18 março, 2012

Sua letra é feia? Quer melhorar para o vestibular e concursos?



1ª parte
 


Quando educadores e grafólogos trabalham em conjunto, os sinais de advertência na escrita são detectados e o indivíduo encaminhado para um tratamento com um profissional adequado que possa lhe auxiliar na resolução ou minimização do problema.


A expressão gráfica é o resultado de dois processos psicomotores:

1- Movimento imitador voluntário e consciente: quando aprendemos a escrever copiamos um modelo caligráfico específico. É um movimento de realização consciente chamado "imagem condutora formal".

2- Movimento modificador, involuntário e inconsciente: desde as primeiras tentativas realizadas pela criança quando começa a aprender a escrever, observa-se que cada uma dessas crianças estampa em seus traços gráficos determinadas modificações pessoais, verdadeiros gestos inconscientes da expressão projetiva chamada “imagem condutora individual”.

A variedade de escritas é tão grande quanto a diversidade de fisionomias e caráter. Cada criança é única e assim é a escrita: uma atividade individual expressiva que segue todas a evolução do caráter da pessoa.

A línguagem escrita é a base da comunicação. Quanto mais o professor tiver consciência da realização do processo de aquisição da leitura e da escrita, conhecendo as dificuldades enfrentadas pelas crianças, mais condições terá esse professor para desenvolver uma aprendizagem produtiva.

O papel do professor no acompanhamento do aprendizado é sem dúvida primordial, suas atitudes, concepções e intervenções são fatores determinantes para o sucesso. O educador deve obter orientações específicas para desenvolver um trabalho consciente e promover o sucesso de todos os envolvidos no processo.

Para Ajuriaguerra a aquisição da escrita tem como base determinado grau de desenvolvimento intelectual, motor e afetivo e assinala três grandes etapas do desenvolvimento da escrita. 





1)     FASE PRE-CALIGRÁFICA.
Esta fase acontece entre os 5/6 anos e se estende até os 8/9 anos, tendo mais ou menos 4 anos de duração. É o  período em que a criança é incapaz de superar as exigências das formas caligráficas. Esforça-se ao escrever para atingir a regularidade, mas não consegue por deficiência motora.
A escrita apresenta traços quebrados, interrompidos, trêmulos, arqueados ou retocados; a dimensão (tamanho) e a inclinação da letra são mal controladas, não possuem um tamanho uniforme e muitas vezes não estão ligadas entre si para formar as palavras; os traços curvos apresentam-se deformados em forma de bolhas, angulosos, mal fechados; as uniões são inábeis, desajeitadas; dificuldades para escrever em linha reta apresentando a direção da linha irregular, serpenteada, quebrada, ascendente ou descendente; não há um padrão de uso das margens que podem aparecer desordenadas, excessivas, irregulares ou ausentes.

2)   FASE CALIGRÁFICA INFANTIL.
Esta fase desenvolve-se ao redor dos 10 e 12 anos. A escrita torna-se mais rápida e regular. É caracterizada por um relativo domínio do gesto gráfico. A criança adquire regularidade na forma e na expressão, isto é, a escrita conseguiu atingir um nível de maturidade e de equilíbrio, começam a aparecer os primeiros traços gráficos pessoais, mas ainda imita modelos. As linhas são retas e espaçadas regularmente, as margens distribuídas corretamente. Porém é muito raro que a escrita continue se desenvolvendo dessa forma devido a etapa da adolescência. A partir dos 12 anos a evolução continua, mas as exigências mudam, observando-se transformações nas características psicológicas do escritor que até o momento correspondiam com a fase da infância.

3)     FASE PÓS - CALIGRÁFICA.
É a fase entre os 12/13 e 16/18 anos. A chegada da adolescência, a estrutura da personalidade, as exigências de velocidade para traduzir um pensamento ou a economia do gesto gráfico são alguns dos fatores que influem no processo questionador da personalidade adolescente. A pessoa procura uma maneira mais rápida de unir as letras se despojando de adornos e detalhes inúteis, o que faz com que a escrita tome uma característica pessoal e individual.

A maturidade grafoescritural se dará entre os 18 e 20 anos.

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