necesidad de compartir y que obtenga el público consenso.
Ello requiere la traducción de la intuición en acto creativo: transformar la iluminación en realidad concreta para que sea un instrumento útil, un bien social, por lo tanto, para acertar conviene el sentido práctico y operativo (Enraizada), además “el hombre con una idea nueva es un loco hasta que su idea no se hace realidad” (Mark Twain).
El genio
El genio es poco más que la facultad de percibir en un modo inusual.
William James
El genio es un uno por ciento de inspiración y noventa y nueve por ciento de sudor.
Thomas Alvar Edison
La raíz etimológica del término “genio” es análoga a la del verbo “generar”. El genio es aquel que “genera”, crea una nueva vida.
La persona intelectualmente dotada es competente en encontrar soluciones notables a todo pero de forma rápida y eficaz. Tiene una inteligencia llamada convergente porque converge hacia soluciones notables.
El genio es altamente creativo, produce manifestaciones del pensamiento nuevas, originales, que ninguno había pensado previamente. Tiene una inteligencia divergente porque, partiendo de reglas comunes, desarrolla y llega a soluciones inéditas.
Las biografías de personas consideradas universalmente genios revelan, además una alta autoestima, a la elevada inteligencia, a la aversión por los esquemas y dogmas tradicionales, suma la amplitud de intereses, método, perseverancia.
¿El genio es una persona particularmente dotada por una forma específica de inteligencia, como por ejemplo la música, la literatura, la pintura, la expresión corporal? En este caso daríamos razones a una teoría múltiple de la inteligencia (teoría de Howard Gardner). ¿O el genio es una persona excepcional que es superior a los otros en todos o casi todas las formas más elevadas del funcionamiento de la mente? En este segundo caso daríamos la razón a una teoría unitaria de la inteligencia .
Por sentido común el genio tiene características propias: cuando es fulgurante, intuitivo, espontaneo, es el ‘genio en estado salvaje’. Si es calmo, sereno, perseverante, es el ‘genio laborioso’. Puede ser también profundamente asocial, con actitudes existenciales que tienden al aislamiento, al ascetismo, a la automarginación. Para la mayoría, el genio es un ser curioso, un original, en suma, un loco.
“es sorprendente comprobar la grandísima actitud al trabajo y a la perseverancia de la mayor parte de los genios creadores y los seres excepcionales. […] Este tipo de autocontrol no se puede alcanzar si no es seguido de una considerable voluntad interior, confirma la energía del autor-creador. Miguel Ángel, Cocteau, Leonardo da Vinci, Beethoven, Flaubert o Valery fueron los maravillosos artesanos de sus obras geniales, vinculados a su empeño como a una misión divina que exige de su autor una dedicación absoluta, aún las energías más recónditas de su ser” .
En síntesis, podemos decir que la genialidad es dada por la combinación de habilidades intelectivas notables y de particulares características de personalidad.
Marchesan reconoce estas características en la escritura Movimentada, o sea Fluida, con juego LBDC extremadamente vital, Antimodelo, Variable, Ingeniosa, con dinamismo anarco, gran fluctuante y brincos imprevistos, pero que mantiene un conjunto estético (si lo pierde la escritura es Agitada ), proyección de hiperactivismo cinético y mental, casi incontenible: “una variabilidad que tiene un algo de trastorno. […] Se trata de una cualidad psicológica que, en el caso de que el sujeto se dedique a una actividad que sea compositiva, determina una fecundidad de ideas, de iniciativas y de realizaciones no comunes, en aspecto genial.”
A veces el movimiento prevalece tanto sobre la forma que la tendencia anarcoide desemboca en la anarquía y genera trazos de desorden, de entropía, de pluriestilos. (Desordena.dta).
Si la Desordenada es contenida y están presentes los signos que logran un veraz examen de la realidad (Ligada: control del tejido conectivo, de las sinapsis, de los ligámenes afectivos, Divergente: la lucidez, IPA: sentido de la responsabilidad, Enraizada: sujeción a la realidad) lleva en sí un trazo “genialoide”. Lo confirma Seneca: “no ha existido jamás un genio sin un poco de locura”; es el caso de la escritura de Beethoven y de Picasso.
Ludwig Van Beethoven
Pablo Picasso
Metodo, perseverancia y perseveración
El genio no es siempre desordenado; además tiene autoestima, habilidades cognitivas, espíritu de innovación, capacidad exploradora, curiosidad y versatilidad, puede ser caracterizado por método, sentido de la responsabilidad, capacidad de planificar y clara cognición de los objetivos que persigue (Esmerada, Clara, IPA), apego a la propia actividad, perseverancia, o sea de la unión de constancia, continuidad y tenacidad (Renglón recto: constancia tensiva, Ligada: continuidad operativa, Óvalos angulosos arriba: tenacidad ideológica).
No es raro, que a método y perseverancia se le sume la perseverarían, la monomanía, la idealización, la fijación, es decir, la tendencia a reiterar en modo compulsivo pensamientos y acciones, a investigar y concentrar obsesivamente tiempo y energías sobre determinados temas y proyectos (R. Fijación, r, s, v, z puestas sistemáticamente más altas que las otras letras, Óvalos inflados: óvalos más grandes que las otra letras, B/t altos y ascendentes, escritura excesivamente ascendente, signos no previstos por el modelo que tiende a repetirse. De todas ellas es importante considerar extensión, frecuencia y presión).
Albert Einstein
Thomas Edison
El desafío de la pobreza global, del sufrimiento de la guerra, la necesidad de energías alternativas, cada aspecto de nuestro futuro depende de las mentes creativas. Es imperativo educar a nuestros hijos a desarrollar suspotencialidades creativas.
Abby Connors
Antonello Pizzi
Traducción: Rafael Cruz Casado (Madrid)
Bibliografia
Brenot P., Geni da legare. Piccole stranezze e grandi ossessioni delle più eccelse menti della storia, Piemme, Casale Monferrato 2002.
Cornoldi C., L’intelligenza, Il Mulino, Bologna 2007.
Goleman. D., Ray M., Kaufman P., Lo spirito creativo, Rizzoli, Milano 1999.
Heidegger M., Nietzsche, Adelphi, Milano 1994.
Kanisza G, Grammatica del vedere. Saggi su percezione e Gestalt, Il Mulino, Bologna 1980.
Jung C.G., Opere, Boringhieri, Torino 1985.
Legrenzi P., La fantasia. I nostri mondi paralleli, Il Mulino, Bologna 2010.
Lucignani G., Pinotti A. (a cura), Immagini della mente. Neuroscienze, arte, filosofia, Raffaello Cortina, Milano 2007.
Maninchedda L., Il carattere distruttivo. Analisi attraverso la Psicologia della Scrittura, CE.S.RI.P.A, Milano 1985.
Marchesan M., Psicologia della scrittura. Segni e tendenze (1961), VI ediz., Istituto di Indagini Psicologiche, Milano 1993.
Pizzi A., Psicologia della scrittura. Interpretazione grafologica di segni e tendenze del linguaggio scritto, Armando, Roma 2007.
En Español :
CREATIVIDAD Y GENIO
Creativos no se nace. La creatividad se cultiva y riega regularmente con nuevas ideas. (Leonardo da Vinci)
Creativos no se nace. La creatividad se cultiva y riega regularmente con nuevas ideas. (Leonardo da Vinci)
Inteligencia y creatividad son facultades interrelacionadas pero distintas.
La inteligencia es la capacidad de organizar y elaborar una larga cantidad de datos, favorece el desarrollo del potencial creativo, pero no se identifica con él: un CI elevado no garantiza la creatividad. Una significativa capacidad de deducir según las leyes de la lógica y de la matemática crea pensadores disciplinados pero no necesariamente personas creativas, tener talento no quiere decir tener genio.
Si se concibe la inteligencia como una construcción cuyos límites están delineados en su totalidad por los instrumentos de medición utilizados en las búsquedas empíricas, es decir si es medido como el conjunto de las capacidades que contribuyen a favorecer respuestas correctas a preguntas de naturaleza verbal o lógico-matemática, entonces debemos concebir la creatividad como separada de la inteligencia. Proporcionar respuestas correctas a las preguntas que requieren un amplio conocimiento y la aplicación de reglas y fórmulas, excluye el uso de capacidades que se basan sobre la innovación.
Es cierto que individuos creativos en campos artísticos, científicos, matemáticos y literarios tienden a conseguir una elevada puntuación en los test de inteligencia general.
Es característico de muchos creativos el ser capaces de observar aspectos de la realidad que los normales, aun dotados sobre el plano de la inteligencia, no consideran.
Los inteligentes resuelven cientos de problemas en el presente, el creativo puede abrir una vía que lleve a la resolución de miles de problemas, presentes y futuros.
La creatividad no consiste por tanto en la capacidad de resolver problemas (problem solving), facultad que pertenece a la esfera de la inteligencia; el creativo es dirigido a la identificación de los problemas (problem finding) mucho más que a la simple solución de los mismos, cosa que requiere una gama articulada de intereses y objetivos, junto a una inversión imaginativa superior.
Ella proporciona el criterio de novedad respecto a una tradición y de utilidad pública por una idea o un objeto. Innovar significa sustraer espacio a la tradición y para hacer esto, destruir parte de cuanto era dado por cierto hasta ahora.
Para ser creativo es útil orientar la propia atención sobre el desarrollo de los propios talentos. Gracias a ellos podemos dar una visión original a nuestra propia vida. Sin embargo algunas personas tienden a imitar a otras, en vez de preguntarse: ¿“cuáles son mis talentos?” Es relativamente fácil imitar a alguno que ya ha alcanzado cierta resonancia, mientras es difícil captar cuáles son nuestras propias actitudes, inclinaciones, resortes. Las personas creativas tienden a escucharse, a observar donde se orientan sus mente, a percibir cuáles resonancias advierten en sí mismos en respuesta a los estímulos que llegan desde el exterior.
Están dispuestas a probar las distintas dimensiones de la inteligencia con el empeño de llevar las propias potencialidades a la plena madurez. Se trata de un empeño continuo, porque la ruta de acceso hacia el perfeccionamiento de las propias potencialidades no tiene fin. La persona creativa desea hacer de la propia vida una obra de arte.
El estudio de la creatividad en la época moderna se ha dedicado al desarrollo de instrumentos actos para medir aquellas facultades que directamente favorecen o permiten la expresión del propio potencial creativo. Un gran número de métodos es utilizado a tal fin, con resultados variables y poco reproducibles. Un problema de no poca importancia en la investigación sobre la creatividad es la falta de test adecuados para la medición de las capacidades creativas, análogos a aquellos utilizados en la investigación sobre la inteligencia. Muchos test desarrollados a tal fin han mostrado una fiabilidad y una especifidad muy bajas.
La psicología de la escritura nos ofrece indicaciones importantes para identificar con precisión las potencialidades creativas.
La premisa es un buen grado de organización de la escritura, por tanto un trazado tónico (Tónica-Robusta), que realiza un diseño coherente (Igual), encaminadas a la creación de un sentido (Estética).
La confianza en sí mismo
Tener fe en la propia creatividad significa tener confianza en los propios recursos (Fluida). El ductus, la conducción del útil, se resuelve en un filo grafico por el flujo bioenergético soltado, deslizado; quien escribe se deja absorber por aquello que hace, cree, nutre sentimientos de autoeficacia y tiene una buena aceptación de sí.
La fluidez es dada por el dinamismo horizontal (se no hay dinamismo horizontal no se da fluidez, Marchesan, Psicologia della scrittura, p. 262); ella se encuentra en las tendenciales tres larguezas que se mezclan con la melodía cinética de una escritura tendencialmente Ligada, Brincos, Divergente, Contorsionada: F = 3L + LBDC, signos que se desenvuelven sobre el renglón central, sobre el plano horizontal, plano de la racionalidad.
La materia gris
En una escritura Desligada, Llana, Retornante, Paralela, los procesos cognitivos son producidos secuencialmente, no operan en simultaneidad; el sujeto, más que no ver la solución, no ve el problema.
Los signos Ligada, Brincos, Divergente, Contorsionada (o una significativa presencia de ellos) agiliza la organización y la integración de las percepciones, están ligadas a las áreas de asociación del cerebro, involucran a más de un sistema sensorial, coordinan el aprendizaje, la memoria y el pensamiento, los procesos cognitivos son así producidos contemporáneamente y promueven un enfoque holístico, la tendencia a captar conjuntos complejos.
El signo ligada es la red de conexión, Contorsionada el “motor de investigación”, Brincos la posibilidad de recoger un amplio número de datos distribuidos en más áreas distantes entre ellas, Divergente el filtro selectivo que discierne los datos útiles, separándolos de los superfluos, no contextualizados.
Cuanto más se desarrollen estos en un juego plástico, tanto más la escritura es Fluida.
Pero, como ya hemos visto, una pronta inteligencia no es suficiente para el éxito en el ámbito creativo.
La originalidad
La creación es tanto destrucción cuanto construcción.
La afirmación de Jung, llevada al contexto de nuestros intereses, significa que es índice de creatividad aquella escritura que una vez adquiere el dominio del modelo, reinventa los elementos compositivos para recomponerlos con formas nuevas, para resimbolizarlos.
Cuanto más rica es la apertura a los estímulos, la articulación de los intereses, la expansión en horizontal (3L) y en vertical (Encumbrada y Enraizada), cuanto más la dialéctica de los signos LBDC se interactiva, tanto más la escritura no será solo Fluida, sino también Antimodelo, y probablemente también Variable e Ingeniosa, tres signos cardinales de la creatividad.
La Antimodelo positiva es signo de superación de las convenciones, de anticonformismo, de eclecticismo creativo cuando, separándose del modelo original, conserva estética y legibilidad.
Una persona creativa es intolerante a las normas y a las restricciones, su deseo de superar los límites de lo conocido, a veces le pone en lucha con la sociedad; con fuerte Antimodelo, más de 85 cg., Fluida, Rápida, Movimentada, con brincos imprevistos, dimensión fluctuante de la letra, renglones que se extienden en diversas direcciones, tenemos la coexistencia de aspectos poco compatibles: espontaneidad, espíritu libre, intuitivos, flexibilidad mental y comportamental, independencia en los comportamientos y en las actitudes, tolerancia, pero también dominio, introversión, sociabilidad unida a trazos de antisocialidad, radicalismo en los juicios, rechazo de las constricciones, trazos de inestabilidad y de impulsividad, desorden, rebelión, egocentrismo, oposición, etc.
Un Antimodelo extremo pierde en claridad y legibilidad, por lo tanto habla sólo de sí mismo, o también es dado a las formas pretenciosamente manieristas, forzadamente originales, se habla ahora de excentricidad (Rara) que proporciona evidentes conflictos.
En el lado opuesto, la conservación en edad adulta del modelo caligráfico, es índice de adaptación a las convenciones sociales y limita la expresión de la creatividad. Naturalmente la escritura muy esmerada y sobre todo la escritura Acompasada son propias de personas que tienen dificultad en tomar iniciativas fuera de cuanto hay establecido y aceptado, son por ello ejecutores y no innovadores.
Pero aunque el exceso de racionalidad pueda ser un impedimento: una inteligencia demasiado desarrollada puede inhibir los resortes interiores del individuo porque su autocrítica se hace demasiado rígida (ej.: micrografía, con 3L, Contorsionada, alargamientos poco desarrollados - índice de concentración sobre la racionalidad, contenida expansión emotiva dada por Óvalos cerrados, ausencia de perfiles, paralelismo axial, etc.), o porque ellos aprenden demasiado rápido aquello que el ambiente les ofrece, limitándose a los límites de la tradición.
El sentido estético
La estética es condición necesaria para un Antimodelo funcional. Pero qué cosa significa Estética?
La “estética” debe ser en el campo de la sensibilidad y del sentimiento lo que la lógica al ámbito del pensamiento; por esto se llama también “lógica de la sensibilidad”.
Tiene por tanto que ver con la percepción, proceso a través del cual el cerebro recibe y elabora las informaciones sensoriales provenientes del mundo externo y las traduce en informaciones más complejas que pone en disposición de las funciones cognitivas superiores. Los procesos perceptivos logran una eficaz representación de la realidad, en la capacidad de combinar y fundir percepciones diversas en una unidad armónica y coherente, en modo consciente y controlado.
El sistema cenestésico comprende el conjunto de movimientos del cuerpo, de la cara y de los ojos; nuestros movimientos no son sólo instrumentos para realizar ciertas acciones sino que implican también la producción y la transmisión de significados, como la escritura. Por tanto, el sistema cenestésico esta expresado en el filo gráfico negro.
El sistema proxémico y hàptico se relaciona con la percepción, a la organización y al uso del espacio; en la escritura es dado por el espacio entre letras, entre palabras, por el espacio entre renglones, los márgenes, signos que registran la relación, la interacción blanco-negro, la interacción individuo-ambiente.
El mundo visual que a cada instante nos encontramos delante cuando abrimos los ojos – los colores, las formas, los movimientos y las cualidades expresivas de los objetos - no es la simple copia o el reflejo del mundo físico, que nos circunda. El es también el resultado de la actividad constructiva del sistema visual que, a través de una compleja cadena de operaciones, elabora, transforma y organiza los mensajes sensoriales entrantes.
El hombre estético trata de realizar, en sí y en los otros, el equilibrio y la armonía de los sentimientos; en base a este deseo conforma el propio sentimiento de la vida y su visión del mundo, y su valoración de la realidad depende de la medida en la cual esta última garantice las condiciones de su existencia.
La intuición y el yo ecléctico
El óvalo representa el Yo; el trazado del óvalo señala el confín entre el Yo y el no-Yo, entre la realidad interna y la realidad externa.
La amplitud en sentido horizontal del óvalo es proporcional al espacio-tiempo dedicado al pensamiento.
El óvalo estrecho, a ojo de lince, es de quien tiene la intuición fulminante, irracional; el óvalo redondo da la elaboración racional, el estudio y la profundización, el óvalo dilatado la hiperelaboración, la incubación, la sedimentación en las dimensiones de la fantasía.
Son esperables unos pocos del primer grupo, muchos del segundo y algunos del tercero. El primero coge la idea, el segundo la reflexiona, el tercero la deja fermentar.
Las primeras dos fases requieren un trabajo activo, la tercera uno pasivo.
Un Yo ecléctico posee las tres; estas, se complementan, formando el Óvalo Variablemente Anguloso (OVA), índice de inteligencia social, de plasticidad comportamental.
El óvalo forma la primera de las 3 L (3L = Redonda, Interletra ancha, IPA), pero arriba hable de las “tendenciales” tres larguezas; en realidad, cuando están presentes con constancia matemática, añaden alguna cosa a la racionalidad, pero sustraen alguna cosa a la variabilidad y a la intuición.
La capacidad de tomar decisiones intuitivas dadas por el óvalo estrecho es un ingrediente fundamental de la creatividad. Intuir significa renunciar al control de la mente racional y a fiarse de la visión del inconsciente.
Para tomar la decisión justa conviene añadir los propios sentimientos y las propias reacciones viscerales: los primeros son dados por la abertura del óvalo, los segundos por la tendencia a la angulosidad en su base, típica de los óvalos estrechos.
“Los óvalos abiertos son proyección de una extraordinaria capacidad de disfrutar, saborear y por tanto de una extraordinaria situación psicológica que hace muy activa la fantasía en sentido contemplativo, reduciendo algo la dinamicidad; también tienen el efecto de dirigir la personalidad a actividades intelectuales no técnicas.”
La apertura a la izquierda, hacia el origen, activa una sensibilidad a temas de contenido existencial, metafísicos.
La apertura en alto, hacia el cielo, se abre a las inspiraciones creativas, a la iluminación, a las soluciones que emergen de la nada, el repentino y genial destello de inspiración que enciende, el eureka!
La apertura a la derecha, hacia el otro, estimula las capacidades sensoriales alrededor de la persona.
Fantasía e fantasiosidad
La fantasía es una actividad de la mente humana llevada a crear en modo productivo un mundo diverso de aquel en el que nos toca vivir.
La fantasiosidad es una actividad onírica de la mente humana llevada a crear un mundo abstracto diverso del que nos toca vivir, para compensar, en modo contraproducente, un mundo que no nos gusta.
La fantasía enriquece el mundo, la fantasiosidad aporta alguna cosa sólo si se integra con la fantasía.
Encontramos esta última en el óvalo dilatado y en los bucles superiores e inferiores dilatados. La mayor amplitud y extensión del trazado respecto al modelo caligráfico comporta dispersión de tiempo y energía.
El óvalo dilatado se coloca en el área de la racionalidad, es hoy muy frecuente y está haciéndose fijo en la escritura de los adolescentes, y no solo (al propósito, es interesante notar que antes de la segunda guerra mundial, donde la preocupación principal seguía siendo llenar el plato cada noche, los óvalos eran apretados todos estrechos, solo intuitivos, instintivos).
Le superdilatación se encuentra en los bucles de las letras b, f, h, l, se refieren al iperuriano, son fugas de la realidad de quien se desengancha del planeta tierra, y, si el alargamiento es superior (Encumbrada) no siendo contrarrestado por una par extensión del alargamiento inferior (Enraizada), se produce fantasiosidad improductiva.
Las subdilataciones se desarrollan en los bucles de la letra g, en el área inferior donde se desarrolla el trinomio money, power, and sex; son por tanto fantasiosidad de omnipotencia cuya entidad es directamente proporcional a su amplitud, a la extensión de los alargamientos inferiores y a la presión del perfil. Pueden ser compensaciones a sentimientos de inferioridad de una escritura muy pequeña, delgada, con Interletra ancha, o también puede inflaccionar el egotismo – y el egoísmo - de una escritura grande, presionada, con Interletra estrecho.
Las dilataciones, las fantasiosidades pueden tener una valencia positiva si están numéricamente contenidas, porque enriquecen la variabilidad, y si están presentes en una escritura Fluida, Antimodelo, Estética, se integran con la fantasía.
En los momentos en los que fantaseamos, cuando no pensamos en nada particular, estamos más abiertos a las intuiciones del inconsciente. Es por ello porque la fantasiosidad es tan útil en la búsqueda de la creatividad.
El visionario
Quien tiene confianza en los propios recursos (Fluida), es asertivo (buena presión), tiene trazos de originalidad (Antimodelo) y sentido estético (Estética), ve los problemas desde más ángulos (Variable), se le ocurren estrategias insólitas (Ingeniosa), capta la realidad al vuelo (óvalo estrecho), lo estudia (óvalo redondo), lo medita además (óvalo dilatado), lo confronta con aquello que está fuera de sí (Interletra ancha), lo valora insertándolo en una visión prospectiva (IPA), se abre a más dimensiones (óvalos abiertos), tiene aspiraciones, iniciativas, le provocan o gustan las novedades y los cambios, tiene un sano espíritu competitivo (Ascendente), es un visionario, ve más allá y está en grado de trazar tendencias.
Ser creativo implica producir cualquier innovación, útil o responde a una necesidad de compartir y que obtenga el público consenso.
Ello requiere la traducción de la intuición en acto creativo: transformar la iluminación en realidad concreta para que sea un instrumento útil, un bien social, por lo tanto, para acertar conviene el sentido práctico y operativo (Enraizada), además “el hombre con una idea nueva es un loco hasta que su idea no se hace realidad” (Mark Twain).
El genio
El genio es poco más que la facultad de percibir en un modo inusual.
William James
El genio es un uno por ciento de inspiración y noventa y nueve por ciento de sudor.
Thomas Alvar Edison
La raíz etimológica del término “genio” es análoga a la del verbo “generar”. El genio es aquel que “genera”, crea una nueva vida.
La persona intelectualmente dotada es competente en encontrar soluciones notables a todo pero de forma rápida y eficaz. Tiene una inteligencia llamada convergente porque converge hacia soluciones notables.
El genio es altamente creativo, produce manifestaciones del pensamiento nuevas, originales, que ninguno había pensado previamente. Tiene una inteligencia divergente porque, partiendo de reglas comunes, desarrolla y llega a soluciones inéditas.
Las biografías de personas consideradas universalmente genios revelan, además una alta autoestima, a la elevada inteligencia, a la aversión por los esquemas y dogmas tradicionales, suma la amplitud de intereses, método, perseverancia.
¿El genio es una persona particularmente dotada por una forma específica de inteligencia, como por ejemplo la música, la literatura, la pintura, la expresión corporal? En este caso daríamos razones a una teoría múltiple de la inteligencia (teoría de Howard Gardner). ¿O el genio es una persona excepcional que es superior a los otros en todos o casi todas las formas más elevadas del funcionamiento de la mente? En este segundo caso daríamos la razón a una teoría unitaria de la inteligencia .
Por sentido común el genio tiene características propias: cuando es fulgurante, intuitivo, espontaneo, es el ‘genio en estado salvaje’. Si es calmo, sereno, perseverante, es el ‘genio laborioso’. Puede ser también profundamente asocial, con actitudes existenciales que tienden al aislamiento, al ascetismo, a la automarginación. Para la mayoría, el genio es un ser curioso, un original, en suma, un loco.
“es sorprendente comprobar la grandísima actitud al trabajo y a la perseverancia de la mayor parte de los genios creadores y los seres excepcionales. […] Este tipo de autocontrol no se puede alcanzar si no es seguido de una considerable voluntad interior, confirma la energía del autor-creador. Miguel Ángel, Cocteau, Leonardo da Vinci, Beethoven, Flaubert o Valery fueron los maravillosos artesanos de sus obras geniales, vinculados a su empeño como a una misión divina que exige de su autor una dedicación absoluta, aún las energías más recónditas de su ser” .
En síntesis, podemos decir que la genialidad es dada por la combinación de habilidades intelectivas notables y de particulares características de personalidad.
Marchesan reconoce estas características en la escritura Movimentada, o sea Fluida, con juego LBDC extremadamente vital, Antimodelo, Variable, Ingeniosa, con dinamismo anarco, gran fluctuante y brincos imprevistos, pero que mantiene un conjunto estético (si lo pierde la escritura es Agitada ), proyección de hiperactivismo cinético y mental, casi incontenible: “una variabilidad que tiene un algo de trastorno. […] Se trata de una cualidad psicológica que, en el caso de que el sujeto se dedique a una actividad que sea compositiva, determina una fecundidad de ideas, de iniciativas y de realizaciones no comunes, en aspecto genial.”
A veces el movimiento prevalece tanto sobre la forma que la tendencia anarcoide desemboca en la anarquía y genera trazos de desorden, de entropía, de pluriestilos. (Desordena.dta).
Si la Desordenada es contenida y están presentes los signos que logran un veraz examen de la realidad (Ligada: control del tejido conectivo, de las sinapsis, de los ligámenes afectivos, Divergente: la lucidez, IPA: sentido de la responsabilidad, Enraizada: sujeción a la realidad) lleva en sí un trazo “genialoide”. Lo confirma Seneca: “no ha existido jamás un genio sin un poco de locura”; es el caso de la escritura de Beethoven y de Picasso.
Ludwig Van Beethoven
Pablo Picasso
Metodo, perseverancia y perseveración
El genio no es siempre desordenado; además tiene autoestima, habilidades cognitivas, espíritu de innovación, capacidad exploradora, curiosidad y versatilidad, puede ser caracterizado por método, sentido de la responsabilidad, capacidad de planificar y clara cognición de los objetivos que persigue (Esmerada, Clara, IPA), apego a la propia actividad, perseverancia, o sea de la unión de constancia, continuidad y tenacidad (Renglón recto: constancia tensiva, Ligada: continuidad operativa, Óvalos angulosos arriba: tenacidad ideológica).
No es raro, que a método y perseverancia se le sume la perseverarían, la monomanía, la idealización, la fijación, es decir, la tendencia a reiterar en modo compulsivo pensamientos y acciones, a investigar y concentrar obsesivamente tiempo y energías sobre determinados temas y proyectos (R. Fijación, r, s, v, z puestas sistemáticamente más altas que las otras letras, Óvalos inflados: óvalos más grandes que las otra letras, B/t altos y ascendentes, escritura excesivamente ascendente, signos no previstos por el modelo que tiende a repetirse. De todas ellas es importante considerar extensión, frecuencia y presión).
Albert Einstein
Thomas Edison
El desafío de la pobreza global, del sufrimiento de la guerra, la necesidad de energías alternativas, cada aspecto de nuestro futuro depende de las mentes creativas. Es imperativo educar a nuestros hijos a desarrollar suspotencialidades creativas.
Abby Connors
Antonello Pizzi
Traducción: Rafael Cruz Casado (Madrid)
Bibliografia
Brenot P., Geni da legare. Piccole stranezze e grandi ossessioni delle più eccelse menti della storia, Piemme, Casale Monferrato 2002.
Cornoldi C., L’intelligenza, Il Mulino, Bologna 2007.
Goleman. D., Ray M., Kaufman P., Lo spirito creativo, Rizzoli, Milano 1999.
Heidegger M., Nietzsche, Adelphi, Milano 1994.
Kanisza G, Grammatica del vedere. Saggi su percezione e Gestalt, Il Mulino, Bologna 1980.
Jung C.G., Opere, Boringhieri, Torino 1985.
Legrenzi P., La fantasia. I nostri mondi paralleli, Il Mulino, Bologna 2010.
Lucignani G., Pinotti A. (a cura), Immagini della mente. Neuroscienze, arte, filosofia, Raffaello Cortina, Milano 2007.
Maninchedda L., Il carattere distruttivo. Analisi attraverso la Psicologia della Scrittura, CE.S.RI.P.A, Milano 1985.
Marchesan M., Psicologia della scrittura. Segni e tendenze (1961), VI ediz., Istituto di Indagini Psicologiche, Milano 1993.
Pizzi A., Psicologia della scrittura. Interpretazione grafologica di segni e tendenze del linguaggio scritto, Armando, Roma 2007.
Bibliografia
Brenot P., Geni da legare. Piccole stranezze e grandi ossessioni delle più eccelse menti della storia, Piemme, Casale Monferrato 2002.
Cornoldi C., L’intelligenza, Il Mulino, Bologna 2007.
Goleman. D., Ray M., Kaufman P., Lo spirito creativo, Rizzoli, Milano 1999.
Heidegger M., Nietzsche, Adelphi, Milano 1994.
Kanisza G, Grammatica del vedere. Saggi su percezione e Gestalt, Il Mulino, Bologna 1980.
Jung C.G., Opere, Boringhieri, Torino 1985.
Legrenzi P., La fantasia. I nostri mondi paralleli, Il Mulino, Bologna 2010.
Lucignani G., Pinotti A. (a cura), Immagini della mente. Neuroscienze, arte, filosofia, Raffaello Cortina, Milano 2007.
Maninchedda L., Il carattere distruttivo. Analisi attraverso la Psicologia della Scrittura, CE.S.RI.P.A, Milano 1985.
Marchesan M., Psicologia della scrittura. Segni e tendenze (1961), VI ediz., Istituto di Indagini Psicologiche, Milano 1993.
Pizzi A., Psicologia della scrittura. Interpretazione grafologica di segni e tendenze del linguaggio scritto, Armando, Roma 2007.
Webgrafia
Portali dedicati a teorie e pratiche della creatività:
creativity-portal.com
nuovoeutile.it
creativityatwork.com
1000ventures.com (spiega come imparare ad essere più creativi)
enchantedmind.com (test di creatività)
www.schizophreniaproject.org/creativity/crea-home
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